Noite Quente

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<<<<AVISO>>>>

Amores, o capitulo começa sendo narrado pelo Eris, estou gostando de escrever sobre ele então resolvi colocar o ponto de vista dele no inicio

MAS, se vocês não gostam dele fiquem a vontade para pular para o meio do capitulo, ok? É onde começa a narração Luriel.

É só isso, bjs e uma ótima leitura a todos!! <333



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ERIS

Não estava com raiva, estava com ódio. Jantar ridículo, fêmea ridícula. Aquela loira tira um do sério, inacreditável. Caminhei pelos corredores daquele palácio com passos firmes, mostrando minha raiva, entrando na sala de armas e pegando um arco e flecha e minha espada. Única coisa que poderia fazer agora era caçar.


Estava tarde da noite e era burrice fazer isso, provavelmente não encontraria nada, mas pelo menos tinha um pretexto para sair e caminhar ou cavalgar. Cavalgar era melhor, definitivamente. Segui para os estábulos e peguei um cavalo preto e saí.


O que eu fiz com Morrigan jamais seria certo, nunca e eu entendia o ódio deles por mim e o dela principalmente. Mas o que me revoltava não era essa parte, era o fato dela não falar a parte em que eu mandei as sentinelas, que estavam comigo naquele dia, embora. O fato que depois disso eu disse que sabia que ela gostava mais de fêmeas e um casamento comigo seria sua ruína, que espalhei sussurros pelas sombras para que Azriel a encontrasse, que se ela chegasse a Corte Outonal e meu pai soubesse que ela havia se deitado com um dos bastardos illyrianos que ele mais odiava faria de tudo com ela, o inferno em sua vida, desde a vadia procriadora a escrava dele. Se eu tivesse tocado nela e a reivindicado e se tornasse meu problema, como seu pai idiota disse, pelas leis ela ficaria lá para sempre, nem mesmo Rhysand conseguiria tirá-la de lá sem causar uma guerra. Eu fiz o que podia na situação em que estava.


Não ligo se sou o vilão ou anti-herói, eu não me importava com nada disso, mas saber que ela sempre pode ter dito a verdade e que a aliança que tínhamos poderia ter sido usada de uma boa forma e que eu poderia ter matado aquele infeliz de Beron, antes que ele tramasse com aquele merda de feiticeiro, me deixava com ódio. Quero mais é que vá para os tártaros do grande inferno e queime.


Subi um pouco de um baixa colina e olhei os arredores. Mais a frente tinha uma pequena floresta, mas muito fechada, muitas árvores coladas umas nas outras, o cavalo não passaria ali. Desmontei e segui em frente. Parei na entrada das imensas árvores e prendi o cavalo. Ele teria que me esperar até que terminasse, passei a mão em sua cabeça e me virei para seguir pra dentro.


Vaguei por uma trilha que havia ali e somente lembrei-me agora, do quanto aquele espião de Helion era um idiota. Quem mandou ele se intrometer? Quem disse que ele tinha o direito disso e ainda teve a ousadia de me prender, de paralisar meu corpo e me humilhar. Era um egocêntrico, com certeza. Todos naquela corte deveriam ser, refletindo a imagem do Grão-Senhor deles.


Um estalo, muito rápido. Dois. Três e uma neblina se fez presente ao meu redor. Gelei e meus sentidos se aguçaram. Fechei meus olhos imediatamente. Eu era um macho forte, mas havia coisas além dos meus poderes e de qualquer um, como um Boggue. Este que estava exatamente atrás de mim, me chamando, sussurrando meu nome, com a mesma voz que assombra meus pensamento e noites a séculos.

Recomeçar - Luriel. Onde histórias criam vida. Descubra agora