21. Sobre o poder da luz

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Landon encarava o pai com um olhar extremamente curioso

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Landon encarava o pai com um olhar extremamente curioso. Cassius sorriu, pois estava cada vez mais próximo de chegar aquele momento em que seu filho deveria saber mais a respeito da linhagem real e de sua principal característica. Levantou-se dali e se sentou em um dos degraus e chamou o menino para se sentar ali ao seu lado. De forma obediente, ele foi até onde estava o seu pai e insistiu na pergunta:

— Pai, como são esses poderes que a nossa linhagem tem sobre a luz? O que quer dizer isso?

— Quer dizer que nós dominamos técnicas usando a luz, que é gerada em nós mesmos.

— Como assim?

— Preste atenção na minha mão direita e vai entender.

— Tá bom!

Cassius virou a palma de sua mão direita para cima e logo sua face demonstrou concentração. Sem fazer esforço, o rei zardreniano fez com que uma minúscula partícula de luz surgisse na palma de sua mão e, pouco a pouco, várias outras começaram a se juntar, formando uma pequena esfera bastante luminosa. Landon ficou simplesmente boquiaberto com o que acabara de ver.

— Pai...! – ele exclamou impressionado. – Como o senhor fez isso?

— Eu fiz uma mostra de como nossa linhagem pode ter poderes sobre a luz. Essa luz é gerada por nosso corpo e nós treinamos para dominá-la e saber usá-la em uma batalha, por exemplo.

— Eu vou poder aprender isso?

— Vai, sim, Landon. – Cassius fez a esfera de luz sumir. – Mas, primeiro, esse poder tem que se manifestar em você.

— Como eu sei que isso vai acontecer?

— O poder sobre a luz se manifesta ao completar a sétima primavera.

— E quando isso acontecer comigo? Como vou saber fazer o que o senhor faz, pai?

— Quando isso acontecer, eu mesmo o ensinarei, filho.

— Quero aprender tudo, pai!

— Não se preocupe, eu vou te ensinar tudo. – o rei zardreniano passou a mão pelo cabelo do menino e sorriu. – Só precisa esperar chegar à sua sétima primavera.

— Entendi, pai!

Alguns meses se passaram e Landon acordou sentindo algo muito estranho

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Alguns meses se passaram e Landon acordou sentindo algo muito estranho. Suas mãos e seu peito começavam a formigar muito e isso o incomodava. Assim que tomou o café da manhã e saiu para o pátio, o menino se sentou em um dos bancos com a cara emburrada. Astrid se sentou ao lado do filho e perguntou:

— Filho, por que essa carinha tão desanimada?

— Minhas mãos, mamãe... Minhas mãos e o meu peito estão formigando.

— Está sentindo alguma dor, Landon?

— Não, mas isso me incomoda. Não dá nem vontade de brincar... Minhas mãos estão vermelhas, olha!

O garoto mostrou as palmas das duas mãos, bastante vermelhas, para a mãe, que se mostrou preocupada. Mesmo assim, ela procurou tranquilizar o menino:

— Se não dói, não tem que se preocupar, filho. Isso deve passar logo. Se quiser, posso pedir para que te façam alguma coisa para diminuir esse formigamento.

— O que houve com o Landon, Astrid? – Cassius se aproximava. – Ele se machucou?

— Não, Cassius. – Astrid respondeu. – É que o Landon está se queixando de formigamento nas mãos e no peito. Também me mostrou as mãos vermelhas.

Cassius se abaixou para ficar da mesma altura do filho e disse:

— Pode me mostrar as suas mãos, Landon?

O garoto mostrou as mãos ao pai e disse:

— Papai, elas formigam muito, igual o meu peito. Mas a mamãe disse que vai pedir pra que façam alguma coisa pra isso poder parar.

— Não vai ser preciso, filho. – o então rei de Zardren disse com um sorriso.

— Por quê?

— Porque isso é completamente normal.

— Como assim, pai?

— É que, como você completou sete primaveras, seus poderes estão começando a despertar. Quando eu tinha a sua idade, senti a mesma coisa que você.

Nisso, Cassius começou a carregar uma pequena esfera luminosa em sua mão, para espanto do pequeno príncipe-herdeiro. Diante da admiração do garoto, ele sorriu e disse:

— Seus poderes estão despertando, Landon. E isso vai fazer com que você seja capaz de fazer a mesma coisa que eu estou fazendo agora. E eu acredito que você vai aprender bem rápido a dominá-lo.

— Uau, pai! Quando eu crescer quero ser tão forte quanto o senhor!

— E será, filho. Vejo em você um grande potencial.

— É mesmo?

— Sim. Acho que, quando você crescer, será um grande homem.

— Igual ao senhor?

— Não sou tanto assim, Landon.

— Pra mim, o senhor é, sim. – o menino sorriu. – Quando eu crescer, eu quero ser um bom rei, como o senhor!

O pequeno príncipe se tranquilizou, apesar de ainda parecer incomodado. Olhou para seu pai com ansiedade, pois agora queria aprender – e logo – a fazer as mesmas coisas que ele. Queria ser forte e, para isso, se espelhava em Cassius.

— Meus poderes já vão aparecer? – ele perguntou.

— Muito em breve, sim, Landon. Tenha um pouco de paciência.

— Tá bom, pai! Mas é que eu não vejo a hora de aprender a dominar esse poder da luz!

— Eu sei bem como você se sente, também fiquei bem ansioso. Mas, tudo será feito a seu tempo.

— Hm... Pai, o Marden e o Robert também têm algum poder especial?

— Sim, eles têm os mesmos poderes dos pais deles.

— Mas eles não são de nenhuma casa real.

— Eles fazem parte de uma classe diferente, Landon. Eles são Grandes Lordes Elementais, dominam os elementos e com esses poderes ajudam Zardren a derrotar os inimigos. Por isso, o Lorde William domina o elemento terra e o Lorde Ferdinand domina a água, assim como eu domino o poder da luz.

— Então o Robert, quando crescer, vai ser Lorde da Terra como o pai dele e o Marden vai ser Lorde da Água?

— Exatamente.

— Os poderes deles aparecem também quando completam a sétima primavera?

— Sim.

— Uau! – o menino demonstrou empolgação. – Mal posso esperar para mostrar a eles os meus poderes, e estou curioso para ver os poderes deles!

— Assim como você, eles também vão ser treinados pelos pais. Eles também vão precisar aprender a dominar os poderes que vão ganhar. Eles também precisam ficar fortes para, quando crescerem, te ajudarem.

— Igual o Lorde Ferdinand e o Lorde William te ajudam?

— Exatamente. – Cassius passou a mão em sua cabeça. – E, acredite, eles me ajudam muito!

— Landon – Astrid o chamou. – Eu sei que a conversa entre você e o seu pai está boa, mas você precisa se arrumar.

— Para quê?

— Hoje à noite nós vamos comemorar a sua sétima primavera, esqueceu?

—Ah, verdade! Mas... Mamãe, papai... Eu vou ter que beijar a mão de uma menina?

Crônicas de Um Jovem ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora