Dia de surpresas.

703 31 15
                                    

O casamento de Helô e Stênio estava marcado para amanhã e ambos estavam com os nervos a flor da pele, de pura ansiedade.

Pra onde você tá indo? — Perguntou Stênio, ao vê-la colocando a alça da bolsa, sob o ombro.

Trabalhar, porque? — Respondeu como se fosse óbvio.

Credo Donelô! A senhora vai casar amanhã e até hoje tá indo trabalhar.. Se duvidar amanhã você vai sair da delegacia já pra casar. — Creusa brotou no cômodo, se metendo na conversa de ambos.

Não dá ideia, Creuza.. — Ele suspirou, passando a mão pelos cabelos.

Como vocês são dramáticos, os crimes não vão parar só porque eu vou casar não. — Deu de ombros e saiu caminhando até a porta.

Helô.. Passa o bastão pra Yone ou sei lá, fica aqui comigo hoje, hein? A gente curte um pouquinho.. — Stênio se meteu na frente dela, a segurando pela cintura.

A morena quase caiu aos encantos, sentindo seu corpo querer reagir aos toques dele, mas manteve a postura.

Stênio, eu tenho que trabalhar.. Tá legal? Mais tarde a gente curte. — Fez um movimento, como se quisesse que ele saísse do meio.

Helôzinha.. — A chamou docemente, fazendo ela revirar os olhos e segurar o queixo dele.

Me chama que nem macho, pô! — Deu um tapinha na maçã do rosto do mais velho e aproveitou a brecha pra sair porta á fora.

Tem jeito não, doutor Stênio. — Creuza negou com a cabeça, o olhando.

POV: STÊNIO.

Havia tirado uma folga do escritório, achando que Helô faria a mesma coisa, mas eu devia ter imaginado que isso não aconteceria.. De qualquer forma, pelo menos eu tinha a companhia da Creuza naquela casa.

Eu tava me lembrando aqui, depois tenho que passar lá no antigo apartamento para pegar umas coisas que falta. — Comentei com a mais velha.

Ainda? Pensei que já tinha pegado tudo! — Ela parecia surpresa.

Não, eu senti falta de algumas coisas, creio que eu devo ter esquecido e como ainda não devolvi as chaves, tenho como ir buscar. — Expliquei para ela e me estiquei para pegar uma xícara.

O senhor quer café, doutor Stênio? — Perguntou, quando viu eu segurando a tal xícara.

Quero sim, Creuza. — Observei a mais velha pegar a garrafa térmica, após eu terminar minha frase e encher a tal xícara. - Muito obrigado!

Direcionei até minha boca, para tomar um gole e quase me engasguei, pelo susto da campainha estar tocando.

Está esperando alguém? — Perguntei curioso.

Creuza negou, parecendo estar curiosa como eu e logo foi atender a porta. Continuei na cozinha, apenas esperando alguma movimentação.

Eu só não esperava ouvir vozes tão familiares como aquelas.. Com pressa, coloquei a xícara em cima da bancada e fui até a sala, achava até que eu estava alucinando.

Mas não. Realmente era eles!

Drika? — A chamei, completamente chocado com sua presença.

Oi paizinho, que saudade! — Ela sorriu e praticamente se jogou em meus braços, me abraçando.

Eu estava imóvel, pois havia decidido não criar tanta expectativa com sua vinda, já que não tinha mais retornado nenhuma das ligações.

Meu Deus.. Achei que não vinha! — Um sorriso brotou em meus lábios. - Como você tá? Está diferente..

STELOISA.Onde histórias criam vida. Descubra agora