Revenge ✮ hes

1.4

Pouco tempo ouço a porta do quarto da Gemma abrir-se. Encontro a Anne a olhar-me ainda em choque. Senta-se ao meu lado, mas não me fala. Eu baixo a cabeça. Está a ser um momento constrangedor.

"Anne" Ele olhou-me. Os seus olhos encontram-se brilhantes, prestes a chorar. Tenho de explicar o que se passa. Tenho de explicar também o porquê de ainda não ter falado com o Harry. Sei que ela percebeu. "Eu saí do coma ontem, fugi do hospital para não ir viver com o meu pai, pedi ajuda a Gemma e aqui estou eu. Sei que deve ter muitas perguntas, mas preferia não contar especificamente o porquê disto tudo. Ainda me magoa um bocado. E.." Olho-a "Ainda não falei com o Harry, porque não me sinto preparada. Prefiro que ele pense que eu estou morta. É doloroso eu sei, mas eu não esqueço o que ele me fez." raiva é o que sinto quando me lembro do momento em que os apanhei. "Não consigo esquecer... A primeira coisa que me lembrei foi os ter apanhado aos dois... É horrível Anne." Começo a chorar novamente.

"Eu entendo. De mim ele não vai saber, mas conto contigo para contares-lhe. Ele está muito mal... Agora é aquele rapaz que toda a gente tem medo, como antes."

Baixo a cabeça. Tenho medo, ele tornou-se outra vez um pessoa fria, um pessoa que odeio.

"Vamos a uma festa hoje" Declarou a Kate. Nem me dá tempo para responder. "Não quero"

"Não era uma pergunta" reviro os olhos...

...

Já estávamos as duas na porra da festa. Adorava estar neste momento em casa, a ver as minhas series preferidas ou a ouvir musica... Se o meu pai ou o Harry sonham que estou aqui é capaz de me matar. Porque penso sempre no Harry? Este gajo está-me a dar cabe da cabeça. Não posso fazer nada que logo penso nele. Eu e ele não temos nada

A festa está absolutamente cheia. Pessoas com copos na mão, outras a comerem-se, outras a dançar. Como é que ela me conseguiu fazer sair de casa??

"Toma" Deu-me um copo. Olho para ela. "É tequila. É bom para fazer te esquecer." Ela tem razão preciso de esquecer o mundo lá fora e concentrar-me em mim mesma.

"Obrigada, Kathe" coloco o copo nos meus lábios e num momento para outro sinto a bebida a arranhar a minha garganta. É forte, para mim que não estou habituada.