Capítulo 29

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 Olhei o Theo ali parado na minha frente e não consegui dizer nada. Não sei o que aconteceu primeiro. Não sei se ele abriu os braços ou eu que dei um passo para frente. Só lembro de em poucos segundos estar em seu abraço.

Eu e o Theo em um abraço era um encaixe perfeito. Sei que foram poucos dias sem ele, mas não tinha como negar a falta que me fazia, principalmente naquele momento. Senti ele acariciando o meu cabelo e dando um beijo no topo da minha cabeça.

— Eu vi o vídeo. — ele disse enquanto me acariciava. — Queria saber como você está.

— Não sei dizer. — olhei para ele e mais uma vez nossos rostos ficaram muito próximos. — Eu me senti humilhada, chorei e me senti péssima. Quando cheguei em casa eu desabafei com os meus pais e fiquei mais tranquila. Só que ainda estou com medo por amanhã...

— Fica tranquila. — ele segurou o meu queixo, me fazendo instantaneamente sentir um calafrio por todo o meu corpo. — Eu disse que vou estar com você quando precisar.

— E a Karen? — eu suspirei, mirando seus olhos.

Ele ficou pensativo sem tirar o seu olhar do meu.

— Eu vou estar com você. — ele disse. — É uma promessa.

Só sua voz e seu olhar me fizeram tremer.

— Quem é, Manu? — ouvi a voz da minha mãe e assim que ela e meu pai chegaram na porta encontraram aquela típica cena que todos já haviam visto na foto que circulava nos grupos: eu e o Theo, abraçados, com ele segurando o meu queixo e aparentando que estávamos prestes a nos beijar.

Eu me soltei dele em um susto e ouvi uma risada dos meus pais.

— Assim fica difícil, não é, Manu? — minha mãe falou.

— Você não tem namorada, rapaz? — meu pai perguntou, se fazendo de bravo, mas dava para perceber que era brincadeira.

— Não tenho. — Theo sorriu. — eu me separei da Bianca no sábado.

— E a... — minha mãe tentou lembrar o nome.

— Karen. — completei.

Theo balançou a cabeça e olhou para os meus pais.

— Eu não namoro a Karen. — disse com firmeza.

— Não? — perguntei, estranhando a sua resposta.

— Não. Não é nada sério. Eu estou ficando com ela.

— Está enrolando as meninas, Theo? — minha mãe cruzou os braços. — Olha lá, hein.

Ele coçou a cabeça.

— A situação é um pouco complicada. — ele olhou para mim. — Você contou tudo para eles, Manu?

— Mais ou menos. — eu disse um pouco sem graça. — Falei que... Que você, bom, que você falou dos seus sentimentos por mim.

— Acho que ele veio aqui para os dois conversarem. — meu pai disse. — Vamos deixar que se resolvam.

Sorri ainda constrangida pela situação, enquanto eles saiam. Fui com o Theo até o meu quarto e nos sentamos na cama.

— Eu achei que você e a Karen namoravam.

— Não. — balançou a cabeça. — Manu, eu acho que nem preciso explicar muito. Depois que eu vi que você preferia sair com o Miguel do que comigo, eu percebi que eu não podia fazer mais nada. Não posso te forçar a ficar comigo se o seu coração pertence a outra pessoa. Saí de casa naquele momento porque eu estava mal.

Por trás das máscaras de NinityeOnde histórias criam vida. Descubra agora