37|𝗧𝗛𝗜𝗥𝗧𝗬-𝗦𝗘𝗩𝗘𝗡|37

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—(JOSH BEAUCHAMP)—

Logan:Acha que deu certo esse teatrinho?

Josh: A parte da Any, sim. Na minha visão a Melanie acreditou que não se importa com ela.

Logan e eu estamos na rua, e vemos quando Margot sai do prédio com Yan Muller. Independentemente do plano ter dado certo, sinto um forte aperto em meu coração, e não tenho isso com frequência.

Josh: Certo.

Logan: Está tudo bem Josh. Pelo menos dissemos o que eles queriam
ouvir e ganhamos tempo.

Josh: Mas isso ainda não acabou — pontuo, concentrado, e meu advogado sabe exatamente a segunda parte do plano, a mais arriscada.

Logan: Não. Ainda tenho uma semana para revelar algum podre sobre o Yan. Mas, não precisa se preocupar, sei bem onde procurar.


[•••]
Q

Procuro Any dentro da empresa, mas ao que parece ela está me evitando. Em todos os momentos que cruzamos nossos olhares ela se distancia, como se soubesse que eu falaria com ela.

Após uma das reuniões programadas, ficamos só nós dois na sala, enquanto ela recolhe alguns papéis.

Josh: Você está bem?

Any: Por que não estaria? — rebate, sem ao menos me olhar.

Josh: Ao que parece está me evitando.

Any: Tenho trabalho a fazer. Sou paga para trabalhar, e não para ficar
de conversinha — diz, e vai saindo da sala, só que sou mais rápido e seguro
uma de suas mãos.

Josh: Fiz algo que não gostou? — questiono, olhando bem no fundo dos seus olhos.

Any: Não, Josh, você é um homem perfeito...

Any simplesmente fala isso sorrindo, e em seguida anda a passos largos até o seu setor. Ao que parece, ela está magoada comigo, mas não sei o que posso ter feito.

—(ANY GABRIELLY)—

Está difícil evitar Josh, mas não quero falar com ele. Nem hoje, nem amanhã...

As palavras que ouvi cortaram o meu coração, e não sei se terá volta. Me julguei especial em sua vida, mas ao que parece não passo de uma mulher descartável, como todas as outras.

Devo estar pagando meus pecados por transar tanto antes do casamento...
O problema é que pecar é bom, e faria tudo de novo.

Fecho meus olhos e sorrio. Até meus pensamentos estão me traindo. Hoje saí mais cedo do trabalho. Não quero ter que me explicar ao meu chefe, ele é bem persuasivo.

Ao chegar perto do meu prédio vejo a Savannah, e ela percebe de imediato o meu semblante preocupado.

Sav: Dia complicado no trabalho?

Any: Sim. Eu... — Cesso a fala, balançando a cabeça, não sabendo o
que dizer. Nunca pensei que as últimas horas me machucassem tanto. Josh disse que me amava dias atrás... — Não quero falar sobre isso, quer dizer...não sei.

Sav: Você precisa de um chá de camomila. Vamos para a minha casa.

Provavelmente a única pessoa que posso confiar está em minha frente, e não tenho forças para negar a sua ajuda. Depois que entramos tento refazer meus pensamentos, mas tudo fica embaralhado.

Sav: Amiga, me diga o que houve, e tente me contar com os mínimos
detalhes. Eu quero te ajudar — Sav fala, séria, e respiro fundo, começando da parte que me escondi no armário.

Seria cômico se não fosse trágico.
Permaneço falando por um bom tempo, e ela me escuta atentamente.
Sequer faz piadinhas sobre o meu esconderijo.

Depois de explicar toda a situação vejo minha amiga com o rosto sério, mas em seguida ele se suaviza.

Sav: Caramba! Dentro do armário, garota?!

Isso foi o estopim para cair na gargalhada, aliviando um pouco essa
carga emocional em meus ombros.

Any: Não tive escolha, era isso ou... ser pega.

Sav: Olha... não imaginei que seguiria meu conselho vasculhando o notebook dele.

Any: Sério?

Sav: Sim, isso é algo que eu faria, mas nunca pensei que você tivesse
coragem pra isso.

