/ concluída /
jake sim era um bom garoto.
Nascido e criado em um ambiente altamente religioso, ele havia desistido de sua liberdade quando percebeu que possuía pecados grandes demais para sua força de vontade. Por isso não seria surpresa que sungho...
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Jake ainda se sentia estranho. Se lhe perguntassem como haviam sido as primeiras aulas do primeiro dia na universidade, ele certamente não saberia responder.
Ao findar do primeiro turno, ele e Felix caminharam até o bloco seis para encontrar Soojin. Jake chegou a estranhar o como era fácil conversar com o outro garoto, e foi por esse motivo que ele teve certeza de que ele e sua amiga se dariam muito bem.
Não poderia estar mais certo.
Estava tão certo que logo se arrependeu de tê-los apresentado, por que eles desataram a falar sobre a suposta festa que os veteranos da república haviam divulgado de sala em sala. Soojin parecia tão animada enquanto falava sobre aquilo, que Jake se sentiu um médium capaz de prever o futuro.
Eles estavam no refeitório da universidade, onde a comida era boa e barata demais, sentados no fim de uma das longas mesas brancas (que pareciam pequenas demais para as pernas de Felix), e Jake havia acabado de começar a mastigar o segundo pedaço de porco quando o garoto virou para ele.
— Você vai? — Embora fosse ele quem perguntasse, os olhos de Soojin apresentaram expectativas demais, e Jake, bastante concentrado na comida mas não o suficiente para não saber do que ela falava, preferiu fingir confusão para evitar a pergunta que sabia que viria. — Na festa. Você vai?
Ele terminou de mastigar o porco e encarou os dois.
— Obviamente não. — Soojin desviou o olhar e suspirou, conformada. Felix, no entanto, parecia esperar por uma justificativa boa o suficiente. — Sabe-se lá o que acontece nesse tipo de lugar.
— É uma festa. — Disse, dando de ombros. — O que vai acontecer lá é óbvio, mas você não precisa fazer o que os outros fazem.
— Eu perguntei aos outros alunos... aparentemente a festa acontece na república mesmo. — A forma com a qual Soojin falava soava como uma apresentação de seminário. Felix observava tudo enquanto tentava não rir. — É uma das repúblicas mais conhecidas da cidade, sabe? As coisas sempre acontecem por lá. Parece que o Sunoo é o líder e...
— Tofu, você sabe que a fama das repúblicas não é nada boa. — Jake sacode a caixinha de suco antes de furar o lacre com um canudo.
— Tofu? — Felix sussurra para a garota, que responde no mesmo tom.
— Por causa do meu tom de pele. Longa história.
— ...E você sabe como é em casa e por que eu não vou à esse tipo de lugar... primeiramente por que eu odeio lugares cheios, depois...
— A sua mãe. — Ela suspira. — Eu entendi. Eu sabia que você negaria, mas eu fiquei muito curiosa, Key. — Ela diz, fazendo uma cara pidona que faz Jake revirar os olhos. — Eu queria ir, e a gente sempre está tão junto... nós só iriamos dar uma olhada e vir embora, nem ficaríamos muito... sabe?
Jake arqueia uma das sobrancelhas.
— Você pode ver as fotos depois. — Ela bufa e Felix dá uma risada baixa.
