Capítulo 32

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Cheguei na casa do Theo e foi ele que me recebeu na porta.

— Oi! — sorri.

Ele abriu os braços, estendendo-os para que eu o abraçasse. Dei um passo para frente e me senti acolhida em seus braços.

— Oi, Manu. — ele disse, dando um beijo em minha cabeça e logo que eu olhei para ele, Theo segurou o meu rosto e me deu um beijo carinhoso.

— Manu! — sua mãe veio até nós. — Que bom que chegou. Entre!

Sorri e fui até ela para cumprimentá-la. Vick foi me receber também e Theo me esperava ao lado.

— Achei que você já estava namorando o meu filho naquele dia, depois ele disse que vocês não combinavam. Depois já combinavam de novo. — a mãe dele me disse em meio a um riso.

— Ah... — eu disse um pouco sem jeito. — eu ainda estava confusa com os meus sentimentos.

— Não importa. — Vick disse. — O que importa agora é que a Manu e o Theo estão felizes um com o outro.

Sorri para o Theo e ele me abraçou de lado, me colocando em um dos seus braços.

— Tem razão. — a mãe deles disse.

— A Luna não vem. — Vick falou. — Ela disse que surgiu um imprevisto e não vai poder vir.

Eu ri, balançando a cabeça. Na hora eu saquei que aquilo foi uma desculpa para que eu dormisse lá.

— É sério. — Vick afirmou. — Ela me disse que não poderia vir. Como ela desmarcou, marquei de sair com o João.

— Ai, vocês! Por que não chamou ele para vir para cá também? Ou me avisou que assim marcaríamos outra noite.

— Minha mãe já tinha preparado tudo para te receber. — Vick sorriu e a mãe deles confirmou com a cabeça.

— Então se a Vick avisasse, você não viria? — Theo me perguntou, dando um beijo no meu rosto.

O calafrio veio forte. Não só pela nossa proximidade, pelo seu beijo ou por sua voz perto do meu ouvido. A questão era que eu passaria a noite inteira com o Theo na sua casa. Sim, estariam os seus pais lá, mas eu não dividiria mais a minha presença entre ele e as minhas amigas.

— Ah, viria. — olhei para a mãe dele e depois para ele. — Mas não para dormir...

Ela riu e balançou a cabeça. Fiquei com vergonha só de imaginar o que estaria passando na cabeça dela.

— Deixe de bobagens. — a mãe dele disse indo para a cozinha.

A Vick saiu para o quarto dela e eu ia atrás, mas Theo me abraçou, virando-me para a frente dele.

— Manu. — ele disse levantando as sobrancelhas — Você não precisa se preocupar com absolutamente nada. Continuamos sendo amigos e eu nunca vou te fazer nada que te deixe mal.

— Eu sei. Nem quero que você pense que estou duvidando da sua palavra. É que... Eu não quero apressar as coisas e sei que não foi nada grave o que eu passei, mas ainda estou um pouco mexida.

— Desrespeito é grave. — ele disse com firmeza.

— É... Você tem razão.

Dei um suspiro. Eu não estava sendo respeitada por muitas pessoas naquele momento, mas por mais que a Vick e a Luna tivessem feito uma armadilha para mim, aquilo não era nada demais. Eu estava em um ambiente seguro, com uma pessoa que eu sabia que iria me respeitar. Sem contar que os pais dele estavam por perto, não tinha problema nenhum.

Por trás das máscaras de NinityeOnde histórias criam vida. Descubra agora