44

409 53 60
                                    

No fim do dia, Heeseung estava deitado no próprio quarto, a cabeça voltada em direção ao teto e o corpo pesado como se estivesse doente

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

No fim do dia, Heeseung estava deitado no próprio quarto, a cabeça voltada em direção ao teto e o corpo pesado como se estivesse doente. Não havia dormido direito à noite e também não havia conseguido fazer isso durante o dia.

As aulas haviam passado diante de seus olhos, sem que ele conseguisse absorver algo de fato, pois se sentia tão cansado que o cérebro sequer conseguia raciocinar alguma coisa. Voltou para casa na hora do almoço, perdendo o segundo turno porque era simplesmente impossível continuar lá.

Na república, ele tomou um copo de leite e comeu algumas bolachas de água e sal, mas ainda que tenha tentado muito descansar, o sono era leve e recheado de sonhos ruins. Desistiu algumas horas depois quando a frustração só o fazia querer chorar.

Não conseguia parar de pensar que dessa vez realmente havia perdido Sunghoon, que não havia absolutamente nada que pudesse fazer a respeito e, ainda que tivesse, o melhor amigo não o escolheria.

Ele havia aceitado entrar no inferno para ficar com Jake, não voltaria atrás.

E era isso o que mais o deixava triste, com aquele embrulho torturante no estômago e o peito vazio como nunca.

E, no fundo, achava que merecia aquele sentimento, porque também não havia sido bondoso com Niki quando ele revelou gostar de si. Tê-lo sempre por perto era reconfortante, poder fugir de tudo usando o corpo dele era fácil, a beleza incalculável subia o ego destruído pelas constantes recusas de Sunghoon, e era por sua falta de empatia que ele soube que logo a conta chegaria.

Porque agora Niki o havia expulsado de seu coração e ele tinha a certeza absoluta de que nunca teria Sunghoon. Ficaria sozinho e esse era o preço por brincar com os sentimentos de alguém tão doce.

Era culpado e sabia que merecia.

Por isso, ele aceitou o peso de suas escolhas e continuou exatamente onde estava, porque já seria doloroso ouvir a informação vinda de Sunghoon, mas havia doído o triplo ter estado lá durante toda a situação.

Então, quando já era bem tarde, alguém bateu à sua porta. Só pela forma com a qual o punho tocou a madeira, ele já sabia quem era. A porta se abriu devagar e Sunghoon colocou a cabeça para dentro, mais quieto que o normal, e Heeseung se sentou na cama.

— Posso entrar? Quero conversar. — O Lee sabia o que ele queria dizer. O estômago todinho se revirou, mas ele assentiu mesmo assim, sorrindo de um jeito bonito, mas forçado, enquanto o outro homem caminhava até estar sentado do seu lado.

Sunghoon deitou a cabeça em seu ombro.

— Me disseram que você veio embora mais cedo. — Heeseung aspirou o cheiro gostoso dos cabelos úmidos. Sunghoon cheirava à shampoo e sabonete, estava fresquinho por ter acabado de sair do banho e Heeseung quis chorar. — Você tá bem?

— Eu estou bem. — Ele levou as mãos até a cabeça dele, acariciando devagar. — Só estava com um pouco de dor de cabeça... nada demais.

Sunghoon assentiu devagarinho, embora soubesse que ele estava omitindo muitas coisas, então se virou para ele, mordendo a boca. Se sentia nervoso e tudo o que menos queria naquele momento era magoar Heeseung.

bring the heaven | jakehoonOnde histórias criam vida. Descubra agora