Capítulo 13

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Segunda, 10 de abrilRio de Janeiro09:37

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Segunda, 10 de abril
Rio de Janeiro
09:37

Jade Guedes

Não lembro de muita coisa de ontem, as últimas coisas que tenho em mente é de ver Gabriel impedindo Guilherme de me bater. E só de pensar nisso minha cabeça lateja.

Mais um.

Mais um que sabe da minha desgraça, que sabe sobre como fico patética sempre que ele se aproxima de mim. Como fico nervosa, com medo, submissa.

Ao abrir os olhos percebo que estou mais lascada do que penso. Estou na cama de Pedro, usando as roupas dele, Arrasca está atrás de mim, agarrado a minha cintura, Caio está na minha frente e logo ao seu lado está o dono da casa.

Os quatro dormindo na mesma cama. Seria cômico se o motivo não fosse extremamente trágico. Respiro fundo tentando puxar algo da noite passada, mas não vem nada.

muñeca — escuto meu Uruguaio murmurar em meu pescoço — não pensa muito, tá tudo bien, relaxa

— esse é o seu bem? — resmungo, não querendo acordar os outros dois

— vem, vamos tomar um banho e ir lá pra baixo — sussurrou, levantando-se, me pegando no colo em seguida

Arrasca me leva até o banheiro de visitas, escovamos os dentes juntos, em silêncio, o vejo tirando o short, ficando só de cueca preta, entrando no box do banheiro.

— não vem? — perguntou, sua voz ainda era calma, o que me fazia ter um sentimento bom

Concordo levemente, tiro a blusa do Pedro, só aí tenho o conhecimento que estou apenas de calcinha por baixo. Provável que Giorgian tenha me trocado, já que dos dois ele é o único que já me viu nua.

Entro no box vendo o, agora loiro, me encarando enquanto estava debaixo do chuveiro. Não digo nada, até porque não tenho tempo, o rapaz me puxa, dando-me um abraço forte e confortante.

Arrasca afunda seu rosto em meu pescoço enquanto me tira do chão, pela sua ação acabei passando minhas pernas em sua cintura. Seu abraço se torna mais forte enquanto o escuto fungar.

disculpame, perdón mi muñeca — sua voz estava embolada pelo choro — eu não fiz nada, ele ia fazer de novo e eu não consegui hacer nada

mi amor — o chamei, fazendo o mesmo me olhar — você me trouxe pra cá, não lembro de muita coisa mas tenho certeza de que cuidou muito bem de mim, não chora, a culpa não é sua

O mesmo continuou me encarando, sorri levemente dando selinho por todo o seu rosto, aos poucos um sorrisinho foi brotando em seu rosto, mesmo com seus olhos ainda vermelhos.

te quiero — sussurrou encostando nossas testas, me fazendo sorrir levemente

— também te amo — sussurrei

Minha salvação - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora