I can ́t help falling in love with you

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Neymar

Os olhos marejados de Karol encaravam os meus com a mesma tranquilidade de sempre. As sobrancelhas juntas e o sorrisinho sem graça, acho que ela não esperava que eu fosse perguntar. Pelo menos não agora.

— Você está falando sério?

— Eu nunca falei tão sério na minha vida. — Murmuro de volta. Por mais que eu estivesse tentando manter o momento, Vini e Richarlison brigavam por uma embalagem de confetti bem na nossa frente. Estava difícil manter a
concentração.

— Não tá brincando comigo? — Karol questiona novamente, apertando seus dedos em minha mão, sinto Cecília sair do meu colo.

Minha mãe é o maior anjo desse universo.
Com isso, minhas mãos seguram seu rosto e eu não hesito em voltar a um beijo. Ela agarra as costas da minha camisa, nos aproximando mais.

— Eu quero te amar de verdade, Karoline. Pra valer. — Resmungo entre o beijo, eu quem tinha a feição tensa agora. — Nos dias bons e nos dias ruins. — Continuo, segurando seu rosto há alguns centímetros do meu. — Quero que você sinta que eu estou aqui. — Alcanço sua mão, levando-a para o meu peito. — Com você e por você.

— Você não existe. — Ela murmura, se aproximando pra um selinho. — E eu não gostaria de namorar um cara que não existe, mas, — Seus olhos me fitam novamente, um sorrisinho brincalhão também. — Desde que seja
você, eu faço qualquer coisa.

- - -
-dois meses depois-

— Criança não tem amigos, criança não tem memória e nem senso. Ela nem vai lembrar disso aqui e a pessoa mais nova aqui é a mãe dela. — Marquinhos resmunga, com um prato de salgadinhos em uma mão e um pedaço de bolo na outra. Sem contar o chapeuzinho na cabeça.

— Ela não vai, mas você vai, né, Marcos? Deve ser o seu quinto pedaço de bolo e nem cantamos o parabéns ainda.

— É o oitavo. E se você contar pra minha mãe eu conto pra Karol que você não tinha encomendado o pula-pula e tirou o lá da garagem há uma hora.

Era o aniversário de um ano da Cecília; Karol estava planejando isso desde que minha mãe deu a ideia. Marcos reclama mas foi o primeiro a chegar e deve ser o último a sair.

— Ney! — Escuto Karol gritar. A localizo perto da mesa. O parabéns. — Anda logo!

Marquinhos me dá dois tapinhas no ombro e sai em direção a cozinha. Me apresso pra alcançar Karol e Ceci, que se joga no meu colo assim que pode.

Eu não sabia como seria o futuro. Meu namoro ainda é muito recente pra fazer qualquer suposição. Eu não queria supor nada. Mas eu sabia que ia apenas melhorar. Profissionalmente, pessoalmente, emocionalmente. Eu
estava fazendo o que eu gostava, com quem eu gostava em todos os sentidos e aquilo me fazia extremamente feliz.

Estar com Karol me faz feliz. Acordar com Cecília em cima de mim ou com vários áudios com palavras recém-descobertas pela mesma me fazia feliz.

Eu era o cara mais completo do mundo, e boa parte desse crédito, eu
devia à Karoline.

FIM

Alright | Neymar Jr e Karoline LimaOnde histórias criam vida. Descubra agora