Única chance.

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Quando os primeiros raios de sol bateram no rosto de Lucien, ele prontamente se levantou e se ao banheiro do quarto de Azriel, a noite passada tinha sido... por assim dizer, intensa e ele adorou cada toque, cada válvula de sentimento, cada momento ele aproveitou, o que quer que ele e o moreno estavam desenvolvendo, era intenso, puro e verdadeiro.

Quando terminou o banho e voltou para o quarto Azriel ainda dormia tranquilamente, as asas espalhadas pela enorme cama, asas essas que o envolveu quando eles dormiram, elas eram quentinhas. Deixou um bilhete avisando que precisou sair cedo para resolver umas coisas, não deixaria o moreno sozinho sem uma explicação logo após uma noite como aquela que haviam tido.

Rumou para o quarto a fim de colocar uma roupa mais apresentável, já que ainda estava de pijama. Colocou uma calça preta justa e uma blusa azul claro que tinha os primeiros botões abertos, deixando amostra uma pouco do seu peitoral, o que era bonito tinha que ser mostrado, riu consigo. Lucien sempre gostara de acessórios, mas hoje ele só usaria o colar dado pelo mestre espião, colar esse que nunca tirou do pescoço, ele possuía um afeto muito grande pelo objeto.

Desceu as enormes escadas do palácio e seguiu pelos corredores, perguntando a um dos guardas onde era a cozinha, este que apontou para o fim do corredor e disse "Última porta", quando o ruivo passou pela enorme porta, teve certeza que estava longe de ser a cozinha, deduziu ser a sala onde faziam as refeições.

Teve certeza quando viu Helion, sua mãe e o Eris, os três juntos e conversando normalmente enquanto comiam. Eles tinham sido atacados ontem como que estão tão normais?? O ruivo se perguntava.

– Bom dia. – Murmurou baixo, não esperava uma reunião familiar logo agora de cara. Ele ia primeiro conversar com Rhysand e Feyre.

– A madame resolveu acordar cedo? – Eris debochou e o mais novo desejou queima-lo, quem tinha energia logo cedo já pra soltar piadinhas?

– Sempre acordei cedo, palhaço. Não tenho culpa se você acordava junto dos animais – Lucien devolveu. Héstia riu baixo.

– Bom dia querido, como está? – A ruiva perguntou delicada, sua voz tão melodiosa, como a tempos não ouvia. Lucien sentou ao lado dela e pôr-se a comer.

– Processando. E a senhora?

– Melhorando, um passo de cada vez. – Ela falou baixo, intercalando os olhares entre cada um.

– A noite foi boa, né irmãozinho? Sabia que meu quarto é, infelizmente, do lado do grandioso mestre espião? – Lucien travou na cadeira, com uma fruta também paralisada a sua frente, sua mãe riu baixinho, Helion, que não tinha falado nada até agora, se engasgou com o suco sendo ajudado por Héstia.

– Senhor Helion, ouvi falar que na corte há grandes bestas malignas e ferozes logo abaixo de suas bibliotecas, como protetoras. Poderia me dar a honra de jogar meu querido irmão para o lanche deles? – Lucien começou, fuzilando Eris com o olhar e deixando um Helion confuso de como o filho sabia daquilo. Era uma informação que jamais fora divulgada a ninguém. – Com certeza a carne dele não é apetitosa por já ser velha demais, mas um lanche sempre é bem vindo.

– Ou talvez um morcego seja mais apetitoso, irmão. – O mais velho devolveu.

– Cale a boca, vou te matar.

– Ora, era segredo sobre o que exatamente? – Eris riu, estava adorando expor o irmão e vê-lo irritado. A mente de Lucien lançou uma memória antiga e sorriu malicioso para o irmão.

– Mamãe, a senhora sabia que quando eu tinha doze anos Eris me levou a um... – Tão rápido que nem Lucien viu, o mais velho pulou para frente tapando sua boca com a mão e lançou um olhar irritado para o mais novo.

Recomeçar - Luriel. Onde histórias criam vida. Descubra agora