Dois coelhos numa cajadada só

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- Vamos para sua primeira missão!

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Todos estavam sentados no chão de terra, agora seco graças a Aki, e o professor andava de um lado para outro.

- Para começar, gostaria de parabenizar...

- Pode pular para parte da missão, por favor?

Yangi diz, embora a frase fora um pouco rude, seu tom era tão inocente que tornava impossível para o professor se irritar. Ele pigarreia e segue com o discurso.

- Bem, a missão de vocês é simples, nós recebemos um comunicado do vilarejo vizinho para investigar o desaparecimento de algumas mulheres. Mas, graças a Aki nossa missão também vai ser procurar plantas medicinais.

- O quê?

Aki diz, num agudo acusatório.

- Foi o que você ouviu. Graças a você essa missão se tornou urgente já que, se alguém se ferir não teremos suprimentos para ajudá-la, logo é nossa missão de máxima importância no momento.

O garoto abre e fecha a boca algumas vezes, tentando encontrar um argumento contra, porém, falhando miseravelmente. Ele apenas se cala e vira o rosto em direção ao nada.

- Certo, vou explicar com mais detalhes sobre a missão principal se necessário mas primeiramente estamos sem medicamento então vamos buscar algo na floresta perto do vilarejo. Entendido?

Sinceramente, Yangi não havia entendido muito, pois já tinha se confundido já parte de ter duas missões e Aki não ouviu metade do que Hoshi disse por estar no meio de um debate interno. Os únicos atentos pareciam ser Harumi e Nayume, já que Mauí tinha ido buscar equipamentos para a viajem na sala de armas e dito que pegaria o objeto da missão com a equipe depois. Ele não estava muito de conversar hoje.

O professor guiou os outros alunos até a sala de armas, onde Mauí já estava com suas manoplas, alguns sacos de coleta, pás e facas.

- São para retirar as plantas.

Yangi o olhou confuso.

- Preciso que retirem as plantas pela raiz para replantarmos elas aqui, entenderam?

Ele saiu virando as costas, ele já não estava mais irritado a ponto de ter sangue nos olhos mas estava evitando falar, o que era até que normal considerando que era Mauí ali.
Por fim, todos pegaram suas coisas, cada um com dois sacos de coleta, uma pá e uma faca, além de suas armas pessoais. Nayume com duas adagas, Harumi com katanas, Yangi com seu machado e Aki com uma bolsinha de água. Aquela bolsinha não fazia muito sentido para Nayume, que observava todos de longe depois do "acidente de manhã", mas ela não o questionou.

Depois de se abastecerem de comida também (já que levava um dia inteiro só para sair do lugar) eles partiram.

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Um dia.

Se passou um dia até chegarem na floresta, todos cansados, mortos, estirados na grama fresca tentando se recompor. Exceto o professor, claro. O desgraçado não tinha uma gota de suor brotando de sua pele, muito menos estava ofegante e parecia ter a disposição de alguém que dormiu dez horas completas na cama mais confortável do mundo. Mesmo que cada passo estive sendo angustiante para Aki, o professor continuava inabalável.

- Está tudo bem?

Yangi surge ao seu lado, quase como fez com o professor no dia anterior, fazendo o garoto dar um leve sobressalto.

- Tudo ótimo.

Aki respondeu com ódio, tentando afugentar Yangi, mas o garoto percebia que seu ódio não era com ele, e sim com o professor, pois andava e falava olhando fixamente para ele, como se pudesse mata-lo apenas com seu olhar. E Yangi achava que podia mesmo.

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⏰ Última atualização: May 14, 2023 ⏰

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