"A menina tem de comer" disse-me a enfermeira, que já a 10 minutos tenta que eu coma, mas estou sem apetite nenhum, nego mais um vez.
Já passou pelo menos uma hora desde que sai do consultório da Dr. Tudo o que ela me contou nao me sai da cabeça e imagens do acidente aparecem como fotografias. Estou com a cabeça a mil. A sensação que vou explodir a qualquer momento é notória. Estou fraca fisicamente por ainda não ter comido quase nada e psicologicamente.
Só quero que esta dor agoniante no meu coração, partido em mil pedaços , desapareça. Tudo por causa daqueles que mais confiava e amava. Eles eram os meus melhores amigos...
"Menina, vá la faça um esforço e coma só um bocado da sopa" Nego e viro a cabeça para a janela, já se nota a noite, estrelas brilhantes no céu e a lua cheia, muito brilhante, faz com que a noite seja menos assustadora.
Sem dar por nada já tenho um lágrima a cair pelo meu rosto, limpo-a de imediato. Eu não vou chorar mais, não vou. Tento-me mentalizar disso mas é quase uma missão impossível.
"Meni--" não deixo terminar "Eu não quero comer" digo irritada, farta de falarem comigo de uma maneira que me faz sentir pena de mim própria "Por favor, saia. Quero ficar sozinha" Ela assentiu, deixando o tabuleiro, perto da minha cama e saiu. Deixei todas as lágrimas que eu suportava para não sairem, sairem como fosse um rio. Quero parar de chorar!
Cada vez me irrito mais! Porra, eles não merecem nenhuma das minhas lágrimas, e aqui estou eu num hospital a chorar por quem não merece. Odeio-os e principalmente odeio-me!
Ouço a porta abrir e não me dou ao trabalho de ver quem era. "Já disse para sair, eu não vou comer nada" disse limpando as lágrimas.
"Mas devias" Fez-se ouvir a voz grossa do rapaz que ao qual tinha discutido à horas atrás. Sentou-se na cadeira perto da janela e olhou-me "Porquê que não queres comer?"
"Não tenho fome" Respondi rudemente. Continuei a olhar pela janela, vendo a bela noite que estava. Olhar para o céu, faz-me acalmar.
"Ok, tu lá sabes" Idiota, nem pergunta se estou bem, ou o porquê de estar a chorar! Será que ele sabe algo sobre aquele horrível dia?? Devo-lhe perguntar?? Ai porra não aguento com isto!
"Zayn?" Chamei-o, limpando as lágrimas que caiam no meu rosto. "Sim" Respondeu-me calmo, olhando sempre pela janela "Se eu te fizer umas perguntas tu respondias-me com sinceridade?" Olhei-o e de repente, olhou-me vendo o meu estado, logo se levantou e sentou-se na cama, perto de mim.
"O que se passa?" Pude sentir um pouco de preocupação não sua voz. Não sei o porquê de tanta preocupação, mas OK.
"Preciso que me digas o que se passou à um ano atrás. Preciso que me digas se o Harry veio me ver quando eu estava em Londres."
"Mas como sabes isso?" Perguntou-me irritado. "Querias o quê, ahn? Que eu acordasse e não perguntasse o que se passou?" perguntei indignada.
"Não, mas esquece isso." Desviou o olhar
"Quero saber, Zayn. Eu preciso de saber, para seguir em frente, preciso mesmo" uma lágrima escorre pelo meu rosto a baixo, que é de imediato limpa pelo Zayn. Ele bufa de frustração "OK, diz lá o que queres saber"
"O Harry veio me visitar?"
"Não" Não? Oh porquê? Se calhar não eras assim tao importante como pensavas. Atirou o meu subconsciente. "Eu sempre estive lá, com o teu pai..." Olhei-o "Quando o teu pai soube que tinhas tido o acidente, ele logo pressentiu que algo tinha haver com o Harry. Ele antes de ir a para o hospital ligou ao Harry para falar com ele. O Harry pensava que o teu pai já tinha novidades sobre o teu estado clinico, mas não o teu pai foi avisa-lo para não se aproximar de ti...Eu não ouvi a conversa mas so sei que correu muito mal."
"Foi por isso que ele não veio? Ele nunca ouviu as ordens do meu pai, porquê que ouviu desta vez?" Isto está mal contado, há algo que não está certo. "Nao me perguntes mais nada, não te vou responder. É melhor ires descansar, o mais provável é teres alta amanha." disse-me saindo de cima da cama.
"Não avisaste o meu pai, pois nao?" Pergunto mesmo já sabendo a resposta. O mais provável foi ele ter avisado e amanha está aqui um matulão do meu pai para me ir levar a casa e eu NÃO tenciono ir para casa.
"É claro. Porquê que achas que eu estou aqui?"
"Para me manter prisioneira e para contares tudo ao meu pai, como fazem todos" disse revirando os olhos "É isso que pensas de mim?" perguntou
"É o teu trabalho, por isso sim"
"O teu pai só está preocupado contigo" Ri-me. "Tu não sabes como é o meu pai. Ele é um grande controlador, manipulador... já para não dizer outras coisas. Se ele soubesse que estamos aqui a falar é capaz de te despedir... Por isso não digas que ele está preocupado comigo" digo-lhe virando costas "Se não te importas quero dormir"
"OK boa noite" Disse e saiu.
Pensa que viver com o meu pai é fácil, mas é um horror. As coisas têm de ser sempre como ele quer, nada pode falhar!
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Revenge ✮ hes
FanficUma vida cheia de mentiras, é as palavras que resumem a vida de Vivian. Revenge é a palavra mais chamativa para o real objetivo dela. Mas quem será os alvo a abater?