[Saga Fleeing - Livro I] Emperius é um mundo que vive há mil anos em guerra. O sombrio reino de Alkavampir domina tudo, mas o reino de Zardren ainda resiste ao domínio do inimigo. E, em meio a este cenário, nasce um pequeno príncipe em Zardren. Um p...
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Marden e Robert adentram os aposentos de Landon com os rostos sérios, sabendo que vem uma grande bronca pelo que os dois aprontaram mais cedo. O príncipe herdeiro zardreniano está sentado em sua cama, recostado sob alguns travesseiros e com cobertores o cobrindo até a altura da cintura.
Ao ver os dois, faz sinal para que eles se aproximem e, quando Robert faz menção de se se sentar, Landon vai logo dizendo:
— Não dei autorização para que vocês se sentem!
— Landon, olha, eu sei que você está nervoso mas... Não tem motivos pra isso. – Robert tenta se explicar – Foi só um sapo, e nós só queríamos que...
— EU SEI O QUE VOCÊS QUERIAM!!! – esbraveja o príncipe – MAS PELOS DEUSES, QUANTAS VEZES EU TENHO QUE EXPLICAR AOS DOIS ENGRAÇADINHOS QUE EU TENHO PROTOCOLOS A SEGUIR??!!!
— Protocolos são chatos, Landon. – mais uma vez, a voz de Robert se faz ouvir.
— Não me lembro de ter pedido sua opinião a respeito dos meus protocolos, Robert. – Landon continua emburrado – Aliás, vocês já pararam para pensar que assustaram a Catelyn e ela poderia ter desmaiado de medo? Vocês dois não passam de uns irresponsáveis! Não cresceram nem um pouco! Eu sou um príncipe, sou o herdeiro do trono de Zardren! Não dá pra comparar o meu comportamento ao de vocês! Eu tenho que zelar pela integridade da minha noiva, a futura rainha do reino livre de Zardren!!!
— Landon, olha, você leva isso a sério demais... – Marden tenta falar – É só um beijo... Beijar não tira pedaço e...!
— Cale a boca Marden! – esbraveja Landon – Eu não estou nem aí para o que vocês pensam, eu vou seguir os protocolos à risca com a minha noiva, quer vocês gostem ou não! E ordeno que a partir de agora vocês fiquem bem longe de mim e da Catelyn! E se eu pegar os dois engraçadinhos aprontando de novo, vou esquecer que são meus amigos e mandar trancá-los no calabouço a pão e água!!!
— Landon, você está muito estressado, amigo. – fala Robert, tentando desviar o assunto.
— FUI CLARO???!!! – Landon volta a esbravejar.
— Claro como cristal. – a voz de Marden soa fraca, ele não quer irritar mais o amigo.
— Então podem se retirar e façam o grande favor de me deixar em paz. – Landon está cada vez mais irritado – Não quero ver a cara dos dois engraçadinhos tão cedo.
— Landon... – Marden tenta protestar.
— SAIAM AGORA!!! ISTO É UMA ORDEM!!!
Sem ter como contestar uma ordem, Marden e Robert deixam os aposentos de Landon e, ao se ver sozinho, Landon suspira. Será que esses dois são tão irresponsáveis que não percebem o que eles estão fazendo?
Por culpa desses dois irresponsáveis, Catelyn poderia ter desmaiado ou pior, poderia ter pegado um resfriado, mas ele não aprendem! Fazem questão de fingir que não estão nem aí e não medem as consequências dos atos irresponsáveis deles!
Mas isso vai acabar!
De um jeito ou de outro irá colocar aqueles dois na linha!
E o primeiro passo é ser mais esperto que os dois! Em seu próximo encontro com a Lady Catelyn, os dois estarão muito ocupados em uma tarefa que irá durar o dia inteiro, e não terão tempo para se meterem onde eles não são chamados!
Só de pensar na ideia que acaba de ter, um sorriso ilumina a sua face.
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Em Alkavampir, Daithi está deitado ao lado de Jeyne, totalmente satisfeito com o que ela acaba de lhe oferecer. Depois de todo aquele teatro do filho que ama o pai e que irá sentir imensamente a falta dele, nada melhor do que o prazer carnal que Jeyne é capaz de lhe proporcionar para fazer com que esqueça toda a formalidade que está acontecendo na sala do trono.
Tudo aquilo é enfadonho demais e ele não vê a hora de todo esse maldito funeral acabar, para que possa ser coroado rei e finalmente colocar os seus planos de destruição do reino livre de Zardren em prática.
Assim que assumir o trono e for coroado rei, a primeira coisa que irá fazer será reunir os Dragões das Sombras para que eles comecem a investigar minunciosamente o reino livre de Zardren, para que possa começar a pensar na melhor forma de destruir aquele reino de uma vez por todas.
Um sorriso surge em seus lábios, ao mesmo tempo em que olha para o corpo de sua esposa, adormecida ao seu lado. A vida não poderia estar melhor. Se levanta e vai até uma mesinha, onde se serve com uma taça de vinho, sem deixar se sorrir um instante sequer.
Mais um pouco, Daithi... Aguente só mais um pouco essa encenação toda e, muito em breve, o trono e a coroa, que são seus por direito de nascença passaram para suas mãos, e então uma nova história será contada!
Uma história em que ele será o senhor supremo e absoluto de Emperius!
Olha para a cama e vê que Jeyne acordou, coloca mais vinho em sua taça e enche uma outra, se aproxima da cama e entrega uma a sua esposa, que a bebe, sorrindo para ele com luxúria e maldade.
— Você estava insaciável, senhor meu marido. – a voz da mulher é carregada de prazer – Nem parece que está de luto pelo pai.
— Seu comentário é impertinente, Jeyne. – a voz de Daithi é seca.
— Perdoe-me, se quiser que eu me comporte como uma gatinha assustada é só falar, seu desejo pra mim é uma ordem.
— Sua sorte é que essa sua personalidade e vivacidade me atraem, Jeyne, além de seu corpo, é por isso que eu aturo algumas de suas palavras.
— E, por mais que não goste de admitir, você precisa de mim, senhor meu marido.
— Desde quando eu preciso de uma mulher?
— Acha que porque sou mulher eu sou estúpida, Príncipe Daithi? Posso ser mulher, mas isso não muda o fato de que sou observadora, e há tempos venho vendo mudanças em seu comportamento, principalmente no tocante a seu pai. Isso e o que eu presenciei desde que soubemos da morte do senhor meu sogro, me fizeram ligar os pontos, me fez chegar a uma conclusão.
