Capítulo 20 - Itália & negócios

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Subi para o quarto mesmo que minha mente já não estivesse mais em cômodo algum na quela na casa. Minha mente na verdade havia ido junto com Bruce e Gustamente. E mesmo sem perceber, eu estava ansiando por dentro para que não fosse nada grave e que eles voltassem o mais rápido o possível.

Horas se passavam de maneira rápida, e o tempo parecia me provar do contrário. Eu não conseguia dormi, nao conseguia nem se quer fechar os olhos e desejar um sono. Eu estava preocupada. E não era a única pelo o visto.

Eu não sabia que horas eram até meu celular vibrar ao meu lado. Eu estava nitidamente tão acordada que o simples toque silencioso do aparelho quase foi o motivo de uma queda minha da cama. Levei a mão até o coração vendo que por o susto meus batimentos estavam acelerados. Peguei meu celular e fui conferir do que se tratava.

E nem em mil anos eu estaria preparada para oque eu ia ler.

David Walton: ruivinha, preciso falar com você. Me encontre a dois quarteirões da sua mansão. Assunto urgente.

Suspirei surpresa com oque havia acabado de ler. Eu não tinha o número do David e ainda assim apareceu ele nesse exato momento e salvo! Foi bizarro e me peguei pensando na mensagem dele. Não cogitei responder... mas eu estava cogitando ir ao encontro dele.

- Porra, Lua. São 02:00 da manhã. - Suspirei tentando me convencer em voz alta. Eu não deveria cometer tal loucura.

Mas... Era de David que estávamos falando. Do garoto que me defendeu de um bando de idiotas e que sempre está nas situações de risco que eu me meto, e pra variar não é ele quem trás esse risco na real ele me salva na maioria das vezes...

Tá. Talvez eu não esteja pensando direito quando simplesmente levantei da cama, fui até o meu roupão e coloquei sobre a camisola fina que eu usava aquela noite. E então segui rumo ao lado de fora da mansão.

Não foi fácil sair da mansão aquela hora

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Não foi fácil sair da mansão aquela hora. Não Só por a enorme quantidade de guardas costas mas também por quê Magda estava acordada e lúcida o bastante a espera de seu filho e seu marido. Porém, dei meu jeito de sair sem que ninguém notasse.

Eu sabia que era louca, mas não insana o suficiente pra estar caminhando na madrugada por um lugar que eu não conheço e que tem pessoas querendo minha cabeça em uma bandeja. No entanto, eu estava no meio da rua tentando não me perder repetindo: dois quarteirões, e rezando pra que o frio não me congelasse de vez.

As minhas passadas curtas foram ficando lentas ao ver uma Ferrari parada no escuro de um beco fechado. Não fiquei surpresa o suficiente ao ver um sorriso arrogante e uma expressão irônica acompanhada de olhos azuis que me avaliavam da cabeça aos pés.

  — Eu achei que colocar uma Ferrari no escuro chamaria a atenção — Dizia David arrumando a postura encostado no carro — Mas me enganei ao ver você de pijama branco.

Tentei não mostrar o quão envergonhada fiquei ao me apressar pra fechar melhor o roupão em meu corpo.

— Oque você quer, David? — Minha voz saiu felina de mais

David suspirou como se estivesse cansado de discussões e disse levemente:

— Paz, ruivinha.

Paz? Ele veio até a Itália e me chamou até aqui 02:00 da manhã pra pedir paz?

— E desde quando temos guerra? — Perguntei me aproximando dele e deixando aquela nossa nítida diferença de tamanho exposta.

— Ainda não temos — Concordará ele — Mas teremos em breve.

Tive que manter cada detalhe do meu corpo calmo, quando por dentro as palavras de David me fizeram reberar.

— Do que está falando? — Questionei tentando não mostrar nervosismo.

David desencostou do carro e deu dois passos em minha direção. Encostando aquela distância entre nois.

— Tem gente querendo a sua cabeça como troféu pessoal, Lua — Disse ele como um mero susurro. — Eu estou aqui apenas tentando te avisar!

Encarei aqueles olhos azuis de forma profunda 

— E oque me garante que você não é uma dessas pessoas? Afinal somos de máfias rivais. — Justifiquei

  David abaixou a cabeça e deu uma risada silenciosa

— Eu não me daria o trabalho de vir até aqui na madrugada te alerta se eu não soubesse de algo.

— Isso só te deixa mais suspeito —  Acusei — Você pode está tentando me fazer cair em uma armadilha.

David cautelosamente levantou a mão e levou seus dedos em direção ao meu cabelo. Com um carinho e cuidado surreal ele afastou pequenas mechas rebeldes que caiam no meu rosto e logo depois abriu um pouco a jaqueta revelando uma pistola. Mais precisamente uma águia do deserto.

— Se eu realmente te quisesse fazer mal, a mesma mão que acariciou o seu rosto seria aqui puxaria o gatilho. — Disse David

Levei meus olhos até a arma que estava abaixo de sua jaqueta e David tratou de cobrir novamente. Por alguma razão eu não estava com medo.

— Eu também assim como você sou alvo de pessoas que querem nossas cabeças a todo custo — Garantiu ele

— Eu deveria me sentir reconfortada com isso? — Perguntei com ironia.

David riu de forma descontraída.

— Concerteza não, Lua! — Garantiu ele — Mais deveria se sentir gratificada por saber disso com antecedência.

— Você só me disse oque eu já sabia. —  retruquei

— A terceira máfia no comando está sabendo de que a filha herdeira dos Edlyns está viva e eles não se agradaram nenhum pouco. — Explicou David — Seu pai e seu avô foram ao nosso encontro com a desculpa da vinda repentina da família Walton. Mas o perigo real é outro.

David se remecheu e fiz o mesmo tentando evitar os calafrios.

— Uma dúzia de corpos foram encontrados hoje pela a manhã. Quatro mulheres adultas, três dos homens do seu avô e... — David suspirou tentando falar — Quatro crianças.

Meu sangue gelou ao saber de tanta brutalidade em massa...

— Oque... — tentei falar

— Todos os corpos tinham recados. E nossas famílias estão em busca de aliança pra poder descobrir oque eles querem agora. E nossa maior suspeita é de que seja você.

Tentei não desabar feio na frente de David. Mas as palavras dele estavam rodopiando em minha mente.

— Disseram na reunião que seria melhor ocultar isso de você para não apavora-lá. Mas eu achei certo te contar.

  Olhei para aqueles olhos azuis e de certa forma, mesmo sentindo medo eu também estava me sentindo grata por tudo que ele havia me contando.

— É melhor você ir agora. E vá com cuidado e tente não fazer muito barulho. Eu vou te acompanhar por longe — Disse David — Já passamos tempo de mais aqui, seu pai e seu avô já devem estar voltando.

Olhei para David de forma precisa e então disse:

— Por que? — Perguntei — Por que está me avisando?

David sorriu de leve antes de me responder:

— Quero mostrar a você que não sou seu inimigo. Pelo menos Não agora, ruivinha.

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