CAPÍTULO 8 - A VINGANÇA É UM PRATO QUE SE COME QUENTE

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JENNY

Eu sempre fui uma pessoa muito estressada, exaltada e sem paciência para nada. Meus pais são dois malucos que na maioria das vezes agem como se fossem adolescentes. Tenho um irmão que só me causa dor de cabeça e inferniza a minha vida. Minhas amigas, bem... São um bando de patricinhas metidas que vivem na barra dos pais. — Com exceção da Nath, ela sempre fica mais na dela e não é fresca como as outras, além de ter os pés no chão. — Sem contar os estúpidos que eu tenho que aturar como: os amigos do meu irmão, os irmãos das minhas amigas, e as namoradas deles. Então como não queriam que eu fosse assim? Para aturar todas essas pessoas na minha vida só tendo que ter muita paciência, mas isso é uma coisa que eu não tenho.

Ser grossa e malcriada foi a única maneira que encontrei para conseguir conviver com eles. Ainda nem sei como não fiquei maluca, qualquer um no meu lugar a essas alturas já teria um sanatório como lar. Apesar da minha casa não ser tão diferente de um.

Por mais que eu reclame, — e com razão — não trocaria a minha vida por nenhuma outra. Eu amo ser a rockeira maluca que todos julgam e tentam manter distância.

Despertei assustada já me sentando na cama.

Droga! Não acredito que perdi a hora de novo!

Levantei correndo e peguei a primeira peça de roupa que encontrei na minha frente.

— Merda de despertador, pra que você serve?! — reclamei pegando-o e jogando no chão do quarto.

Já devia ter me livrado dele há séculos, aquela porcaria sempre me deixava na mão, e se eu chegar atrasada mais uma vez essa semana vou levar uma detenção!

Peguei minha mochila e saí disparada para o andar debaixo. Quase saí rolando escada abaixo por conta de ter tropeçado nos degraus. Parei na entrada da cozinha ofegante encontrando meus pais tomando o café da manhã tranquilamente.

— Bom d... — meu pai começou a falar, mas eu logo o cortei.

— Cadê o Luke? — perguntei apressadamente.

— Ele já foi tem quase meia hora, e disse que hoje você ia entrar mais tarde por isso não podia te esperar. — minha mãe respondeu calmamente, mas nessa hora meu sangue ferveu.

Maldito! Você ainda me paga Luke August Harrington!

Como meus pais ainda caíram nessa sabendo que somos da mesma turma?!

— Mãe, nós somos da mesma turma! — falei bufando.

Meus pais se olharam como se tivessem acabado de descobrir isso, e talvez tivessem mesmo. Eles não são os tipos de pais que acompanham a vida escolar de seus filhos. Na verdade, eles não estão dando a mínima pra isso, desde que a gente passe de ano e não se meta em confusão está bom demais.

— Esquece tá! Estou indo antes que receba uma detenção! — andei em passos largos até a porta da sala, mas assim que cheguei e não encontrei meu skate onde tinha o deixado perto da porta, só faltou eu explodir de tanta raiva. — Desgraçado! — gritei furiosa e bati a porta antes que meus pais viessem questionar o motivo da minha histeria.

— Não pense que isso vai ficar assim Luke, você não perde por esperar! — eu resmungava enquanto praticamente corria em direção ao colégio.

Mas é claro que para piorar ainda mais o meu dia aquele estúpido do Brian apareceu junto com a sua corja de amigos. Eles reduziram a velocidade do carro a medida dos meus passos e olharam na minha direção já com um sorriso debochado no rosto.

— Ei esquisita, quer uma carona? — o Sparks perguntou. Sua falsa solidariedade não me convencia. Nunca esperei nada de bom para vir do Brian, e não seria agora que acharia isso. — Ah desculpa, esqueci que extraterrestres só andam em disco voador!

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