Revenge ✮ hes

4.2

"He lies, he bluffs, he's unreliable

He's is a sucker with a gun-gun-gun-gun"

Abro a porta de casa após vaguear as ruas de Londres sem destino aparente. 

A minha mente está ainda fresca de todos os momentos ocorridos e quando reparo já estava a caminhar por caminhos desconhecidos.

Ainda não quero acreditar que o meu pai é um criminoso... E como sabe o Harry disso?

Será que também é?  Um criminoso? Será que ele trabalha para o meu pai?  Foi por isso que ele se aproximou de mim?

A minha cabeça lateja. Não consigo estar mais em pé,  doi-me tudo...  principalmente doi-me o coração. 

Eles os dois numa coisa tinham razão. Eu não devia ter confiado cegamente neles. 

Eu abro a porta sorrateiramente para nao acordar ninguém. Não sei que horas são,  mas pressinto que já seja muito tarde. 

Eu dirijo -me ao meu quarto e deito-me sem me importar de tirar a roupa ou calçado. 

As lágrimas que secaram com o tempo, tornam a encharcar o meu rosto. 

Porquê? Porquê que a minha vida é uma mentira? Porquê não posso ser uma rapariga normal,  com pais,  com namorado que me ame realmente,  sem mentiras,  nem problemas?

Lentamente vou fechando os olhos com o cansaço, acabando por adormecer sem forças. 

Harry Styles Pov

A luz bate na minha cara e eu reajo rapidamente virando-me para o outro lado, acontecendo que caio no chão da sala.

"Merda" As minhas costas doem, mas a dor é suportável.

Eu abro os olhos e vejo tudo virado
do avesso, e lembro-me da noite anterior.

Em meses eu consegui dormir bem.

Um sorriso involuntário atravessa o meu rosto mas logo desfaz-se quando não a vejo ao meu lado.

Algo está mal.

Levanto-me do chão, visto os boxers e olho tudo à minha volta. Nem sinal dela. Mas onde ela se meteu?

Procuro em todo o quanto é canto e nada. "Merda" murmuro. Caminho até à cozinha e reparo na porta que não devia estar aberta, aberta.

Será que ele entrou? Ai considero a uma pessoa morta se o fez. Ninguém, mas ninguém tem o direito de entrar ali.

Eu respiro fundo para que em seguida deite todo o ar dos pulmões para fora. Preciso de me acalmar e pensar onde ela poderia estar.

Uma luz acendeu-se na minha cabeça, lembrando-me rapidamente do nome da Lou.

Eu pego no meu telemóvel e procuro nos meus contactos o número da mesma.

Após dois toques ela atende.

"Bom dia Harold. A que se deve esta chamada, a esta hora?" Lou fala

"A Victoria?" a minha voz sai mais fria do que eu esperava.

"Está no quarto, acho? Porquê?"

"Nada." digo secamente.

"Harry, por favor. O que aconteceu?" ela pergunta