Sasuke
"Um ano depois. Dia 14 do mês Gaukmánour. Primeiro dia do Verão."
Ainda era madrugada. A penumbra do inverno que acabava de ser deixado para trás ainda persistia na sua transição lenta e constante. Os primeiros raios solares nem se quer cogitavam aparecer, mas o crepúsculo estava luminoso. Chamas incandescentes e devastadoras tingiam o céu negro com tons alaranjados e arrepiantes, o cenário daria uma bela pintura se a situação não fosse um estado de calamidade completa. Aqui, bem diante de nós, está Konoha.
Meu império. Minha casa.
Essa pequena península cercada pelos mares gélidos de Ran, Aegir e Njörd era habitada e governada por minha família a mais de sete gerações. Os Uchiha's orgulhosamente guerrearam e a conquistaram com sangue e ferocidade. O lugar fica em um ponto estratégico que nos favoreceu muito nos saques e pilhagens dos reinos vizinhos, contribuindo para nossa riqueza e prosperidade entre os povos. As estações aqui são longas e características. Acabamos de sair de um extenso e glacial inverno, logo diremos adeus as noites sem fim e diremos olá para os períodos de dias infinitos. O lugar é prospero e abençoado pelos deuses, temos pesca, caça e um por do sol encantador.
O único problema são as pragas. A maioria dos lugares costuma ter ratos, mosquitos, gafanhotos e até mesmo piolhos. Mas nós temos... Dragões!
Nem todos aguentariam, mas nós sim! Temos teimosia própria.
–Bom dia! – Um dos cidadãos me cumprimentou, ou melhor, gritou.
E sim, nós estamos em pleno ataque. Corria pelas ruas abarrotadas de gente e me esquivava do fogo que alastrava-se por todos os lugres. Meu corpo magrelo e esguio me favorecia a passar por lugares que nenhuma outra pessoa usaria para escapar das bolas de fogo. Durante o percurso eu podia ouvir vez ou outra os habitantes gritando entre si:
"O que você tá fazendo aqui?!" "Vai para casa garoto!" "O que ele tá fazendo aqui?!"
Preferi não dar atenção aos comentários alheios, continuando com o meu caminho em meio a todo aquele caos. Não demorei muito e logo cheguei até a ferraria da aldeia, que era o meu destino final.
–Até que enfim você apareceu para a festa! Achei que os grandalhões tinham te pegado – Gritou o homem com uma perna de madeira assim que entrei.
–Quem? Eu?! Ah qual é, eu sou musculoso de mais para o paladar refinado dos dragões – Mexi propositalmente em meu cabelo deixando os fios rebeldes ainda mais bagunçados – Eles nem saberiam o que fazer com tudo... Isso!
–Ué, eles não usam palito de dente?
O Homem de cabelos grisalhos virou-se para mim e sorriu zombateiramente. Seu nome é Kakashi Hatake, conhecido como: O Homem das mil armas. Ele é o meu mentor desde que era muito pequeno e também é considerado o ferreiro mais habilidoso e respeitado de Konoha, muitos cidadãos dizem entre si que ele foi aprendiz direto dos irmãos Svartálfar Sindri e Brokk, os mesmo que fabricaram o poderoso Mjolnir de Thor.
Tudo o que sei sobre armas e projetos aprendi com ele. Mas, não posso dizer que Kakashi era um homem comum no geral. Seu rosto estava sempre coberto por uma mascara negra, justa e que ia até o meio de seu nariz e seu olho esquerdo escondia-se por trás de um tapa-olho surrado e desgastado pelos anos, porém o motivo dele usar todos esses apetrechos é um mistério que ronda todo o Império. Ouvi dizer que já ofereceram para ele mais de mil moedas ouro em troca do segredo, mas nada o fez mudar de ideia. Nem mesmo meu pai, que é a pessoa mais próxima de um amigo que ele teve durantes todos esses anos, sabe o que se esconde ali.
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RIDDARE DRAKAR
FantasyA Ilha onde está situado o Império de Konoha é pequena, porém abarrotada de todos os tipos de pessoas, mas não qualquer tipo, estamos falando de Vikings. Um povo temido por sua violência e brutalidade. Em especial, um clã se destacava nesse quesito...