Samantha Carpenter
O Ghostface tinha fugido, o seu machado coberto de sangue foi o que ele deixou para trás. Os policiais tinham acabado de arrombar a porta do estacionamento que estava fechada. Olhei rapidamente para trás, onde Tara estava, respirei aliviada ao ver que um dos policiais estava ajudando ela a sair de baixo da prateleira que tinha caído sobre ela. Por sorte, ela parecia estar bem então acabei diminuindo a tensão que eu estava sentindo.
De repente me lembrei de quem também importava para mim, Maxine. Quando olhei em sua direção meu corpo se moveu sozinho até próximo dela, Maxine estava com a mão sobre o seu ferimento, o machado tinha acertado a lateral de sua barriga e o ferimento estava sangrando bastante.
Rapidamente me ajoelhei perto do seu corpo, o desespero bateu sobre mim e meus pensamentos, era muito sangue. Coloquei minhas mãos sobre o corte em sua barriga, em uma tentativa de estancar o sangramento.
— Você precisa aguentar - Falei após ouvir Maxine tentando abafar os gritos de dor.
Os policiais estavam espalhados pelo mercado, eu já conseguia ouvir algumas sirenes de ambulância chegando cada vez mais perto. Tara já estava de pé novamente e sem nenhum machucado, o que é um alívio, mas Maxine não teve a mesma sorte. Minhas mãos já estavam bem sujas de sangue, mas consegui estancar bem a ferida.
— Eu tô com medo - Maxine tentava controlar a dor que sentia.
— Não se preocupe, eu tô aqui - Reafirmei tentando confortar ela.
Os paramédicos entraram correndo e empurrando a maca hospitalar que eles iriam usar para carregar todos os feridos, mesmo que a maioria deles já estejam mortos. Um deles pediu para que eu me afastasse pois ele iria assumir dali. Mesmo discordando, acabei me afastando e deixando que ele fizesse o seu trabalho.
{...}
Durante todo o caminho até o hospital, Maxine desmaiou algumas vezes, os paramédicos falaram que ela perdeu muito sangue e por isso não conseguem dizer se ela vai ficar bem. Tara e eu estávamos na sala de espera pois conseguimos ir como acompanhantes na ambulância.
Confesso que eu não consegui ficar sentada enquanto esperava alguma notícia da garota, nem mesmo quando a enfermeira fez um curativo em meu braço, então permaneci em pé a maior parte do tempo. Tara já tinha pedido algumas vezes para que eu me sentasse e esperasse, mas era impossível.
— Você vai abrir um buraco no chão - Comentou Tara me fazendo perceber que eu estava andando de um lado para o outro.
— É culpa minha - Parei de andar para respirar um pouco. — Fui muito orgulhosa, eu não devia ter tratado ela daquele jeito e agora ela pode...
Parei de falar quando senti que a minha voz iria falhar. Passei esse tempo todo fazendo e afastando as pessoas, tudo por achar que me manter fora da vida delas seria o melhor, mas no final, agi por impulso e acabei me aproximando mais do que gostaria, não me arrependo daquele beijo, mas fui egoísta com Maxine quando saí de lá sem dar satisfação.
Uma médica entrou na sala, mas antes de chamar alguém, ela foi direto para a recepcionista conversar sobre algo. Aquilo me deixou impaciente, tentei ouvir sobre o que elas estavam falando mas não conseguiu.
— Eu mandei mensagem para Mindy e eles estão vindo para cá - Comentou Tara, enquanto digitava em seu celular.
Minha atenção se voltou novamente para a médica que tinha terminado de conversar e recebeu, em mãos, uma ficha da recepcionista. Ajeitei a minha postura quando ela veio na direção de todos nós.
— Samantha Carpenter... - A médica chamou por mim e logo levantei a mão, indica to que eu estava ali. — Pode me acompanhar por favor ?
— Claro... - Concordei e logo chamei a atenção de Tara para me acompanhar.
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Eu Nunca Te Odiaria 》Sam Carpenter
FanfictionNova York, nova vida, novas regras, novos personagens, novos assassinos e novas mortes. Tara e os gêmeos, Mindy e Chad, resolveram se mudar para a cidade de Nova York, onde ninguém sabe quem eles são. Os três são calouros em uma faculdade e claro q...