Não tenho medo algum desses homens, mas um desconforto me incomoda loucamente estando perto deles. Não aceito que me subestimem desse jeito só por que sou mulher e menor de idade. Posso ser menor de idade, mas tenho certeza que tenho ainda mais vivências do que eles.
Fico em silêncio quando o homem de cabelos negros me intimida, e permito que pegue a bebida, pacificamente. Sei que se eu confrontá-los, a história acabará muito mal, e não quero envolver Draken e Baji nisso. Por mais que eu fique na defensiva, sei me proteger sozinha.
Taiju volta com uma taça de drink na mão extremamente decorada, e me entrega. Draken observa tudo com um olhar sombrio, pronto para arrebentar qualquer um deles. Keisuke também, a diferença é que Draken já os conhece, e Baji não. O olhar dele é ainda mais insano.
— Da um tempo, vocês. Eu sei me virar. – Mudo o tom de voz e falo baixinho, apenas para eles escutarem. — Eu já tenho um esquema.
Baixo a taça para a mesa, e deixo-a lá. Noto a troca de olhares entre Ran e Taiju, já que eles esperavam que eu virasse tudo de imediato.
— Não vai tomar? – O de tranças pergunta.
Ignoro a pergunta e vou direito ao ponto. Cruzo as pernas, e coloco as mãos sobre meu colo. Sinceramente, não vim para ser manipulada, quero apenas jogar.
— Expliquem as regras do Pôquer, algum de vocês. Por favor.
Draken ergue o braço, estrala os dedos e chama pelo Dealer, a pessoa que explicará e distribuirá as cartas, sem muita enrolação.
Entre as centenas de pessoas que nos cercam, vejo que um homem aparece no meio da multidão e caminha para cá. Ele está totalmente formal e isso me faz acreditar que é o trabalho dele.
Assim que se aproxima o bastante, abaixa-se e pega alguns papéis em uma gaveta embaixo da mesa, e inicia a explicação. Certifico que Keisuke também presta atenção, para que eu não tenha que explicar para a cabeça burra dele.
— Aí, se você não prestar atenção, é murro.
— Eu consigo prestar mais atenção que você. – Fulmino-o com o olhar e volto a atenção para o homem.
— Boa noite, jogadores. Sou o dealer ou crupiê Takashi Hidetaka e explicarei as regras do Pôquer Indiano para vocês. Primeiramente peço que peguem esses formulários. – Ele nos entrega os papéis. — Mais especificamente, o jogo costuma chamar "O Jogo da Troca de Dívidas", para que as pessoas endividadas possam trocar suas dívidas com outro.
Fico perplexa. Eu não tenho dívida nenhuma, então como trocarei com outra pessoa? Continuo a prestar atenção, esperando que ele explique esse ponto, e eu não precise tirar essa dúvida.
— Funciona da seguinte forma, vocês apostarão em grupos de quatro, e irão trocar suas dívidas com base em seus desempenhos ao final do jogo. Quem estiver mais endividado no primeiro lugar, trocará com o jogador do quarto lugar, o que estiver com menos dívida. Dessa forma, quem ficou em quarto lugar, ficará com a maior dívida. Basicamente, uma troca. Um detalhe, o jogador que levou a menor dívida, terá ela quitada. – Ele aponta para os papéis em nossas mãos. — Nesses papéis, anotem o nome de seu credor e o total da dívida. Acredito que algum de vocês está apostando pela primeira vez, então não devem nada. Para os jogadores sem dívida, serão adicionados respectivamente dez milhões de ienes para que possam jogar.
Ele começa a explicação das regras enquanto puxa o baralho de cartas. Acredito que eu tenha entendido, já que é minha primeira vez jogando.
— Porra, é grupo de quatro, nós estamos em cinco. Vamos fazer o que? – Keisuke pergunta, pronto para retirar-se.
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𝙔𝙤𝙪𝙧 𝙏𝙞𝙢𝙚, 𝘔𝘢𝘯𝘫𝘪𝘳𝘰 𝘚𝘢𝘯𝘰
Fanfiction↳arte de Nala_bert no Instagram! Se afastando repentinamente, Manjiro Sano deixa [Nome] e a antiga Tokyo Manji para trás, desaparecendo do mapa. Ela continua seus estudos no Ensino Médio e torna-se universitária, assim como Mikey havia pedido antes...