Capítulo 18

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Foguinho 📍




Eu desperto com o despertador tocando alto.

Demoro pra racionar que não era uma adolescente indo pra escola e sim uma vagabunda que não faz nada.

— Cecíliaaa — chamo ela de olhos fechados.

O despertador me irrita.

— Cecília desliga isso — resmungo com ódio.

Quando vejo que não ia desligar, abro os olhos e me sento no chão.

Percebo que não estava na minha casa e sim na dela, nós quatros estávamos na sala deitada no chão forrado. Ainda continuava com a roupa de ontem do baile, atordoada me levanto e desligo o despertador dela.

Cecília esparramada quase dormindo em cima da Renata, seu cabelo preto estava no seu rosto e no dela. Érica dormia bem tranquila e longe delas duas sem cobertor e com a mesma roupa de ontem também.

Na verdade todas estávamos.

Vou caçando meu celular pela sala e acho, vejo que era seis horas da manhã. Minha vontade era de acordar a Ceci no tapa depois de esquecer de desligar essa porra em um sábado.

Uma mensagem com o número desconhecido chega.

Abro vendo quem era.

21 9948...: bom dia minha mulata 💓
                   dormiu bem ou tá de
                   ressaca?

Eu leio, uma, duas, três vezes e tendo identificar de onde tirou essa intimidade. Clico na foto e vejo o perfil do Filipe, volto na mensagem de novo e não era um delírio, eu não sei de onde ele tirou que tinha essa amizade comigo, eu lembro de ontem, mas foi ontem, nada mudou.

Macho abusado, daqui a pouco bloqueio ele.

— Acordou — me assustei vendo a mãe dela arrumada.

— Oi, tia — sorri sem graça.

— Você tava brigando na selva garota — me analisa rindo toda.

Meu cabelo deve tá um bagaço assim como a maquiagem.

— Eu tô de ressaca.

— Eu sei, ontem vocês chegaram bêbadas e ainda beberam mais. As quatro ainda tem o rim bom?

— Nunca tive saúde boa — nem mental.

— O café tá pronto se você quiser tomar, avisa ela que vou sair, vou adiantar algumas coisas no restaurante e depois vou mercado.

— Pode deixar — caminho que nem múmia pro banheiro.

Quando entro no banheiro eu vejo o quanto eu tava devastada, além de uma dor de cabeça do caralho. Não dá outra, apago no chão depois de voltar pra sala.

2:30 pm 📍

— Eu vou embora agora — Érica diz — Vou pra casa dormir novamente.

— Vai comer com a gente não?

— Não, tô com uma ressaca do caralho — ela diz e se Levanta.

Tínhamos acordado quase agora, tomamos um banho e agora estávamos aqui procuram comigo já que nenhuma de nós queria preparar.

— Tchau — a mesma põe um óculos na cara e mete o pé.

Ficamos nós três no restaurante da mãe da Ceci, já me ânimo vendo no cardápio do dia que era feijoada.

— Minha mãe tá sem coca cola aqui — Cecília diz em pé.

— A gente pode pedir um suco.

— Eu quero cocaaa — Renata berra ao meu lado.

Redenção - RETIRADA 13/10Onde histórias criam vida. Descubra agora