Breathin

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Karoline

Tentei não pensar em coisas negativas nos últimos dias.

Eu estava estudando todos os dias pela manhã, minha professora é muito simpática. Insisti com que Neymar me deixasse conseguir um emprego, e, com isso, eu trabalhava numa lanchonete, me tomava o final da tarde e boa parte da noite, mas o salário era bom, eu estava considerando alugar o apartamento perto do campo em que os meninos treinavam.

O dia estava sendo estressante e nem parecia terminar. Faltavam três dias para o Natal e aparentemente Los Angeles inteira veio parar numa lanchonete de bairro. Eu já havia errado uns quatro pedidos e levado umas dez broncas. Hoje não foi o meu dia.

- Como eu ia saber que aquela merda era fabricada? - Resmungo ao entrar no carro, Ney beija minha cabeça e ri fraco - Ceci?

- Ficou com o Marquinhos. Eles estavam tomando sorvete - Respondeu, manobrando o carro

- Tudo bem? Você parece nervosa

- O cliente tinha alergia a alguma coisa, eu não lembro agora. Daí eu coloquei alguma coisa que eu também não lembro o que era. Daí ela voltou muito brava, dizendo que o negócio não era natural e que só podia ser natural, Ney, eu não ia adivinhar que aquela merda é fabricada!

- Realmente. Ela foi grossa? Te tratou mal? - Ele umedece os lábios, encostando no banco e mantendo apenas uma das mãos no volante, na parte inferior

- Não, ela foi falar direto com o gerente. - Bufo. - Não tem como hoje ficar pior, sério.

[...]

- Você precisa de um banho, e de comida. - O moreno, apertando os dedos em meus ombros e me abraçando por trás em seguida, me seguindo até dentro de casa. - E eu te falei que trabalhar não era uma boa ideia.

- Tudo bem, foi só um dia ruim. Todos nós temos desses - Dou de ombros, empurrando a porta e dando de cara com a minha filha correndo em volta do sofá, onde Marquinhos estava.

Ela se apoiava nos móveis para não cair, só então percebi a expressão irritada do cacheado, e o controle do videogame nas mãozinhas de Cecília.

- Mama! - A miniatura comemora, jogando o aparelho contra o sofá e correndo na minha direção, caindo no meio do caminho.

Rio e me apresso para pegá-la, enchendo suas bochechas de beijinhos e escutando sua gargalhada.

- Ela te deu trabalho? - Me dirijo à Marquinhos, recebendo apenas um olhar mal humorado como resposta.

- Eu cuido dela enquanto você toma banho, depois eu estava pensando que a gente podia sair pra comer alguma coisa. Esfriar a cabeça.

Rio fraco. Ele tira minha filha do meu colo e me dá um leve empurrãozinho, me incentivando a entrar no corredor.

Alright | Neymar Jr e Karoline LimaOnde histórias criam vida. Descubra agora