Maxine Prescott
Eu estava ofegante, nunca imaginei que um dia eu iria matar uma pessoa e aqui estou eu, olhando para dois corpos completamente machucados, com ferimentos horríveis, e um deles foi causado por mim. Eu gostei ? Não consigo dizer ao certo, não estou sentindo nada, estou completamente anestesiada, mas uma sensação de alívio era fácil de notar. Agora finalmente estava tudo acabado.
Eu conseguia sentir o cheiro de sangue pairando no ar, aquele sangue não era meu, talvez até fosse, mas eu sabia que a maior parte dele vinha do sangue fresco na lâmina da faca, que alguns anos atrás, pertencia a minha prima, Jill Roberts, e agora estava morta. Encarar aquela lâmina era estranho, era como ter o sangue de todas as pessoas que morreram, esfaqueados por ela, bem nas minhas mãos.
O que acontece agora ? Eu sou igual a eles ?
De repente sai dos meus pensamentos quando voltei para o mundo real, onde eu estava em cima de um suporte de metal onde eu poderia cair a qualquer momento caso eu colocasse o pé no lugar errado, e onde lá embaixo, estavam todas as pessoas com quem convido, boa parte delas estavam machucadas, incluindo minha mãe.
Eu tenho muita sorte de não ter medo de altura, pois onde eu estava, era muito alto. Ao olhar para baixo, antes de ver Sam me encarando para ter certeza de que eu iria descer em segurança, me deu uma breve tontura por conta da distância que eu estava do chão, acho que era apenas a minha adrenalina indo embora.
Um pé depois do outro, sem pressa alguma, fui descendo até o andar de baixo. A cada degrau que se passava, eu conseguia ouvir os gritos, não dos assassinos que morreram hoje, mas os gritos de todas as vítimas que perderam as suas vidas por causa disso.
Assim que os meus dois pés tocaram o chão, fui recebida com um abraço bem apertado, pela forças dos braços, pude sentir que Sam era a pessoa que me abraçava. Eu ainda estava de costas para ela, mas consegui encostar a minha cabeça em seu ombro.
— Você foi muito corajosa - Sam usou um tom de voz calmo.
— Eu matei uma pessoa. - Falei ainda sem acreditar no que saiu da minha boca.
— Eu sei... - Sam me abraçou ainda mais forte.
Eu sinto que deveria sentir alguma coisa além de indiferença, mas naquele momento, não consegui sentir nada. Algumas sirenes foram ouvidas, o som ainda estava um pouco longe, não sei quem chamou ajuda, mas fico feliz em saber que agora sim, estava tudo acabado.
Entrei em alerta quando passei a ouvir sussurros vindo de trás de nós duas, foi quando eu lembrei que minha mãe estava ferida. Virei a minha cabeça para trás e tive a visão de Tara e Kirby ao lado de minha mãe, Tara tava tentando ajudar com a hemorragia. Corri rapidamente até onde minha mãe estava e me ajoelhei no chão, ficando ao seu lado, enquanto segurava a sua mão.
— Mãe... - Já conseguia sentir minha visão ficando turva por causa das lágrimas.
— Se eu morrer... - Ela tentou falar mas eu a interrompi.
— Não quero ouvir - Falei e segurei ainda mais firme a sua mão. — Tudo está acabado, podemos voltar para casa agora, não é ?
Telespectador
As ambulâncias estavam chegando o mais rápido que conseguiam, estava chovendo muito e as ruas estavam muito escorregadias. A noite estava fria, a temperatura estava tão baixa que podia-se ver o ar quente, da respiração, saindo em forma de vapor.
Policiais escoltavam as ambulâncias, pois já tinham corrido informações de que possivelmente assassinos estariam no local, algumas ligações foram feitas de forma anônima, mas a identidade dessas pessoas não é nenhum segredo, assim que Mindy acordou e viu que nenhuma das meninas estava no quarto, percebeu que havia um pequeno papel com algumas informações necessárias, como chamar a polícia assim que ler aquele papel.
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Eu Nunca Te Odiaria 》Sam Carpenter
Fiksi PenggemarNova York, nova vida, novas regras, novos personagens, novos assassinos e novas mortes. Tara e os gêmeos, Mindy e Chad, resolveram se mudar para a cidade de Nova York, onde ninguém sabe quem eles são. Os três são calouros em uma faculdade e claro q...