𝐖𝐈𝐔

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boa leitura


Vinícius William: Cute.

“Melhores amigos não se beijam, querida

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“Melhores amigos não se beijam, querida.” Minha mãe disse isso certa vez, depois de ver eu e Vinícius nos beijando no portão de casa. Foi algo aleatório, sem clima ou pretexto. Não tinha ideia do porquê, mas, de repente, lá estávamos, nos beijando. Desde aquele dia, sem conversarmos ou definirmos o que estava acontecendo, continuamos com uma relação confusa: às vezes nos beijávamos, outras vezes não. Beijávamos outras pessoas, e outras vezes, não.

Era estranho, admito. Mas deixei acontecer. Isso não alterou nossa amizade; continuamos como sempre: conversas, risadas, assuntos e tratamento normais. Tudo parecia normal. Tudo normal.

Mais uma vez, era para estar tudo normal, mas não estava. Eu me sentia estranha comigo mesma e com Vinícius, confusa sobre meus sentimentos. O que antes era preto e branco começou a se misturar. Seus beijos tinham um gosto diferente, seus toques tinham um significado mais profundo. Não era apenas sexo; era um sentimento. Respirei fundo, cansada. Quanto drama.

Sorri ao ver Wiu cantar alegremente. A música estava alta e havia uma roda de pessoas com ele no centro. Era a festa de lançamento do seu primeiro álbum, um trabalho ao qual Vinícius dedicou tempo, suor e dedicação. Agora, estávamos vendo o resultado, mesmo que eu já tivesse ouvido todas as versões possíveis do álbum antes da conclusão final e perfeita.

"Manual de Como Amar Errado." Esse era o nome.

── Achei que você estaria mais animada que ele, não? ─ Clara falou um pouco alto devido à música, abraçando-me de lado com um sorriso.

── Eu só estou pensando em algumas coisas. ─ Sorri de lado. ─ Mas eu estou animada! Muito animada e muito orgulhosa dele. E feliz. Ver ele conquistando isso tudo é surreal. Ele é incrível! Adoro ver meu amigo realizando seus sonhos.

Clara riu, provavelmente pela forma eufórica com que eu falava.

── E por que você não parece tão animada?

Respirei fundo.

── Estou animada, só que... acho que estou apaixonada pelo Wiu, Clara.

Clara soltou uma gargalhada alta e genuinamente sincera. Era um som leve que me fazia querer rir também, mas eu estava confusa demais para isso.

── O quê?

── Você acha? ─ Ela deu ênfase ao "acha" e eu dei de ombros. ─ Todo mundo vê que vocês dois se gostam muito. Está na cara de vocês.

Levantei a sobrancelha e encarei Clara. Não parecia verdade.

── Pergunto novamente, o que você está falando?

𝐓𝐑𝐀𝐏 𝐁𝐎𝐘𝐒, 𝟥𝟢𝗉𝗋𝖺𝗎𝗆Onde histórias criam vida. Descubra agora