Assim como todo jovem que vive em um lar religioso, foi natural que a mãe o levasse para a catequese - um caminho comum às crianças como Jake, afinal era uma cerimônia importante e um degrau à ser caminhado. Lá ele havia aprendido muito sobre as escrituras sagradas e ouvido inúmeras histórias que mais tarde foram esquecidas em meio à tantas memórias infantis.
Mas existia uma em especial que ele jamais esqueceria.
A queda de Sodoma e Gomorra era uma passagem costumeiramente utilizada para criticar a homossexualidade dentro do padrão religioso - muito mais que o texto de Levíticos deixado por Moisés ou o que fora citado por Paulo no Novo Testamento, a história dos anjos que visitaram Ló e posteriormente cegaram os moradores da cidade quando estes pediram que os visitantes lhes fossem dados para o prazer sexual, sempre era um fator apontado como crítica à orientação homossexual.
Toda a culpa da destruição das cidades pelo fogo enviado por Deus sempre fora dada à homossexualidade existente no trecho, e não ao fato de Ló oferecer as duas filhas virgens para serem abusadas no lugar dos hóspedes (que, por acaso, eram anjos). O título de pecado era dado à "imoralidade sexual dos homens" e não à violência propriamente dita, ainda que a Bíblia originalmente acusasse a destruição como sendo ocasionada pela maldade e ganância daquele povo.
Anteriormente, Jake não entendia por que Deus destruiria duas cidades por uma característica inata e não pela natureza má dos habitantes, mas quando se é cercado por religiosos, você aprende que abaixar a cabeça é extremamente mais simples e até mesmo louvável que se rebelar contra.
Por que se rebelar contra a palavra de Deus é rebeldia, e rebeldia também é pecado.
A ele então coube o silêncio e a servidão que não lhe eram naturais, por que ser rebelde o levaria ao inferno da mesma forma que ser gay o levaria, pois para Deus não existia distinção entre grandes ou pequenos pecados, mas sim o ato como um todo.
Porém em uma sociedade cristã essa distinção existe e Jake se encontrava no topo da pirâmide; não precisava subir ainda mais.
Mas aquele momento estava existindo.
O coração estava batendo forte e o corpo quente parecia nunca se acalmar, ainda que os toques ficassem cada vez mais constantes e fortes. Sunghoon moveu o quadril para frente, roçando as intimidades juntas outra vez e Jake gemeu baixo com o aperto gostoso que fazia as pernas ficarem dormentes.
A língua experiente guiava o beijo tão bem, os dedos longos pareciam conhecer cada pedaço seu como se já os tivessem explorado antes, a pele reagia à cada segundo, se arrepiando parte por parte, encontrando nas digitais alheias o acalento para o tesão recorrente e guardado durante tempo demais...
Por que Park Sunghoon o desestruturava e ainda que Jake fosse esforçado, sabia que não era uma novidade. Aquela sensação era natural pois a ansiedade antecedente era óbvia... e o mais novo estava certo.
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bring the heaven | jakehoon
Fanfiction/ concluída / jake sim era um bom garoto. Nascido e criado em um ambiente altamente religioso, ele havia desistido de sua liberdade quando percebeu que possuía pecados grandes demais para sua força de vontade. Por isso não seria surpresa que sungho...