Capítulo 13- A caminho da verdade

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Ethan

 Desde que chegamos no Canadá não deixo de pensar na possibilidade de tirar Angel do convento, odiava o quanto Jonathan estava certo sobre gostar de alguém, porém precisava ter cautela, estávamos na mira de Sanctus. Assim que saímos do táxi a menina observa cada detalhe da capital com tamanha admiração, tudo naquela garota era sinônimo de pureza o que me fazia entrar no modo protetor. 

 Assim que entramos no hotel faço questão pedir um quarto, estava cansado e precisava começar a resolver as coisas na delegacia local, uma moça loira faz questão de nos atender no balcão, quando me vê seus olhos se iluminam e lá estava a atitude que me fez por tantos anos não querer estar com mulher alguma.

-No que posso ajudar? - A jovem me pergunta debruçando-se sobre o balcão me dando um visão de seus seios, reviro meu olhos com a atitude e foco em meu celular, estava trocando mensagens com Jonathan, queria saber como estava tudo no local: 

Mensagem on

" Como está tudo ai?" 

"Tudo calmo Ethan, dessa vez tem algo diferente" 

"Irei investigar por aqui, essas mortes apesar de seguir o

mesmo padrão tem outro propósito."

"Falando em propósito, pensei que era seu melhor amigo, 

quando me contaria que estava com Angel?"

"Talvez quando ajeitasse tudo"

"Trate de providenciar o afastamento dela, não quero vocês

dois na mira de Sanctus."

"Entendido!"

Mensagem off

- Um quarto por favor. - Digo sem rodeios.

- Duas camas? - Ela digita enquanto morde seu lábio inferior, olho para Angel apenas para ver seu rosto corado de raiva, ciúmes querida? Pensei comigo mesmo e abri um sorriso discreto, ninguém tomará seu lugar em meu coração meu anjo, mesmo que ainda não saiba, pertencemos um ao outro.

- Uma! - Puxo minha carteira e pego o cartão de crédito, precisava acabar logo com aquilo antes que minha doce menina voasse no pescoço da mulher que agora parecia notar a presença dela.

-Claro. - Ela sorri, conhecia aquela atitude, ela era uma jogadora e não iria desistir de sua presa, mas tinha uma carta na manga. - Para você e sua irmã. - Diz entregando a chave do quarto, Angel não se contém e abre a boca para responder algo a mulher, porém pego sua mão e acaricio acalmando-a assim como ela faz comigo.

- Eu e minha noiva agradecemos a gentileza. - Minhas palavras pareceram farpas aos ouvidos da loira, a minha menina me olhava intrigada, eu disse que tinha cartas na manga. Entramos no elevador e assim que as portas se fecham sou surpreendido com uma pergunta.

-Noiva? - Questiona com sua sobrancelha arqueada.

- Como queria que eu te apresentasse anjo? - Sorrio para ela e me aproximo, ela caminha para trás até que encontra a parede fria do elevador, seu jeito  doce me encantava e o seu ciúme me mantinha completamente a sua mercê. -Gostaria que te chamasse de noviça. - Deposito um beijo em sua bochecha, estávamos jogando um jogo perigoso demais, não sabia quanto tempo poderia me controlar. - Pedisse dois quartos?- Beijo sua testa. -Fugisse no meio da noite para estar contigo? -Lhe dou um selinho. - Quando vai entender que te quero comigo? - Olho no fundo dos seus lindos olhos castanhos.

- Eu não sei...- Responde sem quebrar o contato visual, minha cabeça girava, alguns dias foram o suficiente para que esse sentimento tomasse conta de mim, queria conhece-la, realizar os seus sonhos, faze-la minha.

- Se te pedisse para largar aquela droga toda, largaria? - Ela acena positivamente, aquela pergunta fazia meu coração palpitar, mas sua resposta era tudo o que precisava para seguir em frente e tira-la de lá, iriamos providenciar o afastamento dela, iriamos para um hotel até resolver o caso, depois voltaríamos para a capital e seguiríamos com nossa vida, ajudaria ela a entrar em uma faculdade e arrumar um emprego, se quisesse dividiríamos o mesmo teto, se não quisesse ajudaria ela a conseguir um local, apenas queria-a comigo, assim á beijo.

As portas do elevador ameaçam abrir, assim solto-a  e apanho nossas malas, sorrio maliciosamente enquanto noto sua pele arrepiar, acho que pedir um quarto apenas seria um grave problema, conter a tentação que aquela menina me causava era um desafio.

 Abro a porta do enorme quarto, Angel passeia pelo local admirando cada parte dele, alisa os lençóis e se dirige para o banheiro, observo-a de longe, deixaria ela explorar o que quisesse mais tarde, mas precisávamos nos apressar. Digito uma mensagem ao delegado e aviso que iremos até a delegacia. "Estarei a sua espera, e de sua garota também!" Jonathan era um grande fofoqueiro.

- Gostou do que viu? - Sussurro em seu ouvido circulando sua cintura com meus braços, ela entrelaça nossos dedos e nos aproxima mais ainda.

- É tudo muito lindo! - Diz com um suspiro. - Nunca tive em um lugar assim antes.

-Prometo te levar para conhecer todos os lugares que ainda não foi. - Sorrio e beijo o topo de sua cabeça - Quer comer algo? - Sua barriga entrega toda a sua fome, assim saímos do quarto de mãos dadas, precisávamos comprar mais algumas peças de roupa para ela, estava anotado na minha lista. Ligo para um carro e minutos depois estamos em frente a uma pizzaria, não contendo sua animação Angel pula em meus braços. -Levar Angel em a todas as pizzarias de New York, anotado!

- O que esta fazendo? - Pergunta intrigada.

-Anotando mentalmente tudo o que é preciso para faze-la feliz. - Cora novamente me fazendo sorrir,  guio-a até o interior do local, o cheiro é tentador, sem saber qual sabor escolher decidimos provar todos em um belo rodizio. Meu telefone toca,  puxo-o peço licença, ela apenas concorda, mas não me levanto do local, tudo que precisava falar seria em sua frente e com isso quebro mais uma das muitas regras que fiz á mim mesmo, manter meus casos em sigilo. - Detetive Willians. - O homem do outro lado responde. - Sim delegado, estaremos ai em breve. - Holpis tinha uma péssima mania de não saber esperar, deligo o celular e continuo comendo, ele me conhecia bem para saber que não iria apressar as coisas.

-Nossa, estou satisfeita! - Diz se escorando na cadeira.

-Então acho melhor eu acertar a nossa conta, me espera aqui. - Me levanto pra pagar, pego o telefone e me certifico que o carro que aluguei esta a nossa espera, para nos adiantarmos sinalizo para que Angel me espere na frente do restaurante.

-Você conhece uma delegacia? - Pergunto a ela enquanto sigo para o homem que me aguarda para realizar a entrega do veiculo, a menina me olha curiosa. - Não podíamos continuar dependendo de taxi. - Agradeço o rapaz e lhe dou uma gorjeta, abro a porta para Angel entre e logo estamos seguindo viagem tranquilamente. - Estamos indo falar com o delegado que conduziu o caso conosco a sete anos atrás.

-Não vai ter problemas eu ir junto? - Me pergunta.

- Ele sabe de você, só tente ignorar as piadas. - Sorrio e ligo o radio ao som de Scorpions.

O Beijo das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora