A New Ally

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Amanda Meirelles

Sabe quando depois de um dia cheio você deita na cama e reflete sobre tudo o que houve? As situações passam em sua cabeça como um filme diário de tudo que você viveu. Momentos bons ou ruins, todos eles se recriam na sua mente com o menor dos detalhes, lhe fazendo sorrir ou chorar.

Depois do momento no carro com Antonio, ficamos conversando por pouco tempo na frente de meu prédio.

"Tem certeza que não quer dormir comigo?" - Antonio perguntou assim que desligou o carro.

Era no mínimo tentador a ideia de ir para sua casa e dormir em seus braços. Se é que iríamos dormir, é claro.

- Eu quero muito, mas não é o certo ainda.

Antonio me fitou sem entender.

- Eu não sei qual é o seu medo, Amandinha, somos adultos.

- Eu sei, e sei que você não entende. Mas isso não vem ao caso agora.

- Me dê ao menos um motivo?

- Não quero que falem nada, não quero ser apenas mais uma. - Falei olhando fixamente em seus olhos.

Antonio semicerrou os olhos, e delicadamente tocou em meu rosto.

- Você nunca seria apenas mais uma, isso eu lhe garanto. - Falou de forma sincera.

- Por que diz isso?

Antonio sorriu, e apertou as mãos no volante.

- Eu não sou bom falando essas coisas, Amanda.

Pela primeira vez, Antonio ficou sem jeito.

- Diga.

- Outro dia eu digo, ok?

Eu sorri para Antonio, negando com a cabeça.

- Sim, eu prometo que direi. Agora não é a hora certa.

- E quando será?

- Isso é um segredo, Srta. Meirelles. - Antonio falou roubando-me um beijo.

- Quer entrar? - Perguntei sorrindo.

- Você é insaciável?

- Talvez eu seja. - Falei soltando uma piscada para ele.

- Deus ouviu minhas preces.

Soltei uma risada junto de Antonio.

- Agora sério, eu não vou entrar. Não ficaria bem, suas amigas estão aí, então, é melhor não.

- Certo, então eu já vou.

- Tudo bem, Amandinha. Tenha uma boa noite.

- Boa noite, Sr. Figueiredo. - Falei bem próximas aos seus lábios.

Antonio veio com o impulso para me morder, e então me afastei.

- Sonhe comigo, Antonio. - Falei saindo do carro.

O homem fitou-me com um sorriso. Eu já do lado de fora, aproximei-me de sua janela que estava aberta.

- Eu sempre sonho, Srta. Meirelles.

Sorri, aproximando-me dele para depositar um beijo calmo em seus lábios tão macios.

- Até mais.

- Até mais, Amanda.

[...]

Eu abri os olhos sentindo o meu celular vibrar. Tateei com as mãos sobre o pano da cama, pegando o pequeno aparelho no qual destravei. Uma mensagem.

The Night Dancer - DocshoeOnde histórias criam vida. Descubra agora