Capítulo dezessete: Presos em um momento.

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Capítulo dezessete: Presos em um momento.

By: Carmen.

Estávamos assistindo a o terceiro filme de terror naquele dia, Laura bateu o pé para assistirmos, porque para mim seriam sempre animações e estávamos quase no final do terceiro filme de terror.

― Laur, eu tô com medo desse filme, vamos ver outro por favor, não aguento mais ver gente morrendo, está me dando até calafrios ― Choraminguei deitada no outro sofá.

Ela deu uma risada, maldita.

― Está quase acabando, por que você não disse nada dos outros? É só um filme cariño.

― Mas dá medo mesmo assim, deixa eu deitar aí com você então ― Falei me levantando.

Ela me olhou incrédula para ter certeza se eu estava mesmo falando sério... Eu estava.

― Carmen essa não é uma boa...

Alguém no filme gritou e eu me encolhi toda com os olhos arregalados.

― Anda logo, chega para lá Laur.

Ela se afastou da beirada do sofá o máximo possível para me dar espaço, eu me deitei abraçando a almofada que havia trazido do outro sofá.

Eu estava fechando os olhos para não assistir a aquele filme, estava toda encolhida de medo como um filhotinho de gato assustado.

Eu cheguei para trás o suficiente para minhas costas estarem contra o peito de Laura, ela imediatamente virou de barriga para cima, Jesus, por que eu me sinto desse jeito, Laura é minha melhor amiga, eu não deveria ter esse tipo de sentimentos com ela...

― Você não vai mais assistir o filme? ― Eu perguntei sonolenta.

― V-vou eu... ― Ela virou apenas um pouco respirando fundo eu podia sentir o cheiro de baunilha do cabelo dela me atingirem.

― Laur eu tô com frio ― Eu falei baixinho.

― Você quer que eu pegue um cobertor para você cariño? ― Por que tão ingênua?

― Não, só... Me abraça ― Eu me virei de frente para ela e passei os braços em torno dela ― Por que você está esquisita?

― Não estou ― Falou desviando os olhos.

― Então olha para mim.

Ela me olhou sem conseguir desviar os olhos dos de mim novamente, eu tão pouco conseguia olhar para outra coisa que não seus lábios vermelhos, os olhos dela estavam pequenininhos por conta da pouca luz.

― Você se incomoda comigo perto assim? Quer que eu saia? ― Perguntei preocupada.

Ela suspirou, era melhor assim, né... Manter uma distância segura...

Apenas assentiu.

― Sim...

O meu sorriso foi se desfazendo aos poucos.

― N-não... E-Eu não sei ― Falou quase chorando ― Eu não entendo o que está acontecendo e não quero magoar você.

― Você seria incapaz de me magoar de propósito, me deixa te ajudar a entender ― Falei tocando a bochecha dela.

― Você não pode ― Falou baixo ― Você namora o Guille...

Ela nunca tinha beijado ninguém antes de me beijar, mas depois me dei conta de que era errado, porque eu não deveria nutrir esse tipo de sentimentos por minha melhor amiga, porque ela é uma menina, porque Guille gosta de mim e isso está bagunçando a relação dos gêmeos, porque ela é ingênua demais, eu não posso...

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