Maxine Prescott
A voz da Sam estava a todo tempo ecoando pela minha cabeça, desde o momento em que ela saiu correndo para o seu apartamento. "Sinto muito", duas palavras que causaram uma confusão de sentimentos em mim. Ela havia me beijado, a iniciativa não tinha sido minha, mas porque ela saiu daquela maneira ?
Como eu estava de costas para a parede, apenas encostei minha cabeça lá e encarei o teto. Eu não sabia o que eu sentia pela Sam, gostar de alguém era confuso o suficiente, ainda mais depois de hoje, não sei o que pensar sobre o que acabou de acontecer, teria ela se arrependido de me beijar ?
Fechei os olhos com uma certa força, tentando tirar a Sam dos meus pensamentos, eu ainda sentia os seus lábios nos meus, sua mão sobre a minha cintura quando ela me empurrou até a parede, sua mão em meu rosto, eu podia sentir tudo aquilo indo embora aos poucos quando me lembro que ela não está mais aqui.
Talvez eu gostasse realmente dela, estar perto dela me traz sensações diferentes das que eu sinto quando estou perto de Anika. A japonesa era como se fosse uma amiga de infância na qual eu tratava como um dos meus irmãos, mas a Sam... Eu sentia vontade de estar perto dela, adoraria passar o dia olhando para ela, sua beleza me encantava, fazia com que o meu coração acelerasse, quase como se ele quisesse sair pela minha boca.
Abri meus olhos novamente quando escuto a sirene de um carro da polícia estacionando bem em frente ao prédio, como as portas eram de vidro, dava para ver o outro lado da rua. Dois policiais saíram de dentro do carro, dois homens, um deles ficou dentro do carro, no banco do motorista e o outro saiu do carro.
Percebi que o policial estava vindo em minha direção, na mesma hora pensei em sair de lá e voltar para casa, mas acabei me assustando com a sua voz.
— Parada aí! - Sua voz saiu de forma grave.
Parei antes mesmo de colocar o meu pé no chão, olhei para trás e ele estava pegando o seu distintivo enquanto apoiava a sua outra mão no cinto onde havia uma pistola.
— Seu nome é Maxine ? - Ele perguntou e eu concordei. — Sou o agente Scott, preciso que me acompanhe até a delegacia
Aquele policial estava tentando me intimidar, percebi isso quando levantou uma parte do seu colete que escondia um pouco da arma que ele tinha.
— Porque ? - Perguntei voltando a encara-los
— Você é suspeita de um homicídio e tem que vir comigo - Scott respondeu sem paciência.
Antes que eu tivesse a chance de questionar alguma coisa, o policial segurou o meu braço com uma certa brutalidade e me levou até o carro. O policial não se importava nem um pouco se estava me machucando ou não.
— Eu não vou fugir - Falei tentando afrouxar o puxão que ele estava me dando, mas ele escolheu ignorar o que eu falei.
— Cala a boca - Ele continuou me puxando e dessa vez de propósito.
Quando chegamos na frente do carro, ele praticamente me jogou lá dentro, sem dar a mínima importância se eu iria me machucar ou não no processo. Revirei os olhos e ajeitei o meu corpo no banco do carro, já que eu não tenho muita escolha a não ser aceitar e ir para a delegacia.
{...}
O carro foi estacionado de frente para a entrada da delegacia, o policial que estava dirigindo tirou o par de algemas do seu porta-luvas e entregou para Scott. Respirei fundo, já sabendo que aquelas algemas eram para mim.
— Anda logo, não tenho o dia todo - Ele abriu a porta do carro, esperando que eu saísse de lá.
Assim que posicionei um dos meus pés para fora do veículo, senti outro puxão, dessa vez em um dos meus pulsos, me fazendo quase cair no chão, devido a falta de equilíbrio. As algemas foram colocadas nos meus dois pulsos, aquilo estava um pouco apertado, eu conseguia sentir as algemas machucando a minha pele.
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Eu Nunca Te Odiaria 》Sam Carpenter
FanfictionNova York, nova vida, novas regras, novos personagens, novos assassinos e novas mortes. Tara e os gêmeos, Mindy e Chad, resolveram se mudar para a cidade de Nova York, onde ninguém sabe quem eles são. Os três são calouros em uma faculdade e claro q...