Sidney Prescott
Quando mais rápido eu desejava chegar no apartamento da Gale, mais o elevador demorava para chegar no andar em que ela morava. Gale tinha me ligado avisando que tinha notícias não muito boas sobre quem tinha herdado aquela espécie de santuário macabro de todos os assassinos de Woodsboro. Eu encarava os números que o elevador indicava, parecia que estava andando mais devagar hoje.
— Até que enfim... - Falei assim que vi o número do andar em que Gale morava
Gale conseguiu que o seu apartamento, também chamado de cobertura, fosse do tamanho do andar inteiro, então todo o andar pertencia a ela, tornando impossível errar a porta de sua moradia. Gale tinha me dado a chave reserva de sua casa, então não precisei esperar para entrar.
— Gale, cheguei! - Avisei assim que entrei e esperei por uma resposta sua.
— Estou na sala! - Gale gritou lá de dentro.
Caminhei em passos rápidos até a sala e encontrei Gale sentada no sofá, com o seu notebook no colo e uma taça de vinho branco na mão. Quase me senti uma verdadeira palhaça por parecer que apenas eu estava preocupada com essas novas informações. Ao chegar mais perto, parecia que ela estava começando a ficar um pouco bêbada.
— Que bom que você chegou - Gale colocou o seu notebook na mesinha.
— Você tem o costume de beber tanto assim ? - Perguntei estranhando aquilo, ela estava bebendo antes mesmo de sairmos para investigar.
— Sempre que tô com a cabeça cheia de trabalho - Gale deu de ombros. — Venha, tenho que te falar o que descobri e você não vai gostar...
Eu não estava gostando nada daquilo, mas mesmo assim andei até a sala, onde ela estava, e me sentei no sofá bem ao seu lado. Assim que me acomodei, Gale digitou algumas coisas em seu notebook e me mostrou a tela, em seguida, apontou alguns pontos específicos onde tinha o nome do local que visitamos hoje e também o nome da Jill como compradora.
— Isso a gente já sabe - Falei e olhei para Gale.
— Sabemos, mas isso aqui é novidade - Gale apontou para um ponto específico onde tinha o nome da minha filha nele.
Franzi o cenho e aproximei mais o meu rosto da tela para ter certeza que eu estava vendo certo e não alucinando.
— O teatro está no nome da sua filha desde o dia em que ela se mudou para cá - Gale falou dando mais um gole do vinho.
— Minha filha não faria isso... - Pisquei mais algumas vezes para ver se aquilo não iria mudar.
— São duas opções - Gale gesticulou com os dedos. — Sua filha de alguma forma quer a mesma coisa que a Jill queria ou alguém passou isso pro nome dela sem que ela soubesse.
— Eu fico com a segunda opção, minha filha não é uma assassina - Falei tendo certeza do que estava falando.
— Eu também acredito nisso - Gale concordou. — Mas tem alguma coisa que eu estou perdendo, não faz sentido colocarem o nome dela assim.
Parei para pensar a respeito e só tinha uma resposta que fazia sentido para mim, a mesma ideia que a Jill usou a um tempo atrás, fama.
— Estão tentando refazer o ataque de 2011, tornando minha filha igual a Jill - Falei e Gale me olhou atentamente.
— Eu odeio esses filmes - Gale revirou os olhos e respirou fundo.
— Temos que tentar alguma coisa - Me levantei do sofá. — Minha filha e duas amigas dela estão no hospital, Gale.
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Eu Nunca Te Odiaria 》Sam Carpenter
FanfictionNova York, nova vida, novas regras, novos personagens, novos assassinos e novas mortes. Tara e os gêmeos, Mindy e Chad, resolveram se mudar para a cidade de Nova York, onde ninguém sabe quem eles são. Os três são calouros em uma faculdade e claro q...