Revenge ✮ hes

0.1

Acordei imediatamente após aquele sonho. Bem era mais um pesadelo. Conclui o meu subconsciente.

Demoro algum tempo a abrir os olhos, a claridade da janela ao meu lado esquerdo não facilita muito o meu objetivo. Aos poucos vou percebendo que não estou no meu belo dormitório com a minha melhor amiga a cuscar tudo sobre os rapazes da universidade. Uma forte dor no coração transmite-me que há algo de errado... O cheiro a desinfetante, o sons dos aparelhos faz-me perceber que estou num hospital.

Hospital?? Mas como vim aqui parar?? Muitas perguntas instalam-se na minha cabeça... Do nada vejo uma figura alta no meu ponto de visão. Dirige-se mais perto de mim. Alto, cabelo preto, olhos castanhos, lábios bem desenhados, de fato preto e com a barba por fazer fazendo-lhe um ar de bad boy, bastante hot. A sua cara não me é estranha. Ele parece um Deus Grego.

"Oh Meu Deus" Disse-me com uma pitada de surpresa no seu rosto. De imediato sai do quarto, deixando-me ali a olhar para a porta que agora se encontra fechada e eu com ainda mais perguntas na cabeça. O que será que um rapaz daqueles faz aqui??

A porta abre-se e eu encontro o rapaz que a pouco estava comigo, mais uma mulher de bata branca, morena com os seus 40 anos, mas muito conservada para a sua idade. A mulher sorriu-me de imediato, fazendo-me sorrir timidamente. Pararam mesmo ao meu lado direito.

"Bom dia menina Vivian" cumprimentou educadamente a mulher "Sou a Dr. Elizabeth Parker, como te sentes?

"Bem, mas eu n-" interrompeu-me a Dra.

"Não sabes o porquê de estares aqui, é isso?" perguntou -me docemente e assinto com a cabeça à espera que ela responda.

"Dra, não acha melhor fazer uns exames à menina Vivian?" Questionou o rapaz do qual, ainda não sei o nome à Dra.

Pude sentir uma certa tensão em ambos "Sim, vamos fazer" disse-lhe. "Alguém a virá buscar daqui a pouco para ir fazer os exames, mas agora irão-lhe trazer o pequeno-almoço" Sorri-me e saiu.

Olhei para o rapaz, reparei que ele me olhava atentamente, o que me estava a incomodar um pouco."Sim?" perguntei um pouco irritada "nada" respondeu-me sorrindo, dirigindo-se para fora do quarto.

"Espera" digo fazendo-o olhar para mim "Quem és tu?" Pergunto-lhe, mas levo como resposta um simples sorriso e saiu.

Quem é ele? Porquê que ele fica aqui comigo?

"Menina, está aqui o seu pequeno-almoço" disse a enfermeira, tirando-me do transe. Sentei-me na cama, cruzei as pernas, pousei o tabuleiro na cama. "Obrigada" disse dando um sorriso.

Onde estão os meus amigos? Onde está o Harry?!

Comi num instante. Estava mesmo com fome . Logo depois de ter comido, a enfermeira voltou e um grande sorriso apareceu no seu rosto. "Obrigada mais uma vez, não é o pequeno almoço de sonho mas já é bom" sorrimos as duas.

"Já estávamos todos a perder a esperança" disse a enfermeira num sussurro mas eu ouvi. "Porquê?" Pergunto, aumentando a minha curiosidade.

"Desculpe menina, mas não estou autorizada a dizer" Fogo, porquê? Acordo e ninguém me diz nada. Algo não está bem e eu sinto.

"Porquê? Desde que acordei que ninguém me diz o que se passa. Vejo um rapaz aqui que eu nunca o vi mais gordo, aqui ao meu lado. Por favor diga-me" Imploro, preciso de saber o que está acontecer.

Custa me estar assim sem perceber o que realmente se passou.

"A menina esteve...." a nossa conversa foi interrompida pela porta do quarto abrir-se. Rugo pragas à pessoa que interrompeu. Pois só podia, entrou o rapaz moreno, ao qual ainda não consegui saber o nome.

Dirigiu-se ate mim "Linda menina. Já pode levar o tabuleiro, agora a menina Edwards precisa de descansar" disse num tom arrugante. Foda-se mas quem é ele para falar assim?

"Quem és tu para falar assim?" pergunto irritada "Pelo que eu vejo não me pareces ninguém para dar ordens a esta senhora nem a mim. Eu estava a falar com a senhora e NAO estou cansada. Agora se não te importas põe-te andar antes que me irrite." irritada já estou. Porra, este gajo tira-me do serio.

"Então não te importas se eu vou ficar " sentou-se na cadeira perto da minha cama "E vocês podem continuar a falar" OK ele quer-me provocar. Se é isso está a conseguir.

"Assunto de mulheres" digo. Opá porquê que ele tinha que entrar na hora em que ia saber de tudo? Porra isto está a matar-me. Está curiosidade...

"Vou chamar a médica, a menina está um bocado pálida." disse a enfermeira. Eu sinto me bem, mas antes que dissesse algo ela já tinha saído. Olho de repente para o rapaz e vejo na olhar para mim outra vez. "Quem és tu?" perguntei novamente. Estou farta deste joguinhos. Ou ele diz-me quem é ou pode ir com o caralho! "Importas te de me responder?" grito enervada.

"Calma ainda agora acordaste e não paras de falar mal para mim" responde, revirando os olhos

"Porque será?" pergunto-lhe ironicamente.

"Posso?" Perguntou a doutora antes entrar no quarto. "Sim" responde rapaz. "Vamos fazer os exames?" perguntou-me ignorando o moreno.

Assinto com a cabeça. A Dra. foi buscar uma cadeira de rodas perto da porta, enquanto eu colocava as pernas fora da cama.

"Eu não vou de cadeira de rodas!" afirmo. Eu quero andar. "Quero andar"

"Tu vais na cadeira de rodas e ponto final" ordenou-me o rapaz moreno.

"Mas quem és tu para mandar em mim? E se fosses levar o boi a pastar e parasses de me chatear?"

"Porra não sei como o teu pai te atura. És uma pita mimada, não sei mesmo" disse furioso. Mas como ele conhece o meu pai??? Espera um pouco, eu estou a reconhecê-lo, mas de onde?