Any: Também achei que não teria... — sibilo, relembrando o conteúdo
daquele e-mail. — Não quero pensar nisso, mas por outro lado não sei o que fazer. Nos vemos todos os dias, quase todas as horas...

Essa é a parte complicada dessa relação. Não posso evitá-lo, e nem
sei se quero. Por mais que Josh tenha feito tudo isso, ainda sinto algo por ele, e estou me achando uma idiota por lembrar dos seus beijos, da sua boca, do seu corpo...

Sav: Any, se abra com ele. Não há outra alternativa.

Any: Ele disse que estava me usando, Sav. Não só eu, mas todas as
mulheres que passaram na vida dele.

Sav: Isso tá muito estranho — responde, mirando o teto, bem pensativa.

any: Por quê?

Sav: Sei reconhecer um homem apaixonado, e Josh não parece estar te usando. Algo não bate, e agora estou curiosa.

Any: Eu ouvi tudo, amiga.

Sav: É, eu sei. E acredito em tudo que me disse — fala, segurando uma de minhas mãos.

Após mais alguns segundos fecho meus olhos. A dor no meu estômago se intensifica, e sem avisar saio correndo da sala e vou até o banheiro.

Boto tudo pra fora, só que dessa vez a dor está maior do que das últimas vezes. Após algum tempo levanto, me observando no espelho. Meu rosto
está horrível. Percebo Sav me olhando, com os braços cruzados, perto da porta.

Any:Estou melhor, amiga.

Sav: Desde quando está vomitando?

Anh: Foi só hoje quando descobri a verdade e agora. Quer dizer...
alguns dias atrás também. Por quê?

Sav respira fundo, fechando os olhos, como se algo preocupante tivesse acontecido. Raramente a vejo com essa expressão, e isso me preocupa.

Sav: Precisamos ir à farmácia.

Any: Farmácia?! Por quê?!

Ela vem para mais perto de mim, e abre um pequeno sorriso.

Sav: Digamos que há um grande risco de eu ser titia em breve...

[•••]


Sav parece estar cochichando enquanto voltamos da farmácia. Eu ouço sua voz bem baixinha, e sei que isso é porque estou em outra "dimensão".

Sav: ... sim ou não?

Any: Eu não sei — respondo, mas nem sequer ouvi o que ela perguntou.

Sav: Como não sabe se transou com ele sem camisinha, sua maluca?!

Any: Ah...

Relembro de algumas transas, e em todas elas meu chefe usava camisinha, só que...

Fecho os olhos, e também me recordo de algumas que ele não usou proteção.

Any: Como vou cuidar de uma criança, amiga? Eu mal consigo cuidar de mim... — falo, com os olhos cheios de lágrimas e ela segura meu rosto.

Sav: Se acalme, Any. Faça o teste, e depois pensamos em uma alternativa.

Após chegarmos em minha casa vou direto para o banheiro. Ter uma criança é uma benção em nossa vida, fui ensinada assim. Mas criar uma é outra coisa, e eu não tenho ideia do que fazer. Quero muito ser mãe, muito mesmo, mas não pensei que pudesse ser antes dos 30 anos de idade.

O que eu faço, Santa Inês?! Após mais alguns minutos saio do banheiro, e sav me espera, andando de um lado a outro.

Sav: E aí?

Any: Eu... não tive coragem de ver. Você pode...?

Sav: Claro, amiga.

Sento-me no sofá, com as mãos na cabeça, não sabendo o que pensar. Após mais algum tempo, minha amiga senta-se ao meu lado, apoiando a mão em minha perna, com um leve sorriso.

Any: E então...?

Sav: O resultado deu positivo. Em poucos meses você será mamãe...

୨・┈﹕✦﹕﹕✦﹕┈・୧୨・┈﹕✦﹕﹕✦﹕┈・୧

VAMOS FINGIR QUE NÓS NÃO SABIAMOS O QUE A ANY TINHA.

ENFIM,TALVEZ EU POSTE MAIS,E TALVEZ EU POSTE AMANHÃ,AINDA NÃO SEI,PQ SEGUNDA AINDA TEM PROVA.

TCHAU BJOS

𝙏𝙃𝙀 𝘚𝘌𝘊𝘙𝘌𝘛𝘈𝘙𝘠.Onde histórias criam vida. Descubra agora