Selfish

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Neymar

— É sério, o meu passado na internet é obscuro — Brinco, puxando meu celular novamente, apenas para achar outro vídeo e estender para Karol novamente.

Normalmente, eu estaria totalmente constrangido de mostrar meus vídeos antigos pra alguém, mas a loira ria de uma forma tão contagiante que eu só queria fazer ela rir assim pra sempre.

— Ah, você tá muito fofinho nesse aqui — Ela solta um sorriso dessa vez, virando a tela para mim, onde um vídeo de quando eu era bem mais novo do que a maioria dos outros vídeos passava. — Meu Deus, você era muito fofinho!

— Eu ainda sou fofinho, ok? — Brinco, assistindo Ceci brincar com os meus dedos, sentada sobre minha perna direita.

— É, você é. — Ergue o celular, como se comparasse — Puberdade te fez muito bem.

 — Obrigado, eu acho — Rio, a assistindo dar de ombros e deslizar o indicador pela tela.

A verdade é que eu não estava sabendo me conter ultimamente. Eu só queria abraçá-la e saber como ela está, toda hora. Karoline parecia estar bem melhor e isso me deixava numa felicidade imensa. Cecília está cada dia mais esperta e Marquinhos é quem mais sofre.

— Sabe o que eu estava pensando? — Ela diz depois de algum tempo em silêncio, assim que solta seu sanduíche sobre a bandeja — Em alugar um apartamento para Cecília e eu. Tipo, pertinho.

Junto às sobrancelhas.

— Hum? — Resmungo, sem querer entender muito bem.

— É que eu andei dando uma olhadinha e tem um preço bom, é grande o suficiente pra nós duas e é perto de tudo. — Ela apoia os cotovelos na mesa — E aí eu posso arranjar uma babá para a Ceci e começar uma escola, trabalhar só no período da noite e ter a tarde toda com ela.

Quando ela se tornou tão independente?

— Earth, você não precisa... Sair de casa. Eu sempre fico com a Ceci e você está se dando super bem com a professora! Não precisa se mudar.

Não é que eu não quisesse que ela conseguisse se cuidar e conquistasse tudo isso. Eu quero. Ela precisa. Mas doía um pouco vê-la tão decidida e corajosa.

Eu já tinha me acostumado com sua presença e não queria que isso mudasse. Nunca mesmo.

— Eu sei, Ney. — Murmura — Eu te falei que não ia viver nas suas costas pra sempre. E sem contar que a gente vai se ver todos os dias!

— Eu... Entendo. E te apoio, de todas as formas possíveis. Mas morar sozinha? A gente te faz

companhia, você não precisa sair lá de casa!

— Vocês vão voltar a jogar muito dentro de alguns meses! O time tem compromissos e eu

também tenho, esse dia ia chegar uma hora, Ney.

Encosto na cadeira, um tanto confuso. Ela não precisava ser tão madura. Eu me dei a responsabilidade de mantê-la segura e não podia deixar isso acontecer. Ela tem que ficar num potinho!

Alright | Neymar Jr e Karoline LimaOnde histórias criam vida. Descubra agora