CAPÍTULO 9 - BOA SORTE, MANINHO!

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JENNY

Quando horas se passaram, à tarde, minha mente já estava livre de culpa pelo imbecil do Brian. Conversei com o diretor e consegui com que colocasse ele de volta no jogo. Mas, agora, minha mente já elaborava uma nova vingança, e não mais para o Sparks, e sim para o meu irmão Luke.

O toque da campainha me fez dar um pulo. Desci as escadas correndo, e somente pensei que, só poderia ser o meu plano começando a ser colocado em prática. Isso aumentou minha emoção, e, ao terminar de descer as escadas, já observava com um sorriso extremamente largo nos lábios Taylor ir abrir a porta.

A figura com longos cabelos loiros apareceu atrás da porta. Seus olhos de um azul vívido denotavam tristeza e uma profunda decepção.

— Você é a Sr.ª Harrington? — Daphne, era como se chamava, perguntou à minha mãe.

— Sim, sou eu, posso ajudar? — docemente, minha mãe a respondeu, enquanto eu observava tudo um pouco mais afastada.

— Na verdade, pode sim. Desculpe ser um pouco invasiva, mas eu posso entrar?

Vi que minha mãe cogitou a possibilidade, afinal, para ela Daphne era uma estranha.

— Claro, entre. — um pouco receosa minha mãe abriu mais a porta para dar passagem para a garota. Eu por outro lado, me escondi para que ela não me pegasse bisbilhotando.

— Se está procurando a Jenny ela está no quarto dela, eu posso chamá-la, agora se for o Luke, ele não está.

— Eu sei que ele não está, vi quando saiu com o carro. Para ser sincera, eu vim falar com a senhora.

O nervosismo transcendendo nos seus gestos... Essa menina era uma ótima atriz, tinha que reconhecer.

— Comigo? Me perdoe se te conheço de algum lugar, mas não estou me lembrando de você.

Minha mãe mantinha uma postura completamente atenciosa àquela estranha. Talvez muitos em seu lugar já teria encerrado essa conversa logo no início.

Daphne, porém, balançou a cabeça negando a possibilidade à minha mãe, e vejo-a ficar ainda mais confusa.

— Eu sou a namorada do seu filho, Sr.ª Harrington.

E é nesse momento que ela perde parte da compostura. Fica boquiaberta. Até onde Taylor Harrington sabia, o Luke não tinha namorada.

— Você quer se sentar? — por fim, ela oferece com um sorriso sem graça. Guia Daphne até o sofá, e agora sei que as melhores partes estão por vir.

— Então, o que quer falar comigo?

— Eu não sei nem por onde começar. Eu não queria fazer isso, não queria ter que vir até aqui, mas o Luke não me deixou outra escolha. — com olhos já marejados, ela encarava a minha mãe. — Ele disse que me amava, e que nunca ia me deixar, mas foi ele saber que... — de repente, ela interrompe a própria frase.

Era um meio de instigar a curiosidade da minha mãe, para que ela mesma levasse Daphne ao ponto em que queria chegar.

— Saber que... — e o incentivo para que Daphne falasse vem.

Essa garota sabia como jogar, não era como um roteiro planejado, era como se ela observasse o comportamento da pessoa que estava lidando, para então dar a sua cartada.

— Saber que eu estou esperando um bebê. — a frase veio carregada de lágrimas. De falsas lágrimas obviamente, mas bem real aos olhos de quem não sabia toda a verdade por trás dessa história.

Ela merecia um prêmio por essa atuação. Alguém finalmente conseguiu deixar minha querida mãe perplexa.

— Me desculpe, eu não queria incomodar a senhora com isso, é que ele queria que eu... Deixa pra lá, me desculpe mesmo. — novamente Daphne recuou e demonstrou que não devia tocar no assunto. Se esse jogo funcionou uma vez, obviamente irá funcionar de novo.

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