Missão Parte - 01

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Quando o dia seguinte chegou e os primeiros raios solares iluminaram as janelas das casas na Corte Diurna, todos já estavam de pé e correndo por todos os cantos. Lucien e Azriel, apesar de ansiosos devido ao início de uma jornada que era para salvar toda a Prynthia, conseguiram dormir tranquilamente, agarrados um no outro a noite inteira, com a asa do mestre espião os cobrindo em um casulo. Aproveitando sua última noite de paz.

Estavam os quatro parados diante os enormes portões do palácio Diurno, apenas com armas e espadas distribuídas pelo corpo, roupas e qualquer outra coisa colocaram nos bolsões dos mundos. O círculo íntimo e os integrantes do grupo de Helion se juntaram para uma rápida despedida. Eris apenas revirara os olhos diante aquela melação.

- Peça ajuda pela mente se algo der errado, Az. - Rhysand disse ao mestre espião, este que apenas confirmou com um balançar de cabeça.

- Max atravessará com Eris e Azriel com Lucien, já que nenhum dos dois conhecem o lugar. - Helion afirmou.

A mãe dos ruivos se aproximou e abraçou os dois. Eris fazendo uma careta murmurou um "Não é como se eu fosse embora para sempre, velha" o que resultou em um olhar bravo dela e um tapa na nuca. Lucien apenas sorriu e retribuiu o abraço.

Eles acenaram com a cabeça e Azriel enlaçou o braço com o do ruivo mais novo, imediatamente fazendo suas sombras os envolverem, e eles viajarem por entre as sombras dos mundos. Lucien apertou de leve o que ele achou ser o braço do mestre espião, sentindo de volta o leve aperto no seu.

Então em menos de um minuto eles estavam na cidade. Em um pequeno beco, o som de passos e o tráfico de diversos tipos de feéricos pode ser ouvido pelos dois. Eles caminharam para fora e Lucien pode se deslumbrar com os enormes prédios e construções de tamanho exagerado.

Feéricos corriam pelas calçadas, vestimentas de diversas cores e tamanhos. Lucien franziu o cenho para as fêmeas que passavam usando blusas ou vestidos minúsculos, algumas apenas com as roupas intimas, achando estranho essa moda e estilo de roupas.

- Eles têm gostos a roupas mais... - Azriel começou e então procurou a palavra certa para dizer. - Promiscuas. Adoram mostrar diversas partes do corpo, não que seja errado, só não estamos acostumados com essa cultura.

Lucien ergueu a sobrancelha e então sorriu tenso. - Acho que eu não serviria para morar numa cidade dessas. - Ele concluiu quando olhou para cima, vendo um céu cinza, não um céu e sim nuvens e mais nuvens de fumaça que os diversos prédios liberavam. Era um lugar cheio de vida, mas uma vida em preto e branco, com características estranhas e sem animosidade.

- Não confie em ninguém, não compre nada de ninguém, não aceite nada também, só acredite no que eu falo e faço. É um lugar que é repleto de venda de drogas e tráfico. - Azriel avisou e o ruivo balançou a cabeça confirmando. - Max e Eris estão do outro lado da cidade, vamos nos juntar com eles na estalagem mais tarde, primeiro vamos vasculhar a cidade. Vou ficar na sua sombra e você procura pela espada.

Aquele lugar era um centro comercial de objetos mágicos, por isso foi o primeiro ponto em que começaram. Comerciantes ou ladrões por assim dizer, ou caçadores de recompensa, traziam os objetos que encontravam, sem saber seu real valor e vendiam por ali, por isso era um centro de comercio ilegal que diversas cortes de Prythian comprava de forma suscinta e sem que ninguém soubesse.

Lucien começou a caminhar pelas enormes feiras de artefatos, sabendo que o moreno o acompanhava em seu encalço. Joias, armas, jarros, prataria doméstica, tudo brilhava e de alguma forma fazia chamar atenção dos compradores. O ruivo deu um clique no olho de metal, para observar as magias ocultas naquele lugar, e observou uma grande nevoa verde brilhante sob os artefatos, pó que usavam para fazer o comprador desejar aquele artefato. Lucien revirou os olhos com aquilo. "Cidade ridícula" Ele pensou.

Recomeçar - Luriel. Onde histórias criam vida. Descubra agora