"Pegue um pedaço do meu coração
E o torne todo seu
Assim, quando estivermos separados
Você nunca estará só
Nunca estará só"
NEVER BE ALONE | SHAWN MENDESAaron
De mãos dadas com a mulher que eu amava, subimos as escadas da nossa casa, dispostos a ser sinceros com a nossa família sobre a nossa vida, sobre o que queríamos.
Eu estava profundamente agradecido pela esposa que eu tinha e ainda mais por estarmos sempre na mesma conexão, na mesma linha de pensamento. E mesmo que eu esteja ansioso e animado por essa nova fase da minha vida, eu também estava ridiculamente apavorado.
Mas de um jeito bom, eu acho. Eu podia fazer isso, e graças a Deus, eu não estava sozinho. Apertei minha mão contra a dela, me sentindo mais corajoso e confiante ao seu lado.
Passamos pelo hall de entrada da mansão e assim que adentramos o interior, uma pequena multidão se manifestou ao nosso redor, todos de olhos meio arregalados.
— Mas o que diabos aconteceu com vocês? — Vovó foi falando, aproximando-se o mais rápido que conseguia com sua bengala a reboque.
— Como é que vocês puderam sair correndo desse jeito? — resmungou minha mãe, e seu rosto se contorceu adoravelmente em uma careta.
— E sem nos contar o motivo! — reclamou papai, pondo as mãos na cintura, manifestando sua indignação em ser privado da fofoca.
Estavam os três diante de nós como se estivéssemos prestes a apanhar. Reprimi o riso e encarei minha família maluca.
— Acalmem-se, vamos nos sentar — pedi, trocando um olhar com Charlotte — A conversa é séria.
Mas todos permaneceram parados.
Levantei as sobrancelhas em um questionamento silencioso.
— O que estão esperando? — indaguei, passando por eles e arrastando Charlotte comigo para a sala de estar.
Era só uma questão de tempo até eles se tocarem e virem atrás de nós. Assim que nos sentamos no sofá, os três passaram pela porta quase se empurrando e vovó usou sua bengala para bater na canela do meu pai e passar primeiro. Ouvi Charlotte soltar uma risadinha ao meu lado enquanto eu pressionava os lábios para não começar a rir descontroladamente.
— Podem se sentar — indiquei o sofá e a poltrona livres com um aceno.
Minha avó me fuzilou.
— É melhor você desembuchar logo, garoto, ou vou acertar essa bengala tão forte no se traseiro que...
— Tudo bem! Já entendi! — rendi-me, estremecendo só de imaginar.
Mas vovó e meus pais se sentaram, olhando para nós.
— Nós dois conversamos... — comecei, inclinando-me para frente, apoiando os antebraços no joelhos — E decidimos adotar.
Nossa família ficou em silêncio, a surpresa evidente no rosto de meus pais. Mas minha avó, incrivelmente, não parecia surpresa.
— Hoje saímos correndo porque pensamos que as crianças que queríamos tinham sido adotadas por outras pessoas — contou Charlotte, desviando o olhar, e eu sabia que estava relembrando os acontecimentos da nossa manhã. Apoiei a mão em sua coxa ao me reclinar contra o estofado do sofá, tentando lhe dizer que estava tudo bem. Ela ergueu o olhar e os encarou — E isso nos fez perceber o quanto queríamos aquelas crianças.
— Eu já imaginava — comentou vovó, olhando para minha esposa com um pequeno sorriso no rosto enrugado — Soube no instante que você sorriu para eles aquela tarde.
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Como Agarrar Um Duque
Lãng mạn✨ Trilogia Nobres Devidamente Enlaçados ✨ Livro 3 ✨ Cada livro conta a história de um casal diferente, mas recomendo ler em ordem para melhor compreensão. Lady Charlotte Stewart sempre foi uma moça sonhadora e um dos seres humanos mais gentis que...