Capítulo 62

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Victória 📍







Finalmente tinha chegado o meu dia.

Deslizo a mão pelo meu vestido todo arrumado e com o caimento perfeito dentro do meu corpo. Cabelo feito, maquiagem perfeita e o vestido combinando perfeitamente.
O vestido tinha apenas uma alça, ele era branco e vinha modelando meu corpo perfeitamente, assim como a fenda grande na minha perna, expondo ela.

— Ótimo — aliso o vestido me olhando no espelho.

Ele tinha um bom gosto.

Eu pego meu celular, sem nenhuma expectativas que ele me respondesse. Eu entro na mensagem com o Filipe, todas eram minhas, eu que enviei pra ele e tudo mais, mensagens, ligações, mas seu visto por último tinha sido meses atrás.

Com a única expectativa que tinha, enviei o convite pro celular dele, não sabia se ele poderia olhar, afinal, se ele não entrou antes, porque ele entraria agora?

Mas ele tinha prometido, disse que estaria lá, mesmo não tendo nenhuma notícia dele, eu sinceramente espero do fundo do meu coração, que ele apareça lá, como um passa de mágica...

Visualizo a mensagem da Cecília, dizendo que estava a caminho de onde seria minha formatura, quase chegando primeiro que eu, o que mostra que eu estava me atrasando.

E hoje eu não poderia me atrasar.

Tanto que eu saio pegando minha bolsa, jogo as coisas nece dentro dela e vou saindo de casa, mas vejo o Russo vindo na minha direção.

— Olha, eu estou atrasada e sem tempo — já começo a falar quando ele se aproxima.

Vou trancando a casa.

— Sabe que eu não vou poder ir, se eu colocar meus pés na pista, sou preso — ele dá risada — Mas passei aqui pra te entregar isso — ele me dá uma pulseira.

Ergui as sobrancelhas desconfiada olhando pra ele. Tava com um sorriso enorme, diferente dos outros dias que tinha cara de preocupação.

— Uma pulseira? — ele que coloca no meu pulso.

Era prata, e adivinha? Isso mesmo, tinha pingente de uma abelha, era o único pingente.

— Abelha?

— Pra tu não esquecer de quem é — ele solta uma risada...

— Não sou um objeto, senhor.

— Senhor o caralho, é só pra tu não esquecer de alguma forma que ele vai estar lá — encaro seu olhos — Afinal hoje é seu dia, a noite nem acabou e a pode ser a melhor que tu já teve.

— Você tá estranho — cruzo os braços olhando ele.

— Queria que minha filha tivesse se formando também, tivesse uma profissão, mas ela prefere gastar meu dinheiro — ele muda o assunto — Papo reto, te vi acordar cedo todos os dias mesmo não estando bem e indo atrás do teu, pra ser alguém na vida. Admiro isso, é foda pra caralho, tô ligado que se teu pai tivesse vivo, ia tá orgulhoso de tu.

Abri o sorriso gostando dessa frase.

— Agora me dá essa chave — ele pega a chave da minha casa.

— Pra que você quer a...

— Me dá logo — toma da minha mão — O menor vai levar você e te deixar lá, bora logo que tá atrasa — praticamente me empurra pra dentro do carro.

— Olha só, não vai me roubar não hein — ele nem me dá ideia.

— Leva ela voando, dirige esse carro no grau — da instrução ao garoto, me acomodo no banco — Se Deus quiser, tu não volta mais pra cá — ele diz me olhando sorrindo.

Redenção - RETIRADA 13/10Onde histórias criam vida. Descubra agora