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Park Sangah tinha os braços feridos

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Park Sangah tinha os braços feridos. Eles portavam escoriações que começavam a cicatrizar e estavam roxos em diversos pontos, incluindo vergões escuros em torno do pescoço e na bochecha direita.

Ele observou a mulher desde os pés calçados, subindo pelo vestido que parava nos tornozelos até o cabelo preso em um rabo de cavalo baixo. Ela mantinha a mesma postura de sempre, embora tentasse cobrir os machucados nos braços e tivesse claramente tentado esconder os hematomas com maquiagem.

A sacola de comida escapou das mãos de Sunghoon quando sua pressão baixou e ele quase desmaiou. Sangah o aparou nos braços e o trouxe para dentro enquanto sentia o único filho tremer como se fosse feito de gelatina.

Sunghoon sentia fogo queimar o peito. Fogo que deixava os membros moles e fazia o coração bater mais rápido. Sua cabeça pensava coisas terríveis e até mesmo criminosas, por que ele conhecia o agressor e também sabia onde encontrá-lo.

E quando observou a mulher mais uma vez, sua voz saiu mais rouca que o comum.

— Ele fez isso. — Seus olhos quase soltavam labaredas e Sangah temeu pelas atitudes que Sunghoon podia tomar. — Por que?

— Foi uma discussão idiota. — Ela tentou. — Ele ficou desempregado e estava frustrado... eu perguntei se ele tinha conseguido entregar algum currículo e ele ficou chateado, foi só-

Sunghoon socou a porta da cozinha. Ela cedeu e abriu um buraco grande que perfurou o punho tatuado e o fez sangrar.

— Para de tentar encobrir as merdas dele! — Ele ainda tinha os punhos cravados. — Por que você faz isso? Por que ainda o defende?

— Ele é meu marido!

— ELE É UM CRIMINOSO! — Gritou. A mulher se encolheu mais pelo susto que por qualquer outra coisa, afinal era extremamente raro ver Sunghoon falar daquela forma, principalmente com ela. — Olha o que ele fez com você! Olha como ele te deixou! — Ele respirava rápido e forte, como se os pulmões estivessem fechados. — Até quando você vai ficar aqui? Você vai deixar ele te matar?

— Ele não vai fazer isso.

— ELE TENTOU TE ENFORCAR! — Gritou mais uma vez. A voz alta retumbou pela casa e Sangah cobriu o próprio pescoço com as mãos.

— Não era para você ter visto isso.

— O que mais você esconde de mim? — Ele ofegava. — Quantas vezes ele te bate por semana? Quando isso aconteceu? Por que você não me chamou?

— Eu não quero que você tenha problemas! — Ela soltou, nervosa. — Eu tenho medo do que você pode fazer se encontrar com ele, eu tenho medo do que ele pode fazer se te encontrar... eu prefiro que você fique longe disso tudo, por isso é importante que você continue em Mulbang-ul!

— Para depois voltar para cá e ver a senhora em um caixão? — Ele questionou, ainda alterado. A voz estava muito alta, mas ele não notava; seus ouvidos zumbiam e tudo parecia em silêncio demais.

bring the heaven | jakehoonOnde histórias criam vida. Descubra agora