Chapter 17

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Maxine Prescott

Meu período de trabalho já tinha chegado ao fim, o último cliente já tinha saído do estabelecimento, agora era comigo, fechar tudo e ir para casa. Eu estava tão cansada que os meus olhos mal conseguiam se manter abertos por muito tempo ou que eu respirasse normalmente sem sentir uma enorme vontade de bocejar.

Aquele papel ainda estava na minha mão, minha curiosidade me mandava pesquisar sobre aquele link o mais rápido possível, mas eu não tinha internet para isso, então eu precisava chegar em casa para sanar a minha curiosidade.

Dessa vez, resolvi deixar a minha mochila dentro do vestiário feminino, assim eu teria monitoramento de quem entra e sai de lá, o que vai impedir de alguém mexer nas minhas coisas novamente.

Troquei de roupa rapidamente e parti para trancar o estabelecimento e finalmente ir para casa. Fiz tudo como de costume, apaguei as luzes, virei o cartaz para "fechado" e fechei a porta, verificando logo em seguida se ela realmente estava trancada. Dessa vez estava tudo certo.

Eu estava caminhando tranquilamente na rua, mas dessa vez, eu estava em alerta, alguém estava me observando, eu não sei se essa pessoa está aqui agora, mas não quero arriscar. Foi enquanto que me lembrei de alguém que entende perfeitamente dessa situação e vai me ajudar no que fazer, minha mãe, a própria Sidney Prescott.

Disquei o seu número enquanto andava pela rua, mas julgando pela demora em atender a ligação, deduzi que ela estaria ocupada ou talvez dormindo igual da última vez. Resolvo desistir de ligar para ela assim que chego na frente do meu prédio.

Guardei o meu celular no bolso e entrego no prédio. A recepcionista dessa vez não estava lá para me receber, claro que por conta do horário, provavelmente ela esteja na sua casa descansando. Assim que fechei a porta atrás de mim, começo a sentir um forte cheiro de cigarro surgindo pelos corredores.

Aquilo irritou a minha garganta, me fazendo tossir um pouco enquanto procurava a origem daquele cheiro insuportável. Até que percebo uma mulher sentada no degrau da escadaria principal, mas não era qualquer mulher. Sam era quem estava ali e possuía um cigarro em sua mão.

Ela parecia não ter notado a minha presença, já que ela estava um pouco aérea, mas quando cheguei perto dela, acabei não tendo controle sobre a minha garganta e comecei a tossir um pouco, fazendo ela perceber a minha presença quase que de imediato.

— Está doente ? - Sam perguntou assim que me viu.

— Não, é que... - Acabei levanto meu olhar para o cigarro em sua mão.

— Ah, foi mal - Sam imediatamente apagou o cigarro e o jogou em um lixo próximo.

— Tudo bem, você não fez por mal - Falei com um pequeno sorriso no rosto, eu estava envergonhada por ela ter jogado o cigarro fora por minha causa.

Sam estava encarando o chão, como ela estava encostada na parede, tinha espaço o suficiente para eu passar caso eu preferisse subir dez andares usando a escada. Mas ela parecia triste e abatida, eu não iria conseguir deixar ela assim nem se eu quisesse, mesmo lembrando que a última vez que tentei conversar com ela, não tenha dado tão certo assim.

Respirei fundo, tomando coragem para me mover até ela. Assim que consegui, andei em sua direção e me sentei ao seu lado, em um dos degraus da escada. Em um primeiro momento ficamos em silêncio, eu sabia que ela não gostava de estranhos se envolvendo em sua vida, então preferi o silêncio.

— Você não precisa ir para casa ? - Sam perguntou, mas ainda encarando o chão.

— Você também precisa - Falei olhando para ela, percebendo um leve sorriso com a minha resposta.

Eu Nunca Te Odiaria 》Sam CarpenterOnde histórias criam vida. Descubra agora