Chapter 15

3.9K 470 361
                                    

Samantha Carpenter

Eu estava ansiosa pelo resultado das minhas entrevistas, eles me disseram que eu fui bem e que talvez eu recebesse uma mensagem, ao longo do dia, indicando se fui aceita ou não. O dinheiro que eu usava era o que eu tinha guardado para emergências, mesmo não sendo muito, está servindo bem por enquanto, então preciso logo de um emprego.

Ao olhar para o relógio, percebi que eu tinha algum tempo antes de Tara voltar para casa. Resolvo entrar em um mercadinho que encontrei no meio do caminho para o prédio. Parecia um típico mercadinho de cidade pequena, por isso me chamou atenção. 

Como a placa dizia que estava aberto eu poderia entrar livremente no estabelecimento. Assim que entrei, o sino que ficava no topo da porta balançou, indicando a minha presença na loja.

— Bem-vinda, senhorita - Um homem me cumprimentou alegremente.

Estranhei o fato de que ele estava retirando o avental do seu uniforme, como se já estivesse de saída.

— Desculpa, a loja vai fechar ? - Perguntei olhando ele guardando o seu uniforme e tirando o crachá.

— Ah não, só estou trocando de turno - Ele sorriu gentilmente e saiu de trás do balcão. — Fique a vontade, a minha funcionária vai atender você. 

— Certo, obrigada - Sorri de volta para ele e notei que o mesmo deixou algumas chaves encima do balcão.

— Venha rápido, chegou uma cliente e eu estou de saída - O homem gritou em direção a parte de dentro da loja onde ficava a área dos funcionários.

— Já estou indo! - Uma garota respondeu lá de dentro.

— Maxine ? - Franzi o cenho, pois reconheci a voz da garota na mesma hora.

— Você a conhece ? - O homem me olhou e eu acabei concordando. — Você é a namorada dela ou algo do tipo ?

— C-Como ? - Acabei engasgando com a minha saliva

— Vocês não são namoradas ? - Ele parecia confuso.

— Não, não somos - Pisquei algumas vezes por causa da vergonha que eu estava sentindo.

— Me desculpe - Ele acabou rindo de si mesmo. — Eu pensei que ela finalmente tinha arranjado uma namorada.

— Porque isso pareceu tão triste ? - Acabei perguntando porque ele não parecia tão feliz com a notícia de que eu não era a namorada que ele tava esperando.

— Eu acompanho o crescimento dessa garota desde que ela pisou em Nova York e eu nunca a vi conversando com alguém da idade dela. — Ele sorriu de um jeito triste

— Por que ? - Perguntei

— Não sei... - Ele deu de ombros. — Ela nunca me contou, mas eu sei que ela não gosta de ficar sozinha, ninguém gosta.

Fiquei alguma segundos processando aquela informação e logo Maxine saiu correndo para fora da área dos funcionários, já com o seu uniforme. Acabei soltando um pequeno sorriso ao ver que ela ainda tinha a sua câmera pendurada no pescoço.

— Falando nela, olha quem está aí - Ele apontou para Maxine, que assim que me viu parou de correr.

— Sam ? - Ela franziu o cenho. — O que você faz aqui ?

— Eu vou deixar vocês conversando e eu vou embora. - Ele falou arrumando o seu chapéu. — Tranque tudo quando der o horário.

— Sim chefe! - Maxine respondeu e logo aquele homem foi embora da loja.

Quando ele finalmente tinha ido embora, Maxine caminhou até o balcão e se posicionou atrás dele. Devido o silêncio que se estabeleceu no local, notei que era a minha hora de falar alguma coisa, não podíamos ficar assim para sempre e se eu for embora agora, vai ficar pior do que já está.

Eu Nunca Te Odiaria 》Sam CarpenterOnde histórias criam vida. Descubra agora