Descobertas.

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 Um grito de dor reverberou pelas ruas da Corte Diurna alto e cortante, mas não foi de Lucien, o grito era de Azriel que viu o momento que o irmão do ruivo enfiar uma espada em seu estômago, ele já havia sentido uma dor enorme assim quando quase viu seu irmão ser morto na guerra, aquilo o desesperou, seus olhos brilharam no mais puro ódio e raiva, mergulhou rápido em direção ao chão, mas Lucien acenou que parasse com a mão, ele podia resolver aquilo, Azriel tentou de novo:

-FIQUE AI, EU LIDO COM ISSO AQUI – Ele gritou, retirando a espada e girando em direção ao irmão.

Azriel não teve outra escolha a não ser obedecer, sabia que podia confiar na força do ruivo para batalhar, mas não mudava seu medo de perder algo importante. Já podia ouvir o farfalhar das asas de Cassian e quando virou para trás e o viu se aproximando ele retornou para onde estava.

-Rhys? - Perguntou Az.

-Ficara na Corte, Feyre vem. Disse que não podia deixar a Corte desprotegida e Mor estar na Corte de Viviane resolvendo algo. - Disse – As tropas Illyrianas já estão a caminho, Cadê Helion?

- Palácio, levantando as proteções e tentando expulsar esses bichos.

-Ótimo, não queremos ele morto – E juntos começaram a atacar e derrubar cada Attor.

Envolvendo sua palma com fogo, Lucien começou a curar a enorme ferida ao mesmo tempo que tentava se afastar do seu irmão.

- Pare de se esquivar seu inútil, tenho outras coisas para fazer e você só está me atrasando.

-Cala a boca Atlas – Lucien girou e tentou acertar o braço do irmão – Como papai colocou o mais idiota no comando? - Lançou suas chamas, mas o outro esquivou de novo.

- Papai? - Atlas parou e riu – Ah, então aquela vagabunda não está aqui? Puff – Riu de novo – Irmãozinho, tenho uma notícia para você.

- Prefiro você calado – Golpeou a esquerda com a espado flamejante e acertou o braço, mas não conseguiu cortar, Atlas grunhiu de dor e raiva.

- Então não irá saber que Beron não é seu pai, Helion é – Lucien parou.

- O que? - Aquilo só podia ser mais uma maluquice do irmão, mas não teve como não se abalar.

- Nossa querida mãe se deitou com Helion, como a vadia que ela é e disso nasceu você, infelizmente – Riu.

Lucien sentiu o chão desmoronar, sua cabeça latejou e sua respiração acelerou, Beron não era seu pai, Helion era, sua mãe que era sempre uma casca vazia depois que ele crescera havia traído Beron com outro macho. O ruivo não sabia se a considerava corajosa por ter feito isso ou tola por correr tanto risco.

Atlas usou o momento de distração para atacar Lucien, levantou a espado e a empurrou em direção ao pescoço do irmão, que ainda não se mexia.

Uma cabeça rolou no chão, sangue jorrou do pescoço o corpo caíra de joelhos, não o de Lucien que olhava agora espantado para a cabeça de Atlas rolando no chão com os olhos ainda brilhando em raiva.

Lucien olhou para cima, vendo Eris com uma espada negra com labaredas de fogo a adornando, ele olhava assustado e preocupado para o irmão.

- Você tá bem? Ta ferido? - Disse se aproximando e o sacudindo – Pela mãe fala alguma coisa.

-Eu to bem, ferido, mas bem. - Ainda estava atordoado, aquela informação era demais e recebê-la assim só deixou tudo pior. - É verdade? O que ele disse?

- O que exatamente ele disse? Cheguei agora – Ainda examinava o corpo de Lucien procurando alguma ferida profunda e encontrando uma no estômago, começou a usar as suas chamas para cauterizar, seu irmão parecia paralisado e com um olhar distante.

Recomeçar - Luriel. Onde histórias criam vida. Descubra agora