Uma promessa enfim cumprida

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Uma promessa enfim cumprida

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Uma promessa enfim cumprida

Eu nunca mais vou fugir de você, vamos fugir juntos, cumprir a nossa promessa de adolescentes.

Yumi Miyazaki

Não consigo precisar por quanto tempo Niragi permaneceu desmaiado, quando o vi recobrar os sentidos senti um grande alívio em meu peito, sentei ao seu lado e o abracei, como se aquilo, somente meu corpo pequeno fosse capaz de protegê-lo. Se não fosse esse maldito jogo, eu já tinha dado um jeito de tirá-lo daqui, no entanto como nosso objetivo era permanecer vivo, teríamos que esperar um pouco, até o fim da partida.

Os minutos passam mais rápido do que eu consigo acompanhar, totalmente absorta nas feições de dor de Suguru, ignoro por completo todos ao meu redor e tento traçar um plano prático para auxiliar ele nesse momento. Percebo que os gritos, estão cessando e ouço o fim do jogo, respiro aliviada, mesmo estando inseridos nele compulsoriamente e não tê-lo jogado, saímos vitoriosos.

Observo alguns sobreviventes saindo da praia, que agora era um local totalmente inabitável. Minha cabeça tenta raciocinar um meio de sairmos também desse lugar, Niragi está visivelmente fraco, e não vai ser possível andarmos uma longa distância.

Um carro seria o mais viável, entretanto não quero deixá-lo sozinho aqui, mesmo estando em um local escondido, no momento ele não iria conseguir se defender de nada.

Olho para ele, que apesar de já ter despertado do desmaio recente, mantém os olhos cerrados, e com uma expressão de dor no rosto, com os lábios contraídos e as sobrancelhas juntas, sinto uma agonia forte em meu peito.

— O jogo já acabou, precisamos sair daqui! — digo enquanto seguro em suas mãos, apertando levemente e acariciando — Não estamos longe do estacionamento, podemos tentar pegar um dos carros.

Ele esboça um sorriso fraco em aprovação.

— As chaves ficavam com o Chapeleiro?

— Algumas sim, outras com a milícia. Olha na bolsa que te dei — respondeu em sussurro.

Estiquei meu braço, alcançando a mala e vasculhei os bolsos pequenos, encontrando em um deles uma chave, ele realmente tinha pensado até mesmo nos detalhes.

— Vamos então, serão poucos passos até lá, eu vou achar um lugar limpo para cuidar de você.

Levanto-me e pego minha mala passando a alça no meu tronco, em seguida seguro o corpo dele, dando apoio com o meu, Niragi passa o braço direito em minha cintura, apertando forte, escuto seus gemidos de dor abafados, como se ele estivesse se esforçando pra não demonstrar o sofrimento. .

Caminhamos até o estacionamento, algumas pessoas passam por nós, mas somos ignorados completamente, menos mal, eles estão lutando para fugir dali, assim como nós. Acho que o pior já passou - pelo menos por enquanto, quero acreditar nisso.

Unmei no - Suguru Niragi Onde histórias criam vida. Descubra agora