Karl acordou na manhã seguinte sentindo uma mistura de excitação e ansiedade. Ele não conseguia parar de pensar no dia que passou com Sapnap e em como se sentiu quando eles estiveram juntos.
Ele saiu da cama e se vestiu, sua mente ainda correndo. Jacobs sabia que precisava falar com Nick sobre o que havia acontecido, mas não sabia como tocar no assunto.
Ele caminhou até sua mesa e pegou o telefone, hesitando por um momento antes de finalmente digitar uma mensagem.
"Ei, Sapnap. Podemos conversar?"
Ele apertou enviar e esperou ansiosamente por uma resposta. Alguns minutos depois, seu telefone apitou com uma mensagem.
"Claro. O que há?"
Karl respirou fundo e digitou sua resposta.
"Eu sei que ontem era para ser um encontro amigável, mas não consigo parar de pensar nisso. Não sei como dizer isso, mas... acho que sinto algo por você."
Ele apertou enviar e prendeu a respiração, esperando a resposta de Sapnap. Alguns momentos depois, seu telefone tocou novamente.
"Tive a sensação de que você poderia dizer isso. E tenho que ser honesto, também sinto algo por você."
O coração de Karl saltou de alegria e alívio. Ele não podia acreditar que Sapnap sentia o mesmo. Eles conversaram por horas ao telefone, discutindo seus sentimentos e suas esperanças para o futuro. Ambos concordaram que queriam explorar mais o relacionamento e ver até onde ele poderia ir.
Eles fizeram planos de se encontrar mais tarde naquele dia, ansiosos para passar mais tempo juntos. Quando eles finalmente se viram novamente, foi como se tudo se encaixasse.
Ambos andaram de mãos dadas pelo parque, rindo e conversando como se se conhecessem desde sempre. Eles compartilharam suas esperanças e sonhos, e Karl sabia que finalmente havia encontrado a pessoa que procurava.
Quando o sol começou a se pôr, eles se sentaram em um banco e observaram as cores do céu mudarem. Karl colocou o braço em volta de Sapnap e eles se inclinaram um para o outro, contentes com o momento.
— Eu nunca pensei que encontraria alguém como você.- Karl disse suavemente.
Sapnap virou-se para ele e sorriu.
— Eu sinto o mesmo. Estou tão feliz que nos encontramos. O que seria de mim se eu não tivesse ido naquele café idiota!
Eles se beijaram, uma expressão suave e gentil de seu amor um pelo outro. Karl sabia que nunca se sentira tão feliz, tão completo.
Enquanto voltavam para o apartamento de Karl, de mãos dadas, ele sabia que seus sonhos finalmente haviam se tornado realidade. Ele havia encontrado o amor e sabia que passaria o resto de sua vida certificando-se de que Nicholas soubesse o quanto ele significava para ele. Assim que entraram no apartamento de Karl, Karl não pôde deixar de se sentir um pouco nervoso. Ele nunca havia estado em um relacionamento sério antes e não tinha certeza do que fazer. Mas Sparks pareceu sentir seu desconforto e assumiu o comando, puxando Karl gentilmente para mais perto dele e beijando-o novamente.
Karl sentiu-se relaxar no beijo, seu corpo respondendo ao toque do mais alto. Ele passou os braços em volta do pescoço do moreno e aprofundou o beijo, perdendo-se na sensação de seus lábios e línguas se movendo juntas.
Quando eles finalmente se separaram, Karl olhou nos olhos de Sape viu o mesmo amor e afeição refletidos nele.
— Eu sei que 'tô repetindo e dizendo isso o dia todo mas eu estou tão feliz por termos nos encontrado!- Disse Jacobs, sentindo o coração inchar de emoção.
O moreno sorriu e passou os dedos pelo cabelo cacheado de Karl.
— Eu também.- Disse ele. — Nunca pensei que encontraria alguém que me entendesse como você. Você é a peça que faltava e que eu nem sabia que estava procurando.
O coração de Karl disparou com as palavras de Nick. Ele nunca havia se sentido tão visto e compreendido por ninguém antes.
— Prometo estar sempre ao seu lado.- O cacheado falou enquanto colocava a mão no peito de seu novo par romântico. — Não importa o que aconteça, vamos enfrentar sempre as coisas juntos.
Sapnap se inclinou e o beijou novamente, um gesto suave e terno que falava muito sobre seus sentimentos. Karl sabia que havia encontrado alguém especial, alguém com quem queria passar o resto da vida.
Enquanto eles se aconchegavam no sofá, Karl sentiu uma sensação de contentamento invadi-lo. Ele finalmente encontrou sua alma gêmea e sabia que, fosse qual fosse o futuro, eles o enfrentariam juntos. "O que seria de mim se eu não tivesse ido naquele café estúpido!" Jacobs pensou na frase do namorado alto e a recitou rindo da lembrança de como eles se conheceram.
Nick riu.
— Não quero nem pensar nisso.- Disse. —Mas estou tão feliz que você fez. Caso contrário, eu poderia nunca ter conhecido você.
Karl sorriu e se inclinou para outro beijo, sentindo-se grato e feliz além das palavras. Eles se encontraram contra todas as probabilidades, e ele sabia que nunca iriam se separar. Jacobs pediu licença ao parceiro para ir ao banheiro, sua respiração durante o caminho ficava forte. Ele cambaleava até o banheiro, as paredes ao seu redor pareciam se mover e se deformar, dobrando e torcendo de maneiras impossíveis. Os ladrilhos sob seus pés giravam e se contorciam como cobras, e as luzes fluorescentes acima piscavam e dançavam como luzes estroboscópicas.
