Amanda Meirelles
Abri os olhos apenas para ter a certeza que não estive em um sonho. Estávamos exatamente onde tínhamos adormecido noite passada, no chão da sala perto da lareira que a essa hora não havia mais fogo. Olhei para a cômoda e vi as duas taças presentes com o restante do líquido que nem tínhamos nos importado em terminar. Olhei para nossas roupas espalhadas pelo chão e foquei no moletom de Antonio, tive vontade de pegá-lo para sentir seu perfume doce. Quando me dei conta que não precisava, pois já tinha o dono do perfume deitado ao meu lado, de bruços com suas costas nuas e o restante de seu corpo coberto pelo lençol que havia ali.
Passei minhas mãos por suas costas nuas indo de encontro ao seus cabelos, no qual relaxei minha mão e comecei um carinho ali e pude ver as marcas em seu pescoço que denunciavam exatamente o que tínhamos feito noite passada, as marcas do amor. Amor. Antonio me amava e eu o amava, perdidamente e enlouquecidamente, aquele homem é meu início e meu fim. Sim, ele é. Minha droga, meu dono, meu paraíso no inferno.
Comecei a distribuir beijos pelas marcas que haviam no pescoço dele, foi quando o homem deu sinais de que havia acordado.
- Se toda vez que fizermos amor você me acordar desse jeito, nós teremos que fazer amor pra sempre! -Disse o homem com aquela voz rouca, arrastada, cheia de mimo.
- Se isso for um pedido, você terá que ser mais claro. -Sussurrei em seu ouvido cheia de segundas intenções. Dando uma pequena mordida em sua orelha ao final.
Segundas intenções que não passaram despercebidas por Antonio, que se virou totalmente nu, com sua pele bronzeada, que eu poderia ficar admirando por longos anos. E me puxou para seu colo, sentando logo em seguida comigo, colando sua boca no meu ouvido para dizer.
- Eu não costumo pedir, Meirelles, isso claramente foi uma ordem. - disse com seu jeito prepotente e único, aquele jeito que me arrepiava dos pés a cabeça.
Antonio começou a passar suas mãos pelas minhas costas nuas enquanto distribuía beijos pelo meu pescoço, e apenas aquilo já estava me deixando fora de si.
Segurei em seus cabelos e soltei uma pequena risada ao me lembrar novamente do que tinha acontecido, não só ontem, mas o final de semana inteiro. Foi quando Antonio parou o que estava fazendo e me olhou com uma carinha bem engraçada.
- Estou lhe causando cócegas, Srta. Meirelles? - O homem disse de uma maneira tão fofinha, que apenas ri de novo.
Antonio me olhou com cara de poucos amigos por ter cortado o momento sexy dele. Foi então que decidi provocá-lo um pouquinho.
- O quê, Sr. Figueiredo, perdeu o jeito da coisa? - Disse da maneira mais sarcástica que pude.
- Está brincando com fogo, Srta. Meirelles.
- Não tenho medo de me queimar. Vamos, me mostre o que sabe. -Provoquei arrastando cada palavra do jeito mais sensual que pude.
Eu podia ver o fogo nos olhos de Antonio e eu sabia que eu sairia queimada, com certeza, mas estava torcendo por isso, eu precisava do toque dele, quase como que um viciado precisa de sua droga. E ele era a minha droga. Havia desejo naquelas íris, que agora tinham um tom escuro, tão escuro que dava um ar intenso ao momento. Nós ficamos nos olhando, uma batalha já perdida por mim, que logo desviei para sua boca, convidativa, carnuda. Quase não tive tempo de pensar em voltar meus olhos de encontros aos seus, quando Antonio colou seu corpo no meu e tomou meus lábios em um beijo avassalador.
Ele me beijou com fúria, com excitação, com força, eu me perdia a cada segundo, uma de suas mãos foi de encontro minha nuca. Ele enfiou a mão entre meus cabelos e puxou pra trás, tendo total acesso do meu pescoço pra si. Gemi quando ele começou a chupá-lo, o que claramente estava me deixando no limite, e ele sabia. Mas ele também estava jogando, e eu iria mostrar para ele que eu também sabia jogar, e muito bem.
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The Night Dancer - Docshoe
RomanceAdaptação da história "The Stripper" da autora @SheWantsCamila Você já imaginou ter duas vidas? Ser duas pessoas ao mesmo tempo? Aposto que sim. Mas entre pensar e viver havia uma distância muito grande, acredite nisso. Imagine... Amanda, mulher doc...