Capítulo 14 - As Frustrações de um Pai e um Filho

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A noite diurna havia passado.

E agora o real dia se iniciava.

Mas era ali, na Academia de Armas, que o líder Uchiha se encontrava.

Estava debruçado sobre a gigantesca mesa que se estendia ao longo do salão de estratégias do edifício. Esta, a mesa, era talhada em pedra, e sobre si estavam gravados desenhos que representavam o mapa do território de Konoha e seus arredores por quilômetros de distância. Talvez aquele fosse o mapa nórdico mais completo que qualquer viking poderia ver, ali estavam retratados tudo aquilo que os descendentes Uchihas já puseram os pés, tudo o que já desbravaram e conquistaram, e era gradativamente alimentado a cada nova expedição ou descoberta.

Mas, às vezes, nem sempre essas expedições vinham com bons resultados.

Fugaku transpassava a rocha furiosamente com a talhadeira de ferro mais uma vez, ele mesmo já havia perdido as contas de quantos outros lugares igualmente marcou com raiva desde que havia chegado ali, suas mãos tremiam e o fulgor carmesim não abandonava seus olhos por momento algum.

O motivo de sua fúria? Isso era obvio.

A longa expedição em busca do ninho havia sido um fracasso, novamente.

O líder bufava em desapontamento, sua vontade real era socar aquele pedaço de pedra maldito e quebra-lo em mil pedaços. Não pode demonstrar na frente dos outros líderes de clãs o tamanho de sua frustração no retorno para Konohagakure, por isso, não quis perder muito tempo com o comitê de boas-vindas da cidade-estado e procurou refugiar-se prontamente na Academia de Armas, apenas ali ele poderia se enclausurar em paz e externar tudo o que precisava colocar para fora, mesmo que não na maneira como ele gostaria.

E como ele odiava isso.

Sempre um novo x, sempre um novo lugar descartado.

Parecia que, não importava o quanto se esforçasse, ele só aparentava estar cada vez mais distante de encontrar o maldito ninho dos dragões.

Quando mais jovem ele pensava que seu pai, Madara Uchiha, só perdia tempo tentando encontrar esse bendito berçário ao invés de se preocupar com o que realmente deveria importar, como por exemplo, encontrar maneiras mais eficientes de proteger o povo dos ataques das bestas.

Afinal, naquela época, mesmo que os antepassados tenham enfrentado dragões desde os primórdios de suas existências, os ataques nunca eram corriqueiros, os animais apenas vinham atrás de comida, no inverno, duas vezes ao ano, no máximo.

Porem, depois da perda de Mikoto, e o crescente número de ataques que vinham se multiplicando a cada novo inverno, Fugaku entendeu o que fazia seu pai buscar tão afincamente aquele lugar, ou ao menos, é o que ele acha ser os verdadeiros motivos de Madara.

De qualquer forma, a morte de sua esposa o fez mensurar a perversidade daqueles animais, o quanto ficavam mais perigosos a cada novo encontro e o que era necessário ser feito para dar um basta em todo aquele sangue derramado, um basta nas mortes de pessoas inocentes que vinham perecendo graças a aqueles repteis alados...

Ele precisava cortar o mal pela raiz

Exterminar a praga no epicentro da reprodução.

Por isso, Fugaku decidiu que faria ambas as coisas, protegeria seu povo e o prepararia para receber os ataques dos monstros enquanto empenhava-se em exterminá-los.

Claro, a primeira parte vinha funcionando muito bem, nunca antes Konoha esteve tão bem protegida e equipada, logo os canais de irrigação estariam prontos, as casa começariam em breve a serem revestidas com a mistura antifogo desenvolvida para a Arena e, todos os anos, novos e valentes guerreiros eram preparados para frear o avanço destrutivo dos dragões.

RIDDARE DRAKAROnde histórias criam vida. Descubra agora