Ele vinha experimentando essas alucinações junto a vozes há semanas, desde que voltou de seu "coma". A princípio, ele pensou que fosse apenas estresse ou exaustão, mas com o passar dos dias, eles só pareciam piorar.
Ao chegar ao banheiro, ele se apoiou pesadamente contra a pia, sua respiração saindo em ofegos curtos e irregulares. Ele olhou para o espelho e observou como seu rosto se transformava e mudava, suas feições se contorcendo e se contorcendo de maneiras impossíveis. Karl fechou os olhos e tentou se firmar, mas as alucinações só ficaram mais fortes. Ele viu estranhas criaturas de outro mundo à espreita nas sombras, seus olhos brilhando com intenção malévola. Jacobs ouviu vozes sussurrando em seu ouvido, dizendo coisas que ele sabia que não podiam ser verdade.
O cacheado caiu no chão, seu corpo tremendo de medo e confusão. Ele não sabia quanto tempo mais ele poderia aguentar, quanto mais ele poderia manter a fachada de que estava tudo bem. Ao se encolher como uma bola no chão do banheiro, sentiu uma profunda sensação de desespero invadi-lo. Ele sempre foi tão forte, tão controlado, mas agora sentia como se estivesse perdendo a cabeça.
Lágrimas escorriam por seu rosto quando ele percebeu que talvez nunca mais fosse o mesmo. As alucinações o estavam consumindo, corroendo lentamente sua sanidade e seu senso de identidade.
Karl gritou internamente por socorro, mas ninguém veio. Ele estava sozinho, preso em um mundo criado por ele mesmo, um mundo que se fechava rapidamente ao seu redor.
À medida que a escuridão descia, ele sabia que estava perdido, que nunca seria capaz de escapar dos demônios que o assombravam. Ele se recuperou do coma, mas não se aposentou de sua própria mente, de seu passado, e isso, ele sabia, era o maior desafio de todos.
O choro do rapaz ficava um pouco mais alto, chamando a atenção de Nicholas que foi até a porta de seu banheiro perguntar se estava tudo bem, porém nenhuma resposta.
[ . . . ]
Nicholas estava do lado de fora da porta trancada do banheiro, sua mão segurando a maçaneta com força. Ele bateu na porta pelo que pareceram horas, mas seu namorado, Karl, se recusou a atender. Ele sabia que algo estava errado, mas não sabia como ajudar.
— Karl, por favor, abra a porta.- Nick implorou, sua voz abafada pela madeira grossa. — Eu só quero falar contigo.
Não houve resposta, apenas o estranho silêncio do apartamento vazio. Sapnap pressionou o ouvido contra a porta, tentando ouvir qualquer som de movimento lá dentro.
Enquanto ouvia, ouviu sussurros fracos, murmúrios ininteligíveis que causaram um arrepio na espinha. Ele percebeu com uma sensação de desânimo que Jacobs estava tendo um surto de alucinações e que precisava de ajuda.
— Honey, por favor.- disse o moreno com a voz trêmula. — Deixe-me ajudá-lo. Você não precisa passar por isso sozinho.
Ainda assim, não houve resposta. O coração de Sparks afundou quando ele percebeu que o menino que amava estava perdido em seu próprio mundo de ilusões, um mundo que ele não conseguia penetrar.
Ele caiu no chão, com as costas contra a porta, sentindo-se impotente e derrotado. Ele não sabia como ajudar Karl, como aliviar sua dor e sua confusão.
Mas ele sabia que tinha que tentar. Ele se levantou novamente, determinação em seus olhos, e começou a bater novamente, mais forte desta vez, gritando o nome de Karl com crescente urgência.
De repente, houve um som vindo de dentro, o som da fechadura girando. Nicholas prendeu a respiração quando a porta se abriu lentamente, revelando Karl parado lá dentro, os olhos arregalados e selvagens, o rosto contorcido de medo. Nick deu um passo à frente, estendendo a mão para pegar a mão de Jacobs. — Está tudo bem.- Ele disse suavemente. — Estou aqui para você. Vamos superar isso juntos, como você disse, se lembra?
Karl hesitou por um momento, então assentiu, permitindo que Nicholas o levasse para fora do banheiro e para a segurança da sala de estar. Sapnap passou os braços ao redor do rapaz, segurando-o perto, sentindo o peso do medo e confusão de Jacobs derretendo enquanto ele se agarrava a si.
Juntos, eles se sentaram no sofá, conversando baixinho, de mãos dadas e observando o mundo do lado de fora da janela. Pela primeira vez em dias, Karl sentiu que não estava sozinho, como se tivesse alguém em quem se apoiar, alguém que sempre estaria ao seu lado, não importa o que acontecesse. E isso, ele percebeu, era o presente mais precioso de todos.
[ . . . ]
Alguns dias se passaram e Karl estava em sua pausa do trabalho, comia sua salada tranquilamente na sala de descanso da cafeteria. Naquele dia estava sozinho afinal Niki não havia ido ao trabalho por estar doente então resolveu mandar mensagem a um colega que não conversava a um tempo: Quackity.
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Açúcar Com Café ; Karlnap
FanfictionOs dias na pequena cafeteria eram meio entediantes, vez ou outra via algum amigo seu passar por ali. Seis de abril, cinco e meia da tarde, a chuva forte batia na janela da cafeteria ela era habitada por varias pessoas, e uma delas estava ali a mais...