𝙏𝙃𝙀 𝘚𝘌𝘊𝘙𝘌𝘛𝘈𝘙𝘠.

39|𝗧𝗛𝗜𝗥𝗧𝗬-𝗡𝗜𝗡𝗘|39

—(ANY GABRIELLY)—

—

Sav: Não acredito que você ainda não contou pra ele!

Sav está em minha casa, me passando um sermão logo pela manhã.

—Any: Estou tentando falar alguma coisa, mas eu não consigo simplesmente deixar de lado o que eu sinto por ele, Sav.

—Sav: Você não precisa deixar nada de lado, é só falar de uma vez e acabar com essa angústia.

—Any: Não é fácil assim, não tendo descoberto que ele não me ama.

Ainda me dói relembrar o que aconteceu naquele dia. Eu caí
direitinho em seus jogos.

—Sav: Você já reparou no brilho dos olhos de Josh quando ele olha pra você, sua maluca?

—Any: Sim, mas...

—Sav: Não existe “mas” nessa conversa, tome coragem e fale com ele. Ele é o pai desse lindo bebê que está crescendo em sua barriga.

—Any: Se conversarmos, vamos brigar, e vou jogar tudo na cara dele.
Eu... sou impulsiva.

—Sav: Que jogue! Pelo menos ele vai saber com o que está lidando, já faz dez dias que descobriu estar grávida.

Como sou a maluca das informações, fiz um exame de sangue no dia seguinte ao resultado do de farmácia, e com surpresa 0 descobri que realmente carregava um bebê em meu ventre.

Ainda estou receosa sobre tudo, e não sei como será a reação do meu chefe quando descobrir que será pai de novo.

—Any: Vou falar com ele hoje. Eu acho.

—Sav: Any... acabe com isso de uma vez por todas. Ele tem o direito
de saber.

[•••]

Hoje não estou focada como de costume. Minha cabeça está em outra dimensão, e ter uma conversa difícil
com meu chefe é uma das razões.

Durante o período da manhã trabalho bastante, me permitindo esquecer a revelação bombástica que farei a Josh.

Já está na hora de encontrar meu chefe para conversarmos, mas não
foi preciso avisá-lo que queria vê-lo.
Krystian me comunica que Josh
me espera em sua sala.

Depois de alguns minutos repassando mentalmente o que falarei, vou até a sua sala. Josh está de pé, olhando pela janela, e me vê entrar somente alguns segundos depois.

—Any: Do que precisa? — pergunto.

—Josh: De muitas coisas, Gabrielly. Inclusive de você.

Ele caminha lentamente até mim, e não tenho forças para me mover. O problema foi sua mão tocar meu rosto e eu fechar os meus olhos. Isso não é nada certo.

—Any: Por favor, não me toque.

—Josh: O que está acontecendo? Sei que está me evitando há algum tempo, e não acho que o problema seja a morte da sua avó.

—Any: Eu... não quero mais continuar com isso, e... é melhor no afastarmos. — Tento dar meia volta, mas ele é mais rápido segurando uma de minhas mãos.

—Josh: É melhor ser mais convincente que isso. Não acreditei em uma palavra sua desde que colocou os pés nessa sala — grunhe, com seus olhos vidrados nos meus.

—Any: Quer dizer que não acredita em mim? Então, me diz uma coisa:
como posso acreditar em você?

Uma raiva descomunal sobe em minha cabeça, e agora o olho com
desprezo e raiva, lembrando da conversa com Lucio, bem como da reunião com Margot.

—Josh: Do que está falando?

—Any: Qual a sua ligação com Lucio Antunes? — questiono, séria, apesar de saber a resposta. Josh não diz nada, somente estreita os olhos, confuso.

—Josh: Como sabe sobre ele?

—Any: Não foi essa a minha pergunta. — Bato o pé. — Vou te perguntar
mais uma vez só: qual a sua ligação com Lucio Antunes?

Novamente ele titubeia, contudo, respira fundo, me olhando nos
olhos.

—Josh: Ele foi um cliente há alguns meses, mas o que isso...

É automático que minha mão vá de encontro ao seu rosto, fazendo um barulho tremendo. Após isso, começo a tremer, e uma parte de mim se arrepende desse ato.

—Any: Por que fez isso? — pergunta, rangendo os dentes, com os olhos
sombrios.— Como pôde ajudar o homem que praticamente fui obrigada a me casar?! Como pôde fazer isso comigo sendo que foi justamente você quem me salvou dele quando estávamos no Trailer Hathaway?!

A julgar pela maneira que meu chefe me olha, com uma forte expressão de confusão em seu rosto, Josh não consegue disfarçar bem suas emoções perante mim, e não parece saber do que estou falando.

—Josh: Isso é... impossível. — Vira as costas, colocando uma das mãos
na cabeça. — Se eu soubesse, eu não teria aceitado o trabalho, Any.

—Any: E quem disse que esse é o maior problema? — continuo, agora
com o dedo em riste. — Perdi vários primos para as drogas enquanto era uma adolescente e sabíamos quem financiava tudo naquela região. Você
ajudou um homem a matar mais inocentes! — grito. — Agora me diz: como vou confiar em um homem como você?

—Josh: Isso não tem nada a ver com o que sentimos um pelo outro, e...

—Any: Sentimos?! — O interrompo. — Acho que a palavra certa não é essa. Até porque você está me usando, como fez com as outras mulheres que passaram em sua vida.

Agora o seu cenho está totalmente franzido. Ele é tão bonito, tão atraente, mas tão... mentiroso.

—Josh: Isso que está falando não faz sentido algum.

—Any: Quer dizer que não falou para Margot, Yan Muller e o Logan que
usa as mulheres ao seu redor e que está me usando? — Jogo a bomba em seu colo, e agora vejo uma enorme ira se apossando do seu corpo.

—Josh: Quem te falou isso?

—Any: Não importa. O que importa é que você me usou, e...

De forma rápida, ele gruda seu corpo no meu, me assustando.

—Josh: Nem por um momento pense que estou usando você, Any — diz, fitando os meus olhos, e fico com medo. — Há uma explicação para
tudo que fiz e que faço.

—Any: Não. Pra mim a única explicação é que você precisa de mim para manter suas aparências.

Acho que nunca fiquei tão puta em toda a minha vida. Nos últimos dias outro sentimento por Josh nasceu.

A raiva.

E eu não queria que ele percebesse o que estava acontecendo dentro de mim, e se eu ficasse nessa sala, tudo iria desmoronar. Tenho certeza.

—Josh: Eu te amo, Any! Tudo que estou fazendo é para te manter protegida — fala, pertinho de mim, mas recuo, não acreditando em suas
palavras.

—Any: E... eu te odeio!

Sem mais uma palavra saio, e automaticamente as lágrimas começam a escorrer do meu rosto.

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CARA EU SOU MUITO HUMILDE,EU LIBERO MUITOS CAPS PRA VCS,ENFIM TENHA UMA BOA MADRUGADA,UMA BOA TARDE,UM BOM DIA OU UM BOA NOITE!!!