Alright | Neymar Jr e Karoline Lima

Trip

Neymar

— Você tá linda — Sorrio ao me aproximar de Karol, beijando sua cabeça e a bochecha de Ceci, que estava em seu colo.

— Valeu. — Murmura, com um sorrisinho no rosto. — Você também.

Era engraçado como ela enche minha galeria com fotos dela, me manda todas aquelas mensagens dizendo o quão incrivelmente linda ela é, mas pessoalmente, Karol fica toda envergonhada com qualquer elogio.

— Vamos.

O caminho inteiro para o parque foi cheio de risadas. Rafa grudou nas duas, meu pai fazia as piadas e minha mãe as complementava . Tudo bem, eu estava com ciúmes.

No parque, de alguma forma, eu fiquei pra trás e a Karol estava na frente, conversando com Rafa enquanto Cecília estava com meu pai. Eu tô puto.

— Porquê vocês não estão juntos ainda? Só de curiosidade. —  meu pai murmura, ao caminhar mais devagar pra poder ficar ao meu lado. — Pelo menos justificaria sua cara de cu.

— Nem vem, pai. — Cruzo os braços, observando Karol gargalhar quando Rafaella passa a andar mais rápido.

— Quando vai fazer o pedido?

Travo o maxilar. Eu me considerava um tanto confiante, mas isso tudo ia por água abaixo toda vez que eu tentava organizar minha mente sobre isso. Era delicado e eu não queria que ela tivesse uma visão errada sobre o que sinto por ela e por Cecília. Não queria que ela se sentisse na obrigação de namorar comigo, não depois de
tudo o que aconteceu.

— Eu não sei como fazer isso. — Digo, bem mais baixo do que precisava, recebendo um olhar surpreso do meu pai.

— Você foi buscar ela na chuva, na rua, sem nem mesmo conhecê-la, colocou as duas dentro da sua casa e não sabe como simplesmente dizer pra Karol que gosta dela? — O mais velho ergue as sobrancelhas, soltando uma risadinha no final, talvez pra não me deixar sem graça. — De qualquer forma, eu só sei que vocês dariam um
casalzão.

Desviei do assunto o máximo possível. Eu pensaria naquilo a noite, quando estivesse sozinho e com a cabeça a mil.

— Você tá bem? — Karol murmura ao se aproximar, Ceci logo pula de seu colo para o meu.

— Quer comer alguma coisa? — Proponho, colocando a pequena sobre os ombros, a segurando pelos bracinhos. — Eu tô com fome.

Depois que todo mundo se juntou pra decidir onde iríamos comer, finalmente estávamos sentados na parte externa do restaurante, a pituca  no meu colo e a loira ao meu lado, conversando com minha mãe, que estava de frente para nós junto com meu pai, Rafa foi comprar alguma coisa que eu não sei.

— Sei lá, eu não sei se estou disposta a um relacionamento agora. Eu vou fazer dezessete em algumas semanas, tem o trabalho e a Ceci está crescendo tão rápido que eu nem vejo. Não sei se estou pronta. — Pego o
assunto pela metade, mas era o suficiente pra me fazer encarar meu pai com o meu melhor olhar de "eu te avisei"

Vai ser mais difícil do que pensei.