Neymar
— Eu vou ficar. — Murmuro, quando meu pai se levanta do sofá e pega as chaves, me chamando. Ceci estava dormindo no meu peito e eu só sairia daqui quando ela decidisse que eu podia sair.
— Vai ficar querendo, né, Neymar? — Dona Nadine grita da cozinha, chegando no meu campo de visão em dois tempos. — Você e a Karol estavam se pegando agora há pouco, você acha que eu vou deixar vocês sozinhos?
— Mãe! — Acabo rindo, sem nem me mexer. — Eu vou mais tarde então. Relaxa.
— Eu tô de olho em vocês, então. Se você não tiver em casa até dez horas eu mando teu pai aqui.
Escutei algumas outras recomendações até que a casa estivesse vazia. Karol estava tomando banho e Cecília estava apagada no meu peito.
Ainda não sei lidar com a paz que estar entre elas me trás. Escutar a respiração tranquila daquela miniaturinha de gente enquanto meus dedos se enrolavam em seus cachinhos era uma das sensações mais gostosas que eu podia sentir e eu ainda não havia me acostumado.
— Nadine, eu queria saber se... — Karol vem do corredor, prendendo os cabelos e me entregando uma feição confusa, que logo se suaviza quando vê sua filha em meu colo. — Todo mundo foi embora? — Resmunga, vindo na minha direção.
— Uhum. — Devolvo, a assistindo se encolher do meu lado, de frente para mim e o queixo apoiado nos joelhos. — Pode ligar pra minha mãe se quiser falar com ela. Eles saíram agora há pouco.
— Ah, não, não era nada importante. — Dá de ombros, encarando a janela por trás de nós. — Vai ficar pra dormir?
— Você quer que eu fique? — Ergo as sobrancelhas, num tom divertido.
— N-não é isso, Ney. É que eu ache-
— Não precisa ficar nervosa, princesa. — Rio fraco, apertando seu queixo. — É só engraçado que você agiu como um poço de autoconfiança mais cedo, e agora tá aí, toda nervosinha.
— Você é um babaca. — Chia, me seguindo ao rir. — Pode colocar ela no quarto se quiser, vou pegar alguma coisa pra comer.
- - -
O lugar de Cecília foi substituído por Karoline. Ela estava deitada em meu peito, brincando com as correntes em meu pescoço enquanto conversamos sobre algumas besteiras.
— Eu acho que não conseguiria te agradecer o suficiente. — Ela suspira, arrastando os dedos pela minha pele agora. — Eu não estaria aqui agora se a gente não tivesse se conhecido aquele dia, na lanchonete. — Continua, seu toque subindo para o meu maxilar. — E se você não tivesse parado, me escutado. Se não tivesse
atendido o telefone. Só Deus sabe onde Cecília e eu estaríamos agora.— Acredita em mim, eu não fiz nada demais. — Solto a respiração, juntando seus cabelos atrás de seus ombros. — Você é tão forte, eu queria que soubesse disso. Foi você quem conquistou tudo isso, você quem foi
corajosa o suficiente pra colocar tudo no lugar.Ela não diz mais nada. De alguma forma, ela dedilhava meus lábios agora, com a outra mão agarrada na minha camisa.
Seu silêncio começou a me incomodar quando eu podia ouvir seus murmúrios. Me incomodava ainda mais porque ela parecia tensa.
— Tudo bem? — Murmuro, abaixando o olhar e erguendo seu queixo.
— As vezes, eu me pergunto quando você vai embora. — Ela diz, a voz embargada.
— Ir embora? — Chio, um tanto confuso. — Eu falei que você não precisava nem sair lá de casa!
— Quando você vai sair e não vai voltar?
— Karol, do que você está falando? — Junto as sobrancelhas, Ela se senta e seca o rosto rapidamente. Eu a acompanho quase que imediatamente.
— Todo mundo vai, Ney. Até meus pais foram.
Observo suas mãos brigarem impacientemente, o arrependimento a atingir e ela respirar fundo.
— Eu não vou. — Afirmo, a dando uma certeza que eu não podia ter. — Não importa o que já aconteceu, Ka. Eu não vou te deixar.
Ela sorri fraco. Encara diretamente nos meus olhos, antes de se acomodar entre meus braços. Eu a deixaria ali por toda a vida.
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Alright | Neymar Jr e Karoline Lima
FanfictionOnde Karol e sua bebê estavam sendo despejadas. Sem ter lugar para passar ao menos uma noite com sua filha, Karol pedia um novo plano para Deus. Só não imaginava que seu "novo plano" seria o moreno tatuado.