Capítulo 48

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Foguinho 📍
Dias depois...





— Eu com certeza não nasci pra servi ninguém — reclamo olhando a Cecília — Ainda mais lidar com esse povo daqui, eu te amo muito Cecília, porque juro, se eu não te amasse, não estaria te ajudando.

— Você é um doce, por isso está aqui na bancada e não atendendo as pessoas — me olha colocando a bandeja — Porque essa sua cara assusta todo mundo, dá um sorriso.

— Não — resmungo.

— Você pode ser gentil com as pessoas além duas suas amigas ou é difícil.

— Muito difícil.

— Caramba, como você é chata.

Dou risada dela.

Estava ajudando ela no restaurante da mãe já que a mesma tinha saído, aceitei por duas condições, uma é que seria rápido e outra é que preferia ficar no balcão aceitando os pagamentos.

Melhor que lidar com esse povo daqui.

— Por isso que você está atendendo e eu aceitando o money, adoro dinheiro.

— Você deveria ser mais gentil.

— Eu até elogiaria seu cabelo, mas você penteou? — ela começa a rir — E eu sou gentil.

— Você carrega duas personalizadas Vick, uma delas é gentil, engraçada até mesmo na faculdade, a outra você é ignorante e barraqueira.

— Claro, na faculdade eu sou uma aluna exemplar — pisco pra ela.

— Realmente, duas personalidades — dá risada.

Fico ali quando ela vai pegando mais pratos e atendendo o povo. A paz estava ótima, até entrar o trio da ternura no ambiente.

Filipe, Cabelinho e Pica pau.

Desvio o olhar dele quando me lembro que esse safado aproveitou da minha carência no domingo. Mesmo dias depois eu não falei com ele, na verdade só o profissional em relação a casa, assim como comecei a comprar os móveis da casa dele.

Filipe era tão maluco em deixar eu decorar tudo do meu jeito, mas tô fazendo do meu jeitinho, como se tivesse fazendo pra minha própria casa. Acredito que ele não vá reclamar também já que não gosto de tudo muito frufru, rosinha e essas coisas delicada. Com certeza ele não ia reclama disso.

Os dois amigos se sentam na mesa perto da bancada, já ele vem na minha direção.

— Boa tarde — ele fala.

Fico fingindo que estou contando o dinheiro.

— Tá trabalhando aqui também? Daqui a pouco vou te encontrar na boca... Toda hora trabalhando em um lugar diferente.

— Sou tipo Barbie, mil e uma funções — prendi o riso — Já trabalhei vendendo água, balconista... Fui até puta por umas horas — olhei ele — Acho que eu me daria bem nessa área se você não tivesse me atrapalhado.

— Se fosse assim eu contratava seu serviço particular — estreitei os olhos pra ele.

O mesmo vem apoiando os cotovelos na bancada e sorri de lado pra mim. Observo o nome brando do Fluminense que usava e a blusa também do seu time.

— Eu te cobraria muito alto.

— Não tem problema, te passava todos os meus bens.

Ergui as sobrancelhas pra ele, me aproximei também dá bancada e apoiei as mãos olhando ele na minha frente.

Redenção - RETIRADA 13/10Onde histórias criam vida. Descubra agora