Capítulo 2 - O Fúria da Noite

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Sasuke

Caso alguém me tivesse questionado há algumas horas se eu imaginava ser capaz de capturar um dragão, certamente minha resposta seria não. "-Sasuke! Olhe para você! Capturar um dragão? Seria mais provável ele rir da sua tentativa do que comê-lo." – Pensava comigo.

Mas, agora, a situação era totalmente diferente.

Eu tinha acabado de realizar o maior feito que o Império de Konoha nunca conseguiu alcançar. Abati o mais perigoso e sangrento dragão que a humanidade já viu e jurou que tinha sido exterminado. Pela primeira vez, honraria o nome de meu pai e agiria como o herdeiro destemido que todos esperavam que eu fosse.

—Eu abati um Fúria da Noite.

O momento era absurdamente surreal.

Ainda inconformado com que tinha acabado de acontecer, apenas obriguei meus pés a correrem de volta para o centro da cidade, eu precisava avisar aos outros! Quando finalmente cheguei, estava tão eufórico para contar a grande novidade para o meu pai que não reparei que um Pesadelo Monstruoso tinha aparecido bem atrás de mim. Quando enfim notei a presença da besta dei um sobressalto, sentindo mais uma vez o meu coração disparar como um louco, dei vários passos apressados para trás tentando me esquivar da fera sem virar churrasco no processo. Estava indo bem até que acabei tropeçando em um pedaço de madeira chamuscado que deveria ter caído no meio de toda essa confusão.

O dragão se sobressaltou e veio para ainda mais perto de mim, incendiando-se logo em seguida. Percebi que aquele era o momento ideal de pedir a benção de todos os deuses e correr na minha máxima velocidade para bem longe dali, depois de ter capturado um Fúria da Noite, eu definitivamente não poderia morrer naquele momento.

No turbilhão de emoções eu só me dei por mim quando ouvi a voz do meu pai irritada gritando:

— ITACHI, AJUDE-O!

Uma sombra negra saltou do telhado de um edifício em chamas, cravando sua espada no pescoço do dragão. O animal foi pego tão desprevenidamente que não teve tempo de reagir, num movimento rápido a sombra retirou a espada de dentro da besta, subiu em sua cabeça e enfincou a arma agora em seu focinho, o obrigando a sufocar como o próprio sangue até desfalecer morto aos meus pés.

—Irmãozinho tolo, precisa ficar mais atento dentro do campo de batalha. – Itachi sorria divertido com minha cara de alivio por ele ter chegado na hora certa. Meu irmão estava trajando sua armadura tradicional, negra como uma pedra de ônix, com pelos em sua parte interna e com placas de metal que protegiam seus braços e pernas. O capacete de ferro jazia em suas mãos enquanto ele ajeitava os fios de cabelo teimosos que insistiam em grudar no seu rosto suado e ensanguentado. Eu sabia que as manchas vermelhas não pertenciam a ele, o que só me fazia pensar em quantos outros dragões ele já tinha enviado para Helheim apenas nesta madrugada.

—Não, Itachi. Ele não precisaria ficar atento se tivesse ficado na ferraria fazendo o serviço dele – Fugaku retrucou enquanto se aproximava de nós com sua carranca irritada de sempre – O que temos até agora? – perguntou ele para o meu irmão, ignorando-me completamente.

— Nós temos Gronkels, Zíper Arrepiantes, Dragões tubarão e mais um Pesadelo Monstruoso – Respondeu enquanto descia da fera e chegava mais perto de nós.

— Algum Fúria da Noite?

— Um. Ele destruiu cinco das nossas catapultas, mas já faz um tempo desde que ele atirou pela última vez.

— Bom, talvez ele já tenha ido embora.

— Na verdade – Os interrompi – Eu o derrubei. Ele caiu na direção da floresta Arborial. Se mandarmos um grupo de buscas agora, acredito que ainda podemos mata-lo!

RIDDARE DRAKAROnde histórias criam vida. Descubra